Em nível de Educação formal há alguns
aspectos a se considerar: temos um país que, em termos de extensão corresponde a
um continente; há desigualdades em vários aspectos entre as cinco regiões
geográficas que formam o país. No tocante ao acesso a internet, por exemplo,
dentro de um mesmo Estado, numa mesma região geográfica, ha áreas onde esta
realidade inexiste.
Então,
quando se decide que as aulas serão on-line, as várias Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação ainda que se empenhem para oferecer tal formação
enfrentam questões desafiadoras estruturais: há alunos, na zona rural, em
algumas regiões, tendo aulas debaixo de árvores ou em contêineres porque não
existem salas de aulas suficientes para todos. Trata-se de um problema
estrutural não solucionado e que nesta pandemia tornou-se visível. Por sua vez,
há escolas buscando junto às respectivas secretarias meios de atender esta
população rural, elaborando materiais escolares específicos.
Há
problemas "legais", pois cursos técnicos talvez necessitem ampliar o
ano letivo para que estudantes que estejam no último ano possam efetivamente
fazer os estágios presenciais num período mais propício pós-pandemia. Mas isto
depende de autorização legal do Ministério da Educação. São demandas ainda em
avaliação nas próprias escolas técnicas.
Por
sua vez, as escolas particulares oferecem cursos de formação on-line para que
seu corpo docente possa atender as necessidades da Educação à Distância
(formalidade EAD) para prosseguirem na formação junto aos estudantes. Ou seja,
professores precisam se tornar alunos para, em seguida, darem prosseguimento ao
ano letivo virtualmente.
Foto Google |
Esta
é também uma dificuldade para a rede pública quer nos Estados, quer nos
Municípios, sobretudo, os mais distantes dos grandes centros do país seja na região,
Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste ou Sul. Portanto, há que se superar
estas dificuldades reais para então, poder se pensar na recuperação da Educação
e, neste aspecto, certamente já estará no fim do primeiro semestre letivo de
2020, conforme o calendário estabelecido junto ao próprio Ministério da
Educação. Tudo
isso, sem falar no aspecto do distanciamento e outras medidas que implicam
colocar as escolas e seus vários setores dentro das normas do novo
"normal". E aí surge uma questão: quem realmente está atentando
também para todas as questões apontadas? Certamente, há quem de fato se preocupa,
se ocupa e arregaça as mangas para efetivar o máximo possível de medidas que
favoreçam ao bem comum, ao coletivo... E tentar minimizar as desigualdades já existentes e que serão ainda mais evidenciadas no pós-pandemia da Covid-19.
Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzViera)
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