Setembro,
mês primaveril trazendo reveses, cores e flores de todo tipo. A natureza brinda
o ser humano com inúmeras nuances e inunda de vida os mais remotos cantos do
país, lembrando mais uma vez que a esperança está viva e se reflete de diversas
maneiras. No entanto, há espinhos nas rosas e isto também está presente nas
mais variadas situações tanto no Brasil como no mundo.
Ainda
no oitavo dia do mês chega a notícia sobre a morte da quase centenária rainha
Elisabeth II, enlutando o velho mundo: a Europa e, de modo especial, o Reino
Unido. Estes, por 10 dias, reverenciaram aquela que reinou durante 70 anos como
soberana, demonstrando autoridade e constância, caracterizadas por sua personalidade
forte, capaz de suplantar situações desfavoráveis em muitas áreas dentro e
fora dos muros do Palácio de Buckingham. Vivenciou eventos históricos
entre os quais as duas grandes Guerras Mundiais e uma pandemia que não viu
terminar oficialmente.
Mas este mês de primavera também traz situações dramáticas como o aumento da fome no país e no mundo; mortes violentas geradas pela intolerância que beira a irracionalidade por posições eleitorais opostas. Em à medida em que se aproximam as eleições, os ânimos se acirram ainda mais, num misto de temor e tensão espraiando-se por regiões próximas e distantes como espinhos que ferem e deixam marcas profundas.
Não obstante os espinhos, a natureza, mesmo devastada pelas mãos humanas, insiste em presentear-nos com o glamour de suas floradas: os ipês brancos, rosáceos e amarelos colorem as cidades do interior assim como o asfalto das grandes cidades país afora. Assim, estas árvores insistem em dizer-nos que há vida e esperança entre um por de sol e outro, relembrando que existe sentido em rememorar o Dia da Árvore, transcorrido em 21 de setembro.
Regina Maria da Luz Vieira(RegiLuzVieira)
Foto: Google |