quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ação Caritativa para indígenas no Brasil

Fonte: Google
Esta é uma notícia que vale a pena replicar em meio a tantas notícias duras e sofrimentos mundo afora em função da doença Covid-19. O papa Francisco, por meio do Vaticano, doou quatro respiradores ao Brasil para serem utilizados para os indígenas do norte do país. Um deles foi recebido esta semana em Marabá e o bispo da cidade, Dom Coberllini, que agradeceu emocionado. Veja a notícia abaixo.

Bispo de Marabá agradece respirador enviado pelo Papa Francisco
Uma doação que vem se somar aos esforços de um melhor atendimento, especialmente às populações indígenas da região. Por meio da Nunciatura Apostólica, a doação do Papa foi entregue ao Hospital de Campanha de Marabá na manhã de segunda-feira.
Vatican News
“Foi uma ação caritativa muito bonita do Papa Francisco através da Nunciatura Apostólica para o Hospital de Campanha de Marabá. Nós pedimos que fosse utilizado mais para os povos indígenas, por serem os mais necessitados”, afirmou ao Vatican News o bispo de Marabá, Dom Vital Corbellini.
Em vídeo publicado no site da diocese, Dom Vital falou diante do Hospital de Campanha, explicando que o respirador pulmonar será usado por todas as pessoas que mais precisam, e agradeceu de coração ao Papa Francisco e ao Núncio, fazendo votos que os aparelhos possam ajudar a salvar vidas.
O respirador – um dos quatro enviados pelo Vaticano ao Brasil - e um medidor de temperatura, chegaram a Marabá no domingo e foram entregues pelo bispo diocesano ao coordenador da Unidade de Saúde, em cerimônia especial realizada na manhã de segunda-feira, 13 de julho de 2020.
Na Unidade de Saúde há 10 leitos destinados a pacientes indígenas com Covid-19, estando atualmente dois ocupados.
Em entrevista ao Jornal Liberal, Dom Corbellini explicou que “o Papa tem no coração estes povos indígenas, porque muitas vezes seus direitos são violados. O governo não está dando muita atenção para estes povos. Há invasão de suas terras, florestas, rios. Então é preciso olhar com carinho estes povos, para que possam viver bem. Então temos este aparelho que pode ajudar a salvar vidas para essas pessoas."
Segundo a Secretaria da Saúde Estado do Amapá, a taxa de ocupação dos leitos de UTI nos dois hospitais regionais de Marabá é de 91%. Já a dos leitos clínicos chega a 71%.

Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-07/papa-francisco-doacao-respirador-hospital-diocese-maraba.html

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Mudanças e Transformações

Motores: carros, ônibus, caminhões, serra elétrica. Sons de buzinas, sirenes, aviões, guindastes, construções, que retornam ao entorno da Avenida e ruas adjacentes, capazes de abafar e afugentar o canto dos pássaros e longos momentos silenciosos que, ao longo de 90 dias, envolveram a região como resultado da Covid-19; epidemia que transformou a vida de todos ao redor do mundo.
fonte: google
Há ainda ruídos que indicam não o retorno à normalidade, pois esta ainda está bem distante, mas que são sinais de que a pandemia não impede a continuidade de obras públicas. Moradores e comerciantes voltam a conviver com estrondos de guindastes, retro-escavadeiras e britadeiras que, sem piedade, destroem calçadas e asfaltos em nome do progresso, pás e ferramentas que vão recobrindo com cimento os mesmos locais anteriormente destroçados.
Ao longo de uma semana – que mais parece eternidade – crescem a poluição sonora e também a ambiental, pois a fuligem e a poeira invadem o ar.  E tudo para que fios antes expostos tornem-se subterrâneos dando espaço a visão mais ampla de quem, eventualmente, observa a paisagem através das janelas de lojas, escritórios e prédios residenciais instalados na região. Descortina-se uma límpida  imagem:  céu azul, com pouca ou nenhuma nuvem, sol intenso como um dia de verão em pleno inverno.
Pontualmente, às 11h15, todos os dias, o barulho intenso dá uma trégua: hora do almoço de quem enfrenta o pesado trabalho em canteiros de obra e na construção civil. Ouvidos mais sensíveis agradecem; é um refrigério  auditivo e mental. Ainda assim, ao longe é possível observar, ou melhor, ouvir o barulho ritmado de pás e ferramentas mais leves que forjam o acabamento das caixas de cimento que são construídas ao longo das calçadas e que serão chumbadas ao chão para evitar mãos predadoras. Enfim, a vida frenética e pulsante se bem como a sobrevivência  humana e econômica se sobrepõem ao medo da contaminação pelo vírus da Covid-19 que teima em fazer seu estrago há quase 100 dias no Brasil e mundo afora.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)