quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Fim de Ano

E chegamos ao fim de 2020, um ano difícil para todos e de grandes desafios. Houve medo, perplexidade, pânico. a "Terra Parou" diante de um vírus desconhecido e que devastou a população mundial começando pelos mais frágeis e também a população vulnerável: os idosos, moradores de rua. Desalento completo pareceu o fim do mundo. De fato o fim do mundo como conhecido até então: sem solidariedade, sem fraternidade, sem atenção pelo outro. Um mundo em que graçava a individualidade e se sobrepunha o pode poder econômico à Vida.

Inicialmente teve-se até a impressão de que sim: o mundo globalizado se unia. Regras sanitárias mundiais foram estabelecidas e respeitadas durante certo período. Pesquisas científicas pelo mundo buscavam a cura e o tratamento contra a doença devastadora. Descobriu-se o RNA do vírus e criou-se vacinas que, rapidamente, entraram em fases de teste experimentais. Porém, o ser humano  não introjetou de fato as mudanças e a necessidade do distanciamento social, além de um cansaço geral da virtualidade no mundo real. Assim, mesmo  com a Covid-19 continuando a assolar os países nos vários continentes, o fim do ano trouxe à realidade o pior das pessoas o egoísmo e a falta de empatia tanto em nível pessoal quanto coletivo. Aglomerações de centenas e até milhares de pessoas, em várias partes do Brasil comprovam o desrespeito pela vida em nossa sociedade já ferida de morte pela Covid-19. O negacionismo domina muitas mentes como se verifica na quantidade de festas privadas, clandestinas reunindo convidados sem máscaras e sem qualquer preocupação  com o distanciamento social ou a higienização das mãos e isso de norte a sul do país, tornando-se notícias em todas as redes sociais e nos meios de comunicação. 

Estados e Prefeituras, de modo geral - com raras exceções - suspenderam festas e queimas de fogo, tendo em vista a possível aglomeração e convenhamos é o mínimo de respeito público que se pode esperar de autoridades ciosas de seus deveres e compromissos com a população. Além disso, os hospitais estão superlotados com pacientes de Covid-19 e seria no mínimo um grande desrespeito a queima de fogos de artificio num país com mais de 198 mil mortos e milhares de doentes. Não há o que se comemorar. Mas isso parece  ser indiferente para jovens e adultos que levam o vírus para dentro das respectivas família, correndo o risco de dizimarem os parentes mais próximos não só pela doença, mas pelo risco iminente do colapso hospitalar, que já sobrecarregado não terá condições de prestar atendimento necessário aos mais enfermos. Por enquanto está vencendo a falta de empatia, a falta de respeito e de bom senso ou amor pela Vida.

Foto Google
 A Pandemia não acabou, tem inclusive uma nova cepa do vírus que já chegou ao Brasil e se espalha sem controle. Embora existam vacinas, estas ainda não chegaram ao Brasil, ou melhor, sequer foram autorizadas pelas autoridades competentes. Sim, 2020 chega ao fim e podemos ter um triste início de 2021. Como a esperança é a ultima que morre, quem sabe, poderemos ver volta da solidariedade, do respeito e da fraternidade pela Vida. O futuro, que já é quase presente, dirá!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)



quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Natal, Nascimento, Vida

 Eis que se aproxima o Natal de um ano insólito como este 2020. No ar surge a pergunta: Celebrar? Festejar o quê? E a resposta também aparece num piscar de olhos: Celebrar a Vida! Sim, houve e ainda há muita dor, muito sofrimento, muita tristeza; porém, o Deus da Vida chega de mansinho e diz: "eis que estou convosco todos os dias".
É o Deus conosco, Emanuel que vem alegrar o coração de cada um que Nele acredita e, por meio da solidariedade de muitos, mostrar aos que ainda são descrentes que Ele existe e se faz presença entre todos. Porém, Sua presença não é ruidosa e se as vozes que fritam não silenciarem não poderão ouvi-Lo.
Neste ano, um fenômeno raríssimo cortou o céu na noite do dia 22 de dezembro, o alinhamento de astros que gerou a aparição da Estrela de Belém pode ser visto a olho nu para quem tinha um céu límpido, sem nuvens. Não foi o caso da Região da Paulista. No entanto, o fato de não poder ser visto nesta região não não significa não ter ocorrido. 
Assim, é o Deus conosco, Emanuel, mesmo sem vê-Lo aqui está e cada pequena grávida pode recordar a todos que o Deus-Menino nasceu há 2020 anos (do nosso calendário), se fez Homem, morreu e ressuscitou para Salvar todos e cada um. Sua presença é a esperança de que tudo pode ser transformado.
Luz e cores trazendo Esperança
Então, desejo que este Natal de 2020 seja o Natal de celebração da Vida, Vida que nasce e renasce a cada instante. Natal - Nascimento, como diz a etimologia da própria palavra. E enquanto há Vida também há Esperança em um futuro melhor e viável para todos, sem qualquer exceção. Seja este o Natal da Vida, da Esperança em todos os recantos da Terra.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

sábado, 5 de dezembro de 2020

Notícias Boas e Positivas

Em tempos da Pandemia se buscam outros tipos de notícias e informações que não recaiam na mesmice. Está difícil porque os temas continuam os mesmos: Covid-19, corrupção na área da saúde, violência policial, racismo e por aí afora. Então, é preciso encontrar algo de luz neste clima tão incerto e cheio de nuvens escuras. Pesquisando daqui e dali surgem algumas pistas: ainda há muita solidariedade e muito esforço individual e coletivo para transformar a vida ao redor. Pensamentos que querem elevar o homem à Sua Essência e, deste modo dar sentido ao próprio existir.

