O carnaval é a festa
popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento
da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem
tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na
Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do
latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está
relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também
com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja
Católica de enquadrar uma festa pagã.
Havia ainda em Roma as Saturnálias
e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e
as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também
das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os
papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos
colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de
escravos.
Mas tais festas eram pagãs. Com o
fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa
concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais,
pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se
também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do
século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas
nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma,
manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da
severidade religiosa.
Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil
para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas
e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos
vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá
habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens
das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades
italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros
improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções
foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros
decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz
negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma
máscara branca.
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A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das
primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem
portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os
cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés,
frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural
carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também
foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
PINTO, Tales dos Santos. "História do carnaval e suas
origens"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm>.