domingo, 25 de dezembro de 2022

A gruta, o presépio, a Luz – Jesus, Maria, José

 

Sem o sim dos personagens envolvidos não existiria Natal, vida nova, amor, alegria, paz, desejo e senso de justiça misericordiosa. A festividade natalina de trazem-nos esta reflexão esta loção. Desalojaram e continuam a desalojar a família de Nazaré nas inúmeras famílias que vivem hoje em barracas ou sob lonas e viadutos nas ruas das cidades ou em abrigos improvisados à beira das estradas para refugiados que fogem de guerras intermináveis ou de catástrofes naturais em função das mudanças climáticas. Mas, a luz que sempre brilha sobre as trevas mantém acesa a chama da Esperança.

A Luz brilha sobre as trevas
Foto:da autora

Deste modo, a paz volta ao coração, a vida ganha cores mais brilhantes, o mundo parece mais sereno e amigável, ainda que todo o sofrimento esteja lá, no mais recôndito da alma. Só a compaixão - que nos humaniza e, ao mesmo tempo, em essência, também nos torna divinos - é capaz de impulsionar muitos ou parte significativa da Humanidade a enxergar os invisíveis mais visíveis da sociedade, dando-lhes assistência em suas necessidades. Assim, em pleno século XXI, a celebração do Natal reencontra o seu sentido maior, aquecendo os corações mundo afora.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

 


domingo, 11 de dezembro de 2022

Brilho Novo

 

Mais uma vez é dezembro. Mês no qual floresce a expectativa de acontecimentos positivos em todas as esferas da vida pessoal e coletiva. Ao cruzar a cidade é possível ver ruas, fachadas de prédios comerciais e residenciais com enfeites verdes e vermelho, luzes coloridas, lembrando que este é um período no qual as confraternizações se multiplicam banhadas por muito brilho natural e artificial, iluminando o cotidiano, transformando a realidade, ainda que por um curto espaço de tempo.

Após dois anos sem confraternizações coletivas estas voltaram quase com força total, ainda que a pandemia não tenha recuado do mesmo modo. As pessoas estão movidas pelo desejo e necessidade do encontro, da companhia, da esperança por dias melhores e duradouros. É exatamente isso que faz com que o ser humano supere o temor do contágio e busque o contato por meio do encontro descontraído com os mais próximos e também com os mais distantes.

Foto da autora

É a Vida que flui com todo seu vigor nas festividades coletivos que constituem os últimos 30 dias de um ano que ainda não terminou, mas já deixou marcas profundas no mundo atual. A começar por uma guerra insana que recrudesce a cada dia; mas também há marcas positivas quando se percebe o renascimento da vida cultural, capaz de trazer alento a tantos corações cansados.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)



quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Luto, dor, lembranças

 A arte se mantém viva assim como o esporte. Tomba o ser humano, mas não seu legado.

Este é um período ceifas para o mundo artístico e o mundo esportivo: três expoentes da música tiveram sua trajetória interrompida pela única certeza que se tem da vida: a morte! E esta levou num único roldão Rolando Boldrin e Maria Betânia; dias depois Erasmo Carlos. Antes, porém, o esporte perderia o ícone do vôlei feminino: a jogadora Isabel.

Os três ícones da música brasileira se foram, porém, deixaram um legado que já faz parte da história; suas canções evocam tempos duros e difíceis do país, mas também o desejo de mudança capaz de trazer à tona a esperança de um mundo mais igualitário no qual o humano floresce em seus melhores aspectos. Calaram-se as vozes, mas não as mensagens que suas canções deixam transparecer atuais, mesmo se produzidas em épocas remotas.