Mãos que se doam
Dentre as notícias boas e positivas: um homem de 72 anos realizou seu sonho de tornar-se Bacharel em Direito; anônimos que varrem calçadas e retiram lixos também do vizinho, mesmo temendo a contaminação atual; muitos que fazem marmitas e distribuem aos que nada têm, crianças que postam vídeos com temas de perseverança e força ou resistência para superar adversidades. Enfim milhares de pequenas ações que não se transformam em grandes notícias para trazer luz a este mundo tão sedento de boas ações, ética e respeito para com a dignidade do ser humano independente de sua situação social, sua raça ou seu credo religioso.

Apesar do sucateamento da Educação, o país ainda tem 13 Universidades que estão entre as mil melhores do mundo conforme “pesquisa feita pela consultoria britânica Times Higher Education, uma das mais prestigiadas do setor”, notícia esta publicada inclusive no portal Só Notícia Boa (https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/09/03/brasil-13-universidades-melhores-mundo-ranking/).  Dentre estas instituições estão a USP, a Unicamp, a Universidade Federal de Sergie, PUC-RJ, PUC-PR, PUC-RS, Universidade de Caxias do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, do Rio Grande do Sul. Os critérios considerados incluem ensino, pesquisa, internacionalização, citações acadêmicas. Ou seja, estudar em instituições conceituadas no país ainda é possível.

Doar o que não precisa pessoalmente gera uma alegria interior que extrapola aquilo que se imagina. Isso foi feito por um jovem de 32 anos, que já trabalha com Voluntariado em Salvador (BA), esta é mais uma ”Notícia Boa” (https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/09/03/quem-doa-nao-usa-mais-fica-assim-uenderson-video/) e confirma ações coletivas e individuais que levam luzes às sombras tão presentes atualmente neste planeta chamado Terra. Divulgar estes e outros fatos também faz bem a alma e mostra o sentido social e de serviço de um Jornalismo qualitativamente positivo. São fatos que geram gratidão pelo dom da vida nos tempos atuais.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Símbolo de resistência: Nossos ancestrais desaparecem

Este texto mostra o quanto foi, é e será difícil haver povos indígenas isolados neste país nos anos vindouros. É mais provável que eles sejam extintos nos próximos anos em função não apenas de mudanças climáticas, mas também pela falta de colaboração, proteção e assistência da sociedade, no que se refere ao respeito pela Vida no seu conjunto... 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)


canalcurta.tv.br

 "A chuva cai uma vez ao ano na terra dos Piripkura. A seca entre maio e setembro é precedida pelas chuvas de outubro a março, que chegam em uma média de até 2.400 milímetros ao ano. Mas os Piripkura não dominam e nunca dominaram os números, as métricas. Sabem que os igarapés enchem d'água na chuva e é mais difícil pescar assim. O cacau e as castanhas são os principais alimentos o ano todo, mas na seca peixes como o cará, a traíra, são mais facilmente fisgados e abundantes nos igarapés. Também é mais simples caçar para comer, como espetar jacarés com lanças. Os Piripkura vivem entre duas condições climáticas opostas, com temperaturas que oscilam de 18º C a 40º C. Por isso, o ano deles é dividido por antropólogos e percebidos por eles como apenas um inverno e um verão. Eles poderiam viver por mais uma dezena incontável de décadas desta maneira, mas a cada estação estão mais próximos de desaparecer. Hoje, os Piripkura foram resumidos a dois indígenas: Tamanduá e Baita. São os últimos a ainda viverem na floresta como seus ancestrais. Há também uma única mulher, que há aproximadamente 40 anos não vive mais entre os familiares. Baita é o mais velho, tem cerca de 50 anos. Tamanduá, mais novo, é seu sobrinho. A idade é um termo relativo para indígenas. Eles entendem que os anos passam quando envelhecemos e nos tornamos mais sábios, os portadores e transmissores de conhecimento. Mas entre os Piripkura não há mais velhos. Após a morte da dupla, não restarão nem os mais jovens para repassar as técnicas de sobrevivência e o uso consciente do meio ambiente que lhe garantiram a existência até hoje. "São povos com tradições milenares que conseguiram sobreviver em pleno século 21 independentes da era industrial. É um conhecimento tal da floresta que eles conseguem sobreviver e ainda garantir gerações", explica o indigenista Antenor Vaz, que desde a década de 1980 acompanha e monitora os Piripkura e povos isolados no Brasil e América do Sul. Antenor liderou um estudo que confirma a existência de 28 povos indígenas isolados em território brasileiro. São indígenas que evitam contato, rejeitam qualquer comunicação ou sequer sabem da chegada dos europeus ao continente sul-americano. O Brasil tem o maior número de isolados confirmados na América do Sul, à frente do Peru. Há ainda uma suspeita de que o número seria muito maior: 86 povos indígenas viveriam isolados em nosso país. Em uma área de 242,5 mil hectares, no norte do Mato Grosso, a Terra Indígena Piripkura tem sofrido com avanços de grileiros e madeireiros desde os anos 1980 que pode diminuir este número. O crescente desmatamento em 2020 coloca em risco não só a existência do povo, como a as práticas de reconhecimento e respeito aos povos da floresta que levaram anos para serem consolidadas."

