Dentre as dez áreas
florestais mais ameaçadas do mundo, de acordo com estudos da organização Conservação Internacional, a Mata
Atlântica ocupa a quinta colocação. Os “hotspots de biodiversidade”, como foram
denominadas as análises, mostram áreas espalhadas por todo o globo, que abrigam
grande biodiversidade com espécies animais e vegetais únicas, mas que correm
sérios riscos de extinção. O Brasil está entre as áreas ‘ranqueadas’ assim como
o sudeste asiático, regiões da Nova Zelândia, China, África Oriental e
Madagascar.
Todas as florestas
consideradas no estudo já perderam, pelo menos, 90% de sua vegetação original.
A preocupação maior está no fato de que essas áreas abrigam pelo menos 1.500
tipos de espécies nativas endêmicas, que só existem ali. A Mata Atlântica é um
bom exemplo disso. A sua área original ocupava grande parte da costa brasileira
e hoje restam apenas 8% dessa vegetação em todo o território nacional. Apesar
da devastação presente, a região possui cerca de 20 mil espécies de plantas,
sendo 40% delas endêmicas.
O desmatamento é uma
preocupação constante já que as florestas cobrem apenas 30% do planeta e são
responsáveis por fornecer alimentos para 1,6 bilhões de pessoas. São
responsáveis também pela manutenção do clima e são importantes economicamente.
No caso da Mata Atlântica,
ocupam 17 estados brasileiros, do Ceará ao Rio Grande do Sul, passando por
grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disto, as florestas são
importantes reservatórios de água doce, uma vez que ¾ da água potável do mundo
provêm de vertentes florestais e a maior parte das cidades depende desatas vertentes
para obter água limpa.
A proposta do estudo
desenvolvido pela OnG Conservação Internacional é encorajar os países a
definirem novas estratégias de proteção aos biomas, exaltando o fato de que
também é possível obter benefícios econômicos mantendo a floresta em pé.
Regina Maria da Luz Vieira (Regiluzvieira)
Fonte:
OBS:
A Conservação Internacional tem sede em Washington D.C. e visa proteger as
chamadas “hotspots" de biodiversidade da Terra, áreas selvagens ou regiões
marinhas de alta biodiversidade ao redor do Globo. No Brasil, esta organização
tem sede em Belo Horizonte (MG).