Por sua vez, o vôlei, de modo particular, o feminino viu tombar aquela que foi a pioneira não apenas a alcançar o pódio, mas levar esta categoria para diversos países nos vários continentes. Fica a o luto, a dor, as lembranças de jogadas marcantes tanto em quara quanto no vôlei de praia, No entanto ficam a garra, o exemplo e a esperança para as novas e futuras atletas individuais e na seleção brasileira.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)





sábado, 29 de outubro de 2022

Livros

 

Descobrir e viajar no conteúdo dos livros é sempre fascinante seja uma obra de ficção ou não ficção. Os livros atraem desde sempre. Folheá-los, lê-los ou escrevê-los são aspectos que movem aqueles que buscam sabedoria, conhecimento, aventura ou apenas um momento de lazer. 

Neste mês em que se comemora o Dia Nacional do Livro a fascinação por esta obra de arte se fez presente de diversos modos: editoras e livrarias utilizaram bônus, descontos especiais etc. para incentivar públicos-alvo de diversas faixas etárias e categorias. Vivemos na era digital e o os e-books tornaram-se uma fonte de consumo para leitores adultos e jovens.

Fonte: Google

No entanto, o livro impresso não perdeu seu fascínio; prova disso, são as inúmeras livrarias que, mesmo diante da crise econômica se mantêm com as portas abertas. Também as bancas de jornais atestam o interesse pelo livro impresso, ao colocarem em exposição e à venda os mais variados títulos para deleite de livreiros, editores, escritores e, lógico, leitores que preferem folhear as páginas da obra que desejam consumir.

Outra prova são as estantes virtuais onde a compra de livro impresso via internet cresceu exponencialmente a partir da pandemia e, se mantém em alta. 

Através das páginas de um romance, conto, poesia ou crônicas o leitor se permite adentrar mundos desconhecidos, conhecer culturas e paisagens mundo afora. Há ainda os livros acadêmicos e paradidáticos, cujas páginas estão carregadas de descobertas e atualizações para profissionais de diversas áreas e estudantes dos mais variados cursos.

É, justo, portanto, lembrar deste ilustre fornecedor de conhecimento, sonhos e ideais neste mês no qual se comemora não só o Dia nacional do Livro, mas também da poesia e do escritor de todos os tempos: Carlos Drummond de Andrade!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

sábado, 15 de outubro de 2022

Antonieta de Barros: Pioneirismo e Vitória

 Ser mulher e negra ainda hoje é enfrentar preconceitos e discriminações. Imaginem a situação de uma filha de escrava liberta e órfã de pai nascida em 11 de julho de 1901. Esta mulher, Antonieta de Barros, foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil, sendo a primeira negra do país a assumir mandato parlamentar popular na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 1948, onde deixou claro sua bandeira política: o poder revolucionário e libertador da educação para todas e todos

Antonieta de Barros é pioneira e inspiradora do Movimento Negro.  Sua bandeira política tinha como pontos centrais: a luta pela emancipação feminina, a educação para todos e todas; a valorização da cultura negra. Já como jornalista fundou o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927, sendo considerada a primeira mulher negra que trabalhou na imprensa de Santa Catarina.

Dentre as suas ações concretas em prol da Educação se destaca o Projeto de Lei 145, de 12 de outubro de 1948, estabelecendo a data de 15 de outubro como Dia dos Professores e feriado escolar, em Santa Catarina. Esta data só foi oficializada 20 anos mais tarde, pelo Presidente da República João Goulart, em outubro de 1963.

Como professora diplomada pela Escola Normal fundou o curso Antonieta de Barros a fim de combater o analfabetismo de adultos pobres; ela acreditava que só a Educação seria capaz de libertar os desfavorecidos da condição de servidão. Em sua carreira como jornalista escreveu sobre a Educação, as questões políticas e a situação feminina.