Marcos Cândido de Ecoa, em São Paulo.

sábado, 31 de outubro de 2020

Dia Nacional da Poesia

Em homenagem a data de nascimento do escritor Carlos Drummond de Andrade replico aqui este texto  do site Brasil Escola:

Foto: Arquivo imagens Google


"Você sabia que a poesia tem espaço especial no calendário brasileiro? É isso mesmo! No Brasil, dedicamos um dia para celebrar a poesia nacional. Até meados do ano de 2015, a data era comemorada em 14 de Março, uma homenagem a um de nossos maiores poetas, Antônio Frederico de Castro Alves, nascido na cidade de Curralinho, nessa data, no ano de 1847. Porém, essa celebração não era oficial. Houve uma proposta de lei para que a comemoração fosse oficializada no dia 14 de Março, mas o Projeto foi arquivado. A presidente Dilma, então, em 3 de junho de 2015, sancionou a Lei 13.131/2015, que criou oficialmente o Dia Nacional da Poesia. Esse Projeto de Lei, sugerido pelo senador Álvaro Dias, teve proposta aceita para que o Dia Nacional da Poesia fosse comemorado no dia 31 de Outubro, nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade.

Drummond, nascido em Minas Gerais, no ano de 1902, é um dos maiores poetas brasileiros, sendo reconhecido internacionalmente. Em Belo Horizonte, estudou, trabalhou como funcionário público e iniciou sua carreira como escritor. Fundador do periódico A Revista, órgão oficial do modernismo mineiro, foi destaque desse movimento literário. Em 1930, publicou sua primeira obra, Alguma poesia, quando o modernismo já estava consolidado em terras brasileiras. Com poemas que abordam temas de nosso cotidiano (família e amigos, conflitos sociais, existência humana etc.) e uma escrita com toques de ironia e pessimismo, Drummond é um marco na literatura brasileira.
Em 1987, infelizmente, no Rio de Janeiro, o autor faleceu, doze dias após a morte de sua filha única, Maria Julieta Drummond de Andrade, amor maior da vida do autor.
Confira o que Drummond nos deixou e entenda o porquê do autor ser o homenageado e ter o dia de seu nascimento marcado no calendário brasileiro como o Dia Nacional da Poesia."

Fonte / link: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-poesia.htm


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Professor / Professora!

 Profissão sempre e eternamente primordial, mas nem sempre valorizada como deve. Sem o professor torna-se difícil aprender de fato algo, além de assinar o nome e atividades aritméticas básicas. Ser teacher é uma verdadeira vocação, que durante este ano de pandemia tornou-se um desafio a ser superado, em especial, no primeiro trimestre.

Foto: Google

 Assim, professores tornaram-se alunos nos diversos níveis e categorias da Educação formal, a fim de aprender e apreender, de modo urgente e imediato, comunicarem-se com seu público-alvo, os estudantes. De repente um vírus obrigou os teacher e coordenadores pedagógicos a serem especialista digitais ou pelo menos transformarem-se em especialistas digitais, não importando o grau ou disciplina em pauta.

Nos mais longínquos lugares, onde a internet ainda não tem sinal professores e coordenadores abnegados percorreram distâncias  quilométricas com o objetivo de levarem aos seus alunos o conteúdo do período letivo. Pode parecer conto da carochinha, mas não é.

Outros locais desse país continente utilizaram as ondas de rádio, ressuscitando assim um antigo meio de comunicação para transmitir o conteúdo a adultos, jovens e crianças que se viram privados da sala de aula. O rádio – muito utilizado – na época do Projeto Minerva e também no período de Alfabetização de Adultos nas décadas 1970 – entrou em cena, transformando professores em radialistas e alunos em ouvintes ativos.

Como disse num post o escritor Augusto Cury, “professores brilhantes ensinam uma profissão, professores fascinantes ensinam para a vida” e, neste aspecto, professores e coordenadores pedagógicos com ou sem recursos e conhecimento deram o melhor de si, num ano tão logicamente desvirtual como 2020. Tornaram-se virtuais, fazendo-se presenciais junto aos estudantes e assim não perderam a batalha que se estendeu neste período letivo inusitado. Uma coisa é certa: merecem os parabéns e sabem que “nada do que foi será” nos próximos anos para a Educação formal!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)   

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Mudar é sempre possível

 Estudar é um direito de todos. Mas há muitos sem estudo formal e não apenas por causa da Pandemia, mas em função de guerras e inexistência de qualquer tipo de investimento. Porém, há também quem busque superar-se e superar barreiras de todo estilo. Esta é a história de Isaac refugiado, professor voluntário e estudante universitário. Ele é um dos muitos refugiados assistidos pela ACNUR. Veja a história dele no link abaixo:

https://www.acnur.org/portugues/2020/10/06/quando-entrei-na-sala-de-aula-da-universidade-realizei-o-meu-sonho/

Foto: RegiluzVieira - Vida, Luz e Esperança 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

SUPERAÇÃO

 



O sol, a bris
a, a nuvem branca, o céu azul, o silêncio, enfim, tudo fala de um Criador e remete às criaturas. Assim, a nuvem carregada, a chuva, o mar manso ou bravo, cujas ondas se arrebentam nos rochedos indicam vida sempre pulsante, força natural que impulsiona tudo e todos. Mas o que é a Vida, senão um momento breve, furtivo e simples!!!

Viver é muito mais do que pensar, é sentir, é relacionar-se consigo mesmo, com o outro, com o mundo que nos envolve com alegrias e dores tanto nossas quanto do outro. Não para sucumbir à tristeza, mas para em comunhão superar as próprias fraquezas e colaborar para que também o outro supere as dele.

Hoje, diante de tantas tragédias e violência o mundo começa a dar-se conta de que tudo e todos estão interligados. E se a percepção não acontece diante de fatos positivos, esta ocorrerá em situações perigosas como a atual, em que uma epidemia assola o mundo. O vírus Covid -19, que assola países ricos e pobres; uma pandemia sem proporções e que transformou 2020 no ano em que horas, dias, semanas e meses se tornaram iguais ou quase iguais. Apenas ações conjuntas aqui e acolá mostram que a esperança e a solidariedade superar a dor, não importa a proporção desta.

Enfim, como aparece na publicidade dos Médicos Sem Fronteiras - "podemos ser egoístas e de certo modo insensíveis, mas só o homem pode ajudar outro homem" e esta pandemia do Século XXI demonstra a interligação ou interconexão entre tudo e todos de modo límpido e simples. 

O ser humano tem condições de se renovar como a Fênix, ave que renasce das próprias cinzas, e construir uma realidade diferente da atual. Há recursos e meios modernos; a medicina e a tecnologia avançam a passos largos, mas ainda falta força de vontade humana, por meio de políticas econômicas e sociais suprapartidárias que, efetivamente, contribuam para as necessárias ações de resgate da humanidade no seu conjunto. E, deste modo, levar a humanidade a escolher a Vida, ou seja, realizar atitudes de vida e não de morte. Isto é, no mínimo, dizer sim à Criação e restituir a esperança de superar situações que geram dor, sofrimento e discriminação no cotidiano pessoal e coletivo, em seus diversos aspectos.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

 






sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Notícias Boas e Positivas

 


Em tempos da Pandemia se buscam outros tipos de notícias e informações que não recaiam na mesmice. Está difícil porque os temas continuam os mesmos: Covid-19, corrupção na área da saúde, racismo, violência policial, racismo e por aí afora. Então, é preciso encontrar algo de luz neste clima tão incerto e cheio de nuvens escuras. Pesquisando daqui e dali surgem algumas pistas: ainda há muita solidariedade e muito esforço individual e coletivo para transformar a vida ao redor. Pensamentos que querem elevar o homem à Sua Essência e, deste modo dar sentido ao próprio existir.
Dentre as notícias boas e positivas: um homem de 72 anos realizou seu sonho de tornar-se Bacharel em Direito; anônimos que varrem calçadas e retiram lixos também do vizinho s, mesmo temendo a contaminação atual; muitos que fazem marmitas e distribuem aos que nada têm, crianças que postam vídeos com temas de perseverança e força ou resistência para superar adversidades. Enfim milhares de pequenas ações que não se transformam em grandes notícias para trazer luz a este mundo tão sedento de boas ações, ética e respeito para com a dignidade do ser humano independente de sua situação social, sua raça ou seu credo religioso.
Apesar do sucateamento da Educação, o país ainda tem 13 Universidades que estão entre as mil melhores do mundo conforme “pesquisa feita pela consultoria britânica Times Higher Education, uma das mais prestigiadas do setor”, notícia esta publicada inclusive no portal Só Notícia Boa (https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/09/03/brasil-13-universidades-melhores-mundo-ranking/).  Dentre estas instituições estão a USP, a Unicamp, a Universidade Federal de Sergie, PUC-RJ, PUC-PR, PUC-RS, Universidade de Caxias do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, do Rio Grande do Sul. Os critérios considerados incluem ensino, pesquisa, internacionalização, citações acadêmicas. Ou seja, estudar em einstituições conceituadas no país ainda é possível.
Doar o que não precisa pessoalmente gera uma alegria interior que extrapola aquilo que se imagina. Isso foi feito por um jovem de 32 anos, que já trabalha com Voluntariado em Salvador (BA), esta é mais uma ”Notícia Boa” (https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/09/03/quem-doa-nao-usa-mais-fica-assim-uenderson-video/) e confirma ações coletivas e individuais que levam luzes às sombras tão presentes atualmente neste planeta chamado Terra. Divulgar estes e outros fatos também faz bem a alma e mostra o sentido social e de serviço de um Jornalismo qualitativamente positivo. São fatos que geram gratidão pelo dom da vida nos tempos atuais.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

sábado, 15 de agosto de 2020

Ações de uma vida concreta

Inclusão e justiça social, caridade, amor de Deus e evangelização, estas e tantas outras palavras sintetizam a vida de D. Pedro Casaldáliga, que aos 92 anos, volta para junto do Pai Criador. Deixa inúmeras marcas na vida dos que com ele conviveram em São Félix do Araguaia e, de muitos outros que, mesmo distantes, de algum modo foram afetados por suas ações concretas em favor dos mais desvalidos. 


Ele era o bispo/pastor sem sapato, mas que, de fato, como Jesus deu a vida por suas ovelhas: a população ribeirinha e os indígenas do Mato Grosso, em São Félix do Araguaia. Veio para incomodar e servir aqueles povos sofridos que querem “ter voz, ter vez, lugar” como diz um hino pastoral ainda na época mais negra do país!!! 

A semente que cai na terra e morre produz fruto! O sepultamento de D. Pedro Casaldáliga às margens do Rio Araguaia, no Cemitério Iny (Karajá) num clima de comoção e serenidade, traz esta viva mensagem. Sua vida e sua luta produziram frutos já visíveis, mas certamente não são os únicos, pois suas ações terão continuidade naqueles que ainda buscam uma sociedade mais justa e fraterna num país de tantos desiguais e que a pandemia do Covid-19 deixou a mostra. Ele, certamente, da pátria celeste intercederá junto aos que aqui desenvolvem e ainda desenvolveram outras atividades em defesa da vida dos indígenas e da população ribeirinha.

foto: RegiluzVieira

Regina Maria da Luz Vieira

(RegiluzVieira)

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ação Caritativa para indígenas no Brasil

Fonte: Google
Esta é uma notícia que vale a pena replicar em meio a tantas notícias duras e sofrimentos mundo afora em função da doença Covid-19. O papa Francisco, por meio do Vaticano, doou quatro respiradores ao Brasil para serem utilizados para os indígenas do norte do país. Um deles foi recebido esta semana em Marabá e o bispo da cidade, Dom Coberllini, que agradeceu emocionado. Veja a notícia abaixo.

Bispo de Marabá agradece respirador enviado pelo Papa Francisco
Uma doação que vem se somar aos esforços de um melhor atendimento, especialmente às populações indígenas da região. Por meio da Nunciatura Apostólica, a doação do Papa foi entregue ao Hospital de Campanha de Marabá na manhã de segunda-feira.
Vatican News
“Foi uma ação caritativa muito bonita do Papa Francisco através da Nunciatura Apostólica para o Hospital de Campanha de Marabá. Nós pedimos que fosse utilizado mais para os povos indígenas, por serem os mais necessitados”, afirmou ao Vatican News o bispo de Marabá, Dom Vital Corbellini.
Em vídeo publicado no site da diocese, Dom Vital falou diante do Hospital de Campanha, explicando que o respirador pulmonar será usado por todas as pessoas que mais precisam, e agradeceu de coração ao Papa Francisco e ao Núncio, fazendo votos que os aparelhos possam ajudar a salvar vidas.
O respirador – um dos quatro enviados pelo Vaticano ao Brasil - e um medidor de temperatura, chegaram a Marabá no domingo e foram entregues pelo bispo diocesano ao coordenador da Unidade de Saúde, em cerimônia especial realizada na manhã de segunda-feira, 13 de julho de 2020.
Na Unidade de Saúde há 10 leitos destinados a pacientes indígenas com Covid-19, estando atualmente dois ocupados.
Em entrevista ao Jornal Liberal, Dom Corbellini explicou que “o Papa tem no coração estes povos indígenas, porque muitas vezes seus direitos são violados. O governo não está dando muita atenção para estes povos. Há invasão de suas terras, florestas, rios. Então é preciso olhar com carinho estes povos, para que possam viver bem. Então temos este aparelho que pode ajudar a salvar vidas para essas pessoas."
Segundo a Secretaria da Saúde Estado do Amapá, a taxa de ocupação dos leitos de UTI nos dois hospitais regionais de Marabá é de 91%. Já a dos leitos clínicos chega a 71%.

Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-07/papa-francisco-doacao-respirador-hospital-diocese-maraba.html

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Mudanças e Transformações

Motores: carros, ônibus, caminhões, serra elétrica. Sons de buzinas, sirenes, aviões, guindastes, construções, que retornam ao entorno da Avenida e ruas adjacentes, capazes de abafar e afugentar o canto dos pássaros e longos momentos silenciosos que, ao longo de 90 dias, envolveram a região como resultado da Covid-19; epidemia que transformou a vida de todos ao redor do mundo.
fonte: google
Há ainda ruídos que indicam não o retorno à normalidade, pois esta ainda está bem distante, mas que são sinais de que a pandemia não impede a continuidade de obras públicas. Moradores e comerciantes voltam a conviver com estrondos de guindastes, retro-escavadeiras e britadeiras que, sem piedade, destroem calçadas e asfaltos em nome do progresso, pás e ferramentas que vão recobrindo com cimento os mesmos locais anteriormente destroçados.
Ao longo de uma semana – que mais parece eternidade – crescem a poluição sonora e também a ambiental, pois a fuligem e a poeira invadem o ar.  E tudo para que fios antes expostos tornem-se subterrâneos dando espaço a visão mais ampla de quem, eventualmente, observa a paisagem através das janelas de lojas, escritórios e prédios residenciais instalados na região. Descortina-se uma límpida  imagem:  céu azul, com pouca ou nenhuma nuvem, sol intenso como um dia de verão em pleno inverno.
Pontualmente, às 11h15, todos os dias, o barulho intenso dá uma trégua: hora do almoço de quem enfrenta o pesado trabalho em canteiros de obra e na construção civil. Ouvidos mais sensíveis agradecem; é um refrigério  auditivo e mental. Ainda assim, ao longe é possível observar, ou melhor, ouvir o barulho ritmado de pás e ferramentas mais leves que forjam o acabamento das caixas de cimento que são construídas ao longo das calçadas e que serão chumbadas ao chão para evitar mãos predadoras. Enfim, a vida frenética e pulsante se bem como a sobrevivência  humana e econômica se sobrepõem ao medo da contaminação pelo vírus da Covid-19 que teima em fazer seu estrago há quase 100 dias no Brasil e mundo afora.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quarta-feira, 24 de junho de 2020

São João Diferente


Quem imaginaria que em 24 de junho de 2020, São João Batista, o Precursor de Jesus Cristo, seria comemorado com igrejas católicas fechadas e cidades como Caruaru e Campina Grande – onde há o maior São João do Mundo – sem turista nas ruas e muita animação? Sim, um minúsculo vírus transformou os festejos joaninos num dia que só não é comum porque banhado pela dor e sofrimento de tantos que perderam entes queridos ao longo desses 100 dias em que a Pandemia da Covid-19 teima em se alastrar pelo país e pelo mundo.
O feriado religioso, em algumas cidades, foi antecipado para manter a população longe das ruas – numa inócua tentativa de conter a doença. Já em outros municípios não houve alteração; o povo festeiro precisou se contentar em ver pelas janelas carro de som percorrendo ruas com canções apropriadas. Um esforço para aliviar a tensão, a dor que assola o Brasil.
No entanto, isto não adormeceu os sentimentos de impotência e medo que estão introjetados em mentes e corações não só dos que foram diretamente atingidos pela doença, mas também por parte de todos que têm sensibilidade e empatia com a dor de populações mundiais inteiras. Países nos cinco continentes e enfrentam o mesmo sofrimento: populações açoitadas pela morte provocada por um vírus só visível ao microscópio: uma guerra invisível e cujas batalhas estão sendo travadas em hospitais e nas residências, mas também em laboratórios cujos cientistas e pesquisadores buscam a cura por meio de vacinas e medicamentos.
Fonte: Google
Neste São João diferente, pouco ruidoso, e de quase colapso mundial, traga numa explosão de esperança como uma supernova silenciosa percorrendo o infinito e o interior do ser humano. E seja também uma resposta de conversão social, capaz de um olhar atento a tantos que, em decorrência da pandemia, tornaram-se ainda mais excluídos socialmente. O vírus da Covid-19 seja substituído por outro vírus ainda mais contagioso e gere uma pandemia de solidariedade e transformação interna e externa das estruturas sociais nos cinco continentes. Seja esta contaminação mais equitativa, capaz de beneficiar a todos conforma a necessidade de cada um.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Criatividade, sensibilidade e carinho

Nestes tempos em que a pandemia do Covid-19 continua assolando o país de norte a sul chega uma notícia positiva para idosos confinados em casa de repouso e também para seus parentes: A cabine do abraço que foi imaginada e criada por um empresário. Ideia simples, mas criativa e capaz de demonstrar que sempre há espaço para sensibilidade e carinho. 
Fonte: Google - Ideia luminosa
A matéria demonstra que notícias positivas têm espaço para serem veiculadas e nestes tempos tão diferentes - para dizer o mínimo -  este tipo de informação contribui para renovar esperanças em tantos corações esmagados pelo sofrimento gerado pela disseminação do Covid-19. 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


Clique no link abaixo e veja a reportagem  que transmite a emoção dos beneficiados. 


https://tvcultura.com.br/noticias/9013_empresario-leva-cabine-do-abraco-para-casas-de-repouso.html


sexta-feira, 29 de maio de 2020

Recuperar a Educação



Em nível de Educação formal há alguns aspectos a se considerar: temos um país que, em termos de extensão corresponde a um continente; há desigualdades em vários aspectos entre as cinco regiões geográficas que formam o país. No tocante ao acesso a internet, por exemplo, dentro de um mesmo Estado, numa mesma região geográfica, ha áreas onde esta realidade inexiste. 
Então, quando se decide que as aulas serão on-line, as várias Secretarias Estaduais e Municipais de Educação ainda que se empenhem para oferecer tal formação enfrentam questões desafiadoras estruturais: há alunos, na zona rural, em algumas regiões, tendo aulas debaixo de árvores ou em contêineres porque não existem salas de aulas suficientes para todos. Trata-se de um problema estrutural não solucionado e que nesta pandemia tornou-se visível. Por sua vez, há escolas buscando junto às respectivas secretarias meios de atender esta população rural, elaborando materiais escolares específicos.
Há problemas "legais", pois cursos técnicos talvez necessitem ampliar o ano letivo para que estudantes que estejam no último ano possam efetivamente fazer os estágios presenciais num período mais propício pós-pandemia. Mas isto depende de autorização legal do Ministério da Educação. São demandas ainda em avaliação nas próprias escolas técnicas.
Por sua vez, as escolas particulares oferecem cursos de formação on-line para que seu corpo docente possa atender as necessidades da Educação à Distância (formalidade EAD) para prosseguirem na formação junto aos estudantes. Ou seja, professores precisam se tornar alunos para, em seguida, darem prosseguimento ao ano letivo virtualmente.
Foto Google 
Esta é também uma dificuldade para a rede pública quer nos Estados, quer nos Municípios, sobretudo, os mais distantes dos grandes centros do país seja na região, Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste ou Sul. Portanto, há que se superar estas dificuldades reais para então, poder se pensar na recuperação da Educação e, neste aspecto, certamente já estará no fim do primeiro semestre letivo de 2020, conforme o calendário estabelecido junto ao próprio Ministério da Educação. Tudo isso, sem falar no  aspecto do distanciamento e outras medidas que implicam colocar as escolas e seus vários setores dentro das normas do novo "normal".  E aí surge uma questão: quem realmente está atentando também para todas as questões apontadas? Certamente, há quem de fato se preocupa, se ocupa e arregaça as mangas para efetivar o máximo possível de medidas que favoreçam ao bem comum, ao coletivo... E tentar minimizar as desigualdades já existentes e que serão ainda mais evidenciadas no pós-pandemia da Covid-19.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzViera)

domingo, 24 de maio de 2020

Dia Mundial das Comunicações Sociais

Hoje é um dia especial para os comunicadores, ainda que no momento a narração de histórias dolorosas em função do tema que domina as mídias atualmente: a pandemia mundial que parou todos os países. Após mais de dois meses de notícias sobre o agravamento e a extensão da pandemia, alguns Meios de Comunicação Social começam a apresentar também o número de recuperados da COVID-19 e, em alguns casos, não só a saída do hospital, mas também a história das famílias afetadas.  

foto: RegiluzVieira
Começa a ganhar espaço as ações de solidariedade em nível nacional e mundial aos mais vulneráveis. No entanto, o medo e a angústia gerada pela possibilidade de infecção ainda é grande. Eis porque se faz importante a produção e divulgação de notícias edificantes, de solidariedade, de fraternidade tais como ações que remetem à mudança de hábitos e de mentalidade para o pós-pandemia. Sim, porque como toda doença, esta também alcança seu auge e declina, mesmo que com uma lentidão acima do que se deseja  e cuja infecção é rápida, elevando os números negativamente.
Enfim, é também através do Meios de Comunicação Social que a maior parte da população em todos os países têm conhecimento de notícias e informações sobre a busca de uma vacina contra o vírus da Covid-19, implementação de medidas e tratamentos que contribuem ou poderão contribuir para a cura. Além de implementações de medidas sanitárias não populares, mas que reduzem a aceleração do contágio, por exemplo, o distanciamento social.
Os MCS, por meio de profissionais das várias áreas e setores, buscam cumprir seu papel de informar, de noticiar aquilo que de algum modo afeta a vida da sociedade nas mais diversas áreas, cobrindo da política à economia, passando pela saúde, bem-estar social, medicina, física etc. Há muito em jogo e a questão é: pós-pandemia virão mudanças construtivas e edificantes? Muitos acreditam que sim. É possível, mas só tempo confirmará a tendência futura...Uma coisa é certa: os MCS refletem a sociedade em que estão, algumas vezes  de maneira invertida.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Pandemias e Endemias

De fato, até o Covid-19 chegar ao país nunca soube de qualquer planejamento para a área de Saúde, visando atuar num caso de pandemia. Embora tenhamos endemias crônicas no país  como  Malária, Dengue, Zika, Chicungunha e Tuberculose, entre outras. 
Mas, de fato o Ministério de Saúde e o ex-ministro mostraram a que vieram, quando o surto começou a se expandir. No entanto, até a a pandemia, o que tornou-se uma constante no país foi a redução de gastos com a Saúde, permitindo inclusive que doenças erradicadas voltassem ao território nacional como o sarampo e outras endemias.
Com a chegada da pandemia do Covid-19 as deficiências, que sempre foram denunciadas nos meios de Comunicação, visíveis em diferentes Estados do país, vieram à tona. Temos um sistema de saúde que não é preventivo, mas potencialmente curativo. 
Além disso, o SUS sempre e eternamente criticado por sua eficácia, na verdade é quem vem sustentando o atendimento ao Covid junto às classes menos favorecidas. Ainda assim há 40 sem tetos vítimas da doença, sendo que 22 são vítimas fatais.
A pandemia no Brasil deixou claro que temos uma medicina e um sistema de saúde voltado quase que exclusivamente para a cura e pouco preventivo, além de um sistema de vigilância sanitária pouco eficiente. 
Um exemplo é que na maior cidade do país, São Paulo, há problemas de esgoto a céu aberto em vários bairros e já foi comprovada a contaminação do esgoto pelo Covid-19.
Mesmo com a divulgação nas diversas mídias nenhuma medida preventiva foi anunciada ou sequer adotada para salvaguardar a população que vive em condições precárias em bairros distantes e periféricos. 
Esta é também a situação no Estado do Rio de Janeiro, onde há um grande contingente da população vivendo em condições de risco no que se refere à contaminação pelo Covid-19, em decorrência do contato como o esgoto a céu aberto. Enquanto isso cresce o número de contaminados e de mortos nas duas cidades. Criar uma rede eficiente de esgoto é também parte da profilaxia para reduzir a contaminação.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Realidade presente

A Pandemia do Covid 19 colocou o mundo de cabeça para baixo. O nosso país está em suspensão, assim como muitos outros. E diante do quadro estarrecedor de mortes e mais mortes no mundo, bem como no Brasil, a primeira impressão é de que o futuro talvez nunca venha; porém, algumas coisas "boas" estão acontecendo como, por exemplo, a solidariedade junto àqueles que nunca eram vistos: os moradores de rua, os povo indígenas, os povos quilombolas e os trabalhadores informais. Há uma preocupação real com estas categorias populacionais e obrigou as autoridades seja na área da Saúde, seja na área Econômica ou Social a voltarem-se para buscar meios de auxiliá-los e evitar que esta doença se alastre e extermine aqueles que também são brasileiros.
Aqui e acolá surgem iniciativas seja para alimentação ou cuidados de higienização, seja em âmbito individual ou de instituições privadas, quanto em nível governamental. Enfim, iniciativas que demonstram a solidariedade peculiar ao ser humano e que geraram a disponibilidade de se solidarizar mais no tocante ao que é pertinente a ações por parte de entidades governamentais. Neste sentido existe prefeituras ampliando atendimento  para moradores de rua ou em situação de rua oferecendo não apenas leito mas alimentação e higienização. Iniciativas de todos os gêneros em função do caos gerado pela "reclusão" forçada se de fato quisermos ser contributo pessoal diante desta crise avassaladora.
Foto: RegiluzVieira
Outro aspecto é que a pandemia obrigou todos a pisarem no freio e, ao mesmo tempo, a buscar o transcendente, a fim de encontrar sentido para o que todos estão vivendo. Encontrar algum ponto no qual se segurar, pois esta pandemia desnudou a fragilidade de todos os povos ricos e pobres. Ou seja, certezas que já não existem, pois o vírus gera colapso em todas as áreas em algum momento e gera a questão não respondida: onde está a luz no fim do túnel? E essa questão é mundial, mas que trouxe à tona aspectos empoeirados e escondidos no mais recôndito do interior de cada ser humano, mas que não impede esperar que o dia brilhe a cada 24h, trazendo mudanças positivas. Todos e cada um está aprendendo a viver o chamado "momento presente", ou seja um dia por vez! E talvez o mais interessante: há um movimento instintivo de que no mundo as fronteiras e barreiras caem quando a vida de todos está em jogo

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

terça-feira, 24 de março de 2020


No momento atual de globalização, se pode dizer que a “Terra Parou” e, as pessoas, de algum modo, entenderam que ninguém é uma ilha, mas tudo e todos estão interligados. Porém, isso só foi possível porque uma pandemia mundial, que está gerando pânico, dor, sofrimento e muitas mortes, obrigou todos os países a se intercomunicarem e assim, minimizar a individualidade galopante seja de países e pessoas. 
E, neste sentido, a Igreja é sinal de esperança e confiança, embora não haja no momento contato presencial, ou melhor, há um isolamento social que levou inclusive ao fechamento de templos de todos os credos religiosos, incluindo a Igreja católica. No entanto, há forte mobilização dos pastores (padres, bispos, católicos e cristãos) para manter acesa a Esperança e alimentar a fé.

Foto: Google
A situação nova e inimaginável está sendo minimizada em decorrência dos meios de comunicação, incluindo internet e as novas tecnologias (redes sociais) tornam a Igreja presente junto aos que mais sofrem pelo isolamento social imposto, impedindo a presença real quer de pastores, quer de fiéis. Nunca foi tão válido como agora o ditado que diz: "só se percebe o quanto algo é importante quando se perde"; assim se expressou uma jovem que rezava em frente as portas de uma igreja que estava fechada, por decorrência desta pandemia.
Neste quadro de pandemia, o mundo globalizado busca virtualmente uma proximidade, a fim de gerar uma coletividade quase sempre desvalorizada. Esta busca de contato com pessoas reais comprova que o Ser Humano não foi gerado para estar só e sim em coletividade, seja na família, seja no trabalho, seja no convívio de lazer. 
O mundo desperta, ainda que por meio de uma dura realidade, para a urgente e impositiva necessidade de mudança de hábitos em todos os aspectos quer em nível  micro quanto no macro. Isso implica abrir mão de bem-estar individual para que prevaleça o bem-estar coletivo. 
Jovens e adultos, por meio de serviços voluntários, se dispondo a auxiliar desconhecidos, numa cidade como São Paulo seria algo impensável até poucos dias. E a ajuda inclui a aquisição de mantimentos ou medicamentos deixados em portarias de prédios e telefonemas para aqueles que pouco se conhecem mas que precisam se manter isolados. Enfim, situações inusitadas que obrigaram a criar novos hábitos e se adaptar aos tempos de uma pandemia gigante.
Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


domingo, 1 de março de 2020

Superação

O sol, a brisa, a nuvem branca, o céu azul, o silêncio, enfim, tudo fala de um Criador e remete às criaturas. Assim, a nuvem carregada, a chuva, o mar manso ou bravo, cujas ondas se arrebentam nos rochedos indicam vida sempre pulsante, força natural que impulsiona tudo e todos. Mas o que é a Vida, senão um momento breve, furtivo e simples!!!
Viver é muito mais do que pensar, é sentir, é relacionar-se consigo mesmo, com o outro, com o mundo que nos envolve com alegrias e dores tanto nossas quanto do outro. Não para sucumbir a tristeza, mas para em comunhão superar as próprias fraquezas e colaborar para que também o outro supere as dele.
Hoje, diante de tantas tragédias e violência o mundo começa a dar-se conta de que tudo e todos estão interligados. E se a percepção não acontece diante de tantos fatos positivos, esta ocorrerá em situações perigosas como a atual, em que uma epidemia assola o mundo. O chamado Covid -19, que assola países ricos e já chegou ao chamado "Terceiro Mundo", num alto risco de pandemia, mas também existe a esperança de ações conjuntas.
Enfim, como aparece na publicidade dos Médicos Sem Fronteiras - "podemos ser egoístas e de certo modo insensíveis, mas só o homem pode ajudar outro homem" e esta epidemia do Século XXI demonstra a interligação ou interconexão entre tudo e todos de modo límpido e simples. 
Foto; Autora
O ser humano tem condições de se renovar como a Fênix, ave que renasce das próprias cinzas, e construir uma realidade diferente da atual. Há recursos e meios modernos; a medicina e a tecnologia avançam a passos largos, mas ainda falta a força de vontade humana, por meio de políticas econômicas e sociais suprapartidárias que efetivamente contribuam para as necessárias ações de resgate da humanidade no seu conjunto. E deste modo levar a humanidade a escolher a Vida, ou seja, realizar atitudes de vida e não de morte. Isto é, no mínimo, dizer Sim à Criação e restituir a Esperança de superar situações que geram dor, sofrimento e discriminação no cotidiano pessoal e coletivo, em seus diversos aspectos.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

domingo, 2 de fevereiro de 2020

A Praia

Estar defronte para o mar, sentada em uma cadeira de praia, num fim de tarde é desafiador, especialmente fora de temporada. É um cenário surreal: de um lado nem uma viva alma e do outro, ao longe avista-se um grupo de três pessoas de pé, talvez conversando. Todos são silhuetas quase não identificáveis, tamanha é a distância entre o grupo e a solitária banhista, parecendo pontos minúsculos na areia tão cinza quanto o mar e o céu!
Num voo rasante e num passeio solitário uma gaivota anda pela orla, ciscando aqui e acolá. Outra gaivota sobrevoa o mar e desaparece no horizonte.
Para completar o cenário, começa a soprar um vento forte, obrigando a banhista solitária a correr atrás da bola que, por dias, havia ficado atrás das cadeiras para evitar travar as rodas. Mas agora a bendita resolve ter vida própria e obriga a banhista, por 2 vezes, a correr atrás da bela esfera colorida, evitando que chegasse ao mar - este já agitado, indicando mudança de maré e de clima. Cansada de correr, quando ela consegue pegar a bola esta é devidamente colocada dentro da bolsa. Uffa! A bola não venceu!
Foto: Google
Por sua vez, a gaivota, única companheira na imensidão da areia cinzenta é vencida pelo avanço da maré e levanta seu voo rasante. Ao longe uma pequena cordilheira está quase encoberta por nuvens espessas e trovoadas ao longe obrigam a banhista solitária a levantar acampamento para não ser surpreendida pela tempestade que se aproxima. 


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Ano Novo - O Tempo

Eis o que diz Drummond sobre Ano Novo:


O Tempo

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, 
a que se deu o nome de ano,
foi um individuo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.

Foto: Google
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para diante tudo vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado,
o amor esperado,
a esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida,
todas as alegrias que puder sorrir,
todas as músicas que puder emocionar.

Para você, neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família seja mais unida,
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas...
Mas nada seria suficiente...

Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,
desejos grandes.

E que eles possam mover você a cada minuto ao rumo da sua felicidade."


(Carlos Drummond de Andrade)