segunda-feira, 15 de maio de 2023

Liberdade: sentimentos, cheiros, imagens

 

Li-ber-da-de: quatro sílabas formando uma palavra capaz de evocar os mais variados sentimentos, emoções, cheiros e imagens. Liberdade evoca cheiro de vento, flores do campo, mar, chuva e brisa suave. Traz à memória imagens de pássaros voando, campos floridos, casas com janelas azuis e brancas rodeadas por jardins com grama verde, molhada pela chuva; semblantes alegres, crianças saltitantes, jovens sorrindo de mãos dadas e namorando na relva ao longo do parque.

Liberdade remete para imagens de prédios e sacadas coloridas; barcos singrando o mar com velas ao vento, brilho do sol, noite de luar, balões coloridos, árvores que se movem por pequenas rajadas de brisa suave. Pessoas que vão e vem com destinos definidos nas ruas da cidade ou também passeando na areia molhada à beira mar, céu azul sem nuvens num dia de primavera. Estudantes que riem e tagarelam ao final do turno escolar.

Foto da autora

Mas liberdade também evoca sentimentos como amor, alegria, saudade, esperança, confiança em si, vontade de viver e voar como pássaros cruzando o céu em diferentes direções. E conceitos diversos: liberdade civil, liberdade de expressão, liberdade política, liberdade econômica e financeira, liberdade individual, liberdade de ir e vir. 

A palavra liberdade vem do latim Libertas e significa a condição de quem é livre. Em grego, eleutheria” refere-se à liberdade de movimento. Em alemão, a palavra “freiheit” significava pescoço livre e dá origem à palavra “freedom” em inglês, relaciona-se à ausência das correntes que aprisionavam os escravos.

Para muitos a liberdade é um sonho capaz de levar à morte ou à redenção, gerando heróis e anti-heróis; basta vermos a História passada e presente. Um exemplo brasileiro: “liberta que será tamen”, um sonho político que gerou traidor e traído, ambos Joaquim, defendendo sistemas diferentes de Governo. 

Liberdade: dom precioso dado pelo Criador às suas criaturas, em especial, aos seres humanos com condições para aprender e construir artefatos que facilitam o seu cotidiano.

 Os povos originários  utilizaram a liberdade para sobreviverem. Assim, aprenderam a caçar, a pescar e cultivar a terra, aproveitando de modo sábio aquilo que a natureza lhes oferecia e ainda oferece. Com a mesma liberdade aprenderam a fiar e tecer as próprias vestimentas. Liberdade para sonhar e lutar, a fim de se manterem livres. O ser humano ainda hoje sonha com um mundo novo, sem limite e sem interferência para usufruir da liberdade ou do direito de ser livre, sem obstáculos.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)