Fonte: Wikipédia

“Farrapos” (1937) foi o primeiro livro escrito por Antonieta de Barros sob o pseudônimo de Maria da Ilha, cuja temática é a crítica social , emas envolve valores humanísticos e cristãos. Enfim é uma mulher a frente de seu tempos em todos os aspectos, deixando clara a resistência e a luta da mulher para ocupar seu lugar na sociedade de outrora, mas também na sociedade atual.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira) 


Fontes: Jornal El PaísReportagem de ALINE TORRES para o EL PAÍS.

https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-10-15/antonieta-de-barros-a-parlamentar-negra-pioneira-que-criou-o-dia-do-professor.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonieta_de_Barros



quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Reveses: espinhos, cores e flores

 

Setembro, mês primaveril trazendo reveses, cores e flores de todo tipo. A natureza brinda o ser humano com inúmeras nuances e inunda de vida os mais remotos cantos do país, lembrando mais uma vez que a esperança está viva e se reflete de diversas maneiras. No entanto, há espinhos nas rosas e isto também está presente nas mais variadas situações tanto no Brasil como no mundo.

Ainda no oitavo dia do mês chega a notícia sobre a morte da quase centenária rainha Elisabeth II, enlutando o velho mundo: a Europa e, de modo especial, o Reino Unido. Estes, por 10 dias, reverenciaram aquela que reinou durante 70 anos como soberana, demonstrando autoridade e constância, caracterizadas por sua personalidade forte, capaz de suplantar situações desfavoráveis em muitas áreas dentro e fora dos muros do Palácio de Buckingham. Vivenciou eventos históricos entre os quais as duas grandes Guerras Mundiais e uma pandemia que não viu terminar oficialmente.

Mas este mês de primavera também traz situações dramáticas como o aumento da fome no país e no mundo; mortes violentas geradas pela intolerância que beira a irracionalidade por posições eleitorais opostas. Em à medida em que se aproximam as eleições, os ânimos se acirram ainda mais, num misto de temor e tensão espraiando-se por regiões próximas e distantes como espinhos que ferem e deixam marcas profundas.

Não obstante os espinhos, a natureza, mesmo devastada pelas mãos humanas, insiste em presentear-nos com o glamour de suas floradas: os ipês brancos, rosáceos e amarelos colorem as cidades do interior assim como o asfalto das grandes cidades país afora. Assim, estas árvores insistem em dizer-nos que há vida e esperança entre um por de sol e outro, relembrando que existe sentido em rememorar o Dia da Árvore, transcorrido em 21 de setembro. 

Regina Maria da Luz Vieira(RegiLuzVieira)

Foto: Google


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Sensibilizar o olhar

Em Benevides, no Pará, a Escola Municipal Fiore – situada ao lado da Floresta Amazônica – surgiu para atender crianças em idade escolar na região. E a fim de concretizar a encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, e a proposta do Dare to Care (Ousar Cuidar em tradução livre) iniciou este ano o projeto escolar: Cuidar, a força capaz de transformar. Abrange o cuidar de si, do outro e da natureza. O pontapé inicial foi dado pela professora de Educação Infantil, Rosângela Costa Aragão, que é também coordenadora pedagógica do Projeto Social Acolhida, que atende 120 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos.

Impulsionada pelo desejo de contribuir de modo concreto para o apelo do Papa Francisco no cuidado com a Casa Comum, a professora apresentou uma proposta de mudança na decoração do ambiente para acolher os novos e os antigos alunos no retorno as aulas presenciais. Assim, a primeira ideia foi utilizar material presente na natureza para construir mobiles e outros enfeites espalhados nas áreas comuns e nos murais para uma recepção calorosa. A proposta inovadora reduziu o custo e, portanto, o consumo de materiais derivados do petróleo (EVC). Isso gerou um impacto positivo sobre todos os envolvidos.

Foto: RegiLuzVieira

“Acredito que para as crianças aprenderem a cuidar elas precisam amar antes de tudo e para isso sensibilizar o olhar para ver a beleza da natureza, o amor presente na Criação. Pensando nisso, sugeri a escola Fiori que reduzíssemos o uso de alguns materiais, principalmente, os chamados E.V.A., ou seja, o Etileno Acetato de Vinila. Este polímero emborrachado, flexível, com propriedades adesivas e componentes à prova d'água é muito utilizado nas escolas em geral para decorar os ambientes. Sugeri que também tirássemos os balões e os TNT, ou seja, produtos poluentes também em termos visuais”. 

Deste modo, segundo a professora Rosangela, a mudança na decoração contribuiu para sensibilizar o olhar de crianças e adultos para perceber que há outros meios de decoração, os quais implicam inclusive na redução de custos, pois a natureza oferece uma diversificação de materiais que podem ser utilizados gratuitamente: folhas, flores, mas também tronquinhos de árvores, gravetos, pedras, areia, cascalhos. E, deste modo, confeccionou plaquinhas e outros objetos, gerando impacto positivo não só entre o corpo discente, mas também no corpo docente e nos próprios pais. “Assim, trouxemos uma estética diferenciada para dentro da escola; ao mesmo tempo, a presença da natureza tem o objetivo de sensibilizar o olhar e despertar as crianças e os adultos para o respeito com a natureza, o meio ambiente”, finalizou ela.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Guerra, paz, luz e esperança

 

Foto: Google

Desastres, calamidades climáticas, ondas de protestos, revoltas, crimes, enfim os mais variados tipos de violência, dor e sofrimento continuam a pipocar nos noticiários, inundando o ar, a mente, os pulmões e fazendo o coração transbordar de amargura e desesperança.  Seja nas grandes metrópoles ou em cidades menores, a todo instante o som de diferentes sirenes (ambulância, bombeiro ou polícia) ressoam perto ou longe, anunciando situações adversas.

Nos países devastados por guerras absurdas os sons mais alto são sempre de bombas explodindo e pessoas gritando em meio ao sangue e a fumaça; crianças perplexas cobertas de pó, sem entenderem o que acontece, sendo carregadas por homens fardados ou civis que tentam deixar o caos para trás. Diante de um quadro tão caótico surgem as perguntas: Onde estão os fatos positivos? A lâmpada que brilha no escuro? E como seria o som da paz?

Mais do que encontrar respostas, torna-se premente encontrar o caminho que gere a transformação de quadros tão caóticos. Há aqueles que querem e se empenham concretamente nesta construção de uma nova realidade seja por meio de iniciativas em nível coletivo quanto individual ou ainda por meio de instituições não governamentais.

Entretanto, os fatos dolorosos, negativos se impõem de modo pungente e podem levar à inércia e a descrença de que mudar é possível. Mas existem os que não jogam a toalha e enfrentam todo tipo de situações adversas para levar a esperança através de organizações que fazem a diferença nos recantos mais inóspitos, transformando morte em vida, sombras em luz. É o caso
, de organizações como Médicos Sem Fronteiras, Acnur e o Projeto Reciclar. Este projeto, desde1995, proporciona aos jovens oportunidades de educação e aprendizagem profissional e que em parceria com outras ONGs, mesmo com toda adversidade atual busca contratar aqueles que buscam o primeiro emprego.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

terça-feira, 12 de julho de 2022

Gratidão -Luz interna

 

Foto Beatriz
Penso que o texto abaixo seja muito atual, num momemto em que estes aspectos estão negligenciados.

"A gratidão ilumina o que já existe(...) Quanto mais gratos somos, mais luzes possuímos e mais somos capazes de espalhá-la pelo mundo. O que une todas as pessoas e toda a criação é a gratuidade do dom da vida (...) Nada nos separa de tudo o que vemos, ouvimos e sentimos".(M. J.Ryan - O Poder da Gratidão). 

A gratidão é sempre uma maneira de ver as situações
 a vida. Sendo assim, ela - a gratidão - ilumina o que já existe e contribui para que seja possível dar uma guinada no rumo a seguir. 
Quando se coloca a luz da gratidão na própria vida é possível mudar o olhar e enxergar pