sexta-feira, 3 de abril de 2020

Realidade presente

A Pandemia do Covid 19 colocou o mundo de cabeça para baixo. O nosso país está em suspensão, assim como muitos outros. E diante do quadro estarrecedor de mortes e mais mortes no mundo, bem como no Brasil, a primeira impressão é de que o futuro talvez nunca venha; porém, algumas coisas "boas" estão acontecendo como, por exemplo, a solidariedade junto àqueles que nunca eram vistos: os moradores de rua, os povo indígenas, os povos quilombolas e os trabalhadores informais. Há uma preocupação real com estas categorias populacionais e obrigou as autoridades seja na área da Saúde, seja na área Econômica ou Social a voltarem-se para buscar meios de auxiliá-los e evitar que esta doença se alastre e extermine aqueles que também são brasileiros.
Aqui e acolá surgem iniciativas seja para alimentação ou cuidados de higienização, seja em âmbito individual ou de instituições privadas, quanto em nível governamental. Enfim, iniciativas que demonstram a solidariedade peculiar ao ser humano e que geraram a disponibilidade de se solidarizar mais no tocante ao que é pertinente a ações por parte de entidades governamentais. Neste sentido existe prefeituras ampliando atendimento  para moradores de rua ou em situação de rua oferecendo não apenas leito mas alimentação e higienização. Iniciativas de todos os gêneros em função do caos gerado pela "reclusão" forçada se de fato quisermos ser contributo pessoal diante desta crise avassaladora.
Foto: RegiluzVieira
Outro aspecto é que a pandemia obrigou todos a pisarem no freio e, ao mesmo tempo, a buscar o transcendente, a fim de encontrar sentido para o que todos estão vivendo. Encontrar algum ponto no qual se segurar, pois esta pandemia desnudou a fragilidade de todos os povos ricos e pobres. Ou seja, certezas que já não existem, pois o vírus gera colapso em todas as áreas em algum momento e gera a questão não respondida: onde está a luz no fim do túnel? E essa questão é mundial, mas que trouxe à tona aspectos empoeirados e escondidos no mais recôndito do interior de cada ser humano, mas que não impede esperar que o dia brilhe a cada 24h, trazendo mudanças positivas. Todos e cada um está aprendendo a viver o chamado "momento presente", ou seja um dia por vez! E talvez o mais interessante: há um movimento instintivo de que no mundo as fronteiras e barreiras caem quando a vida de todos está em jogo

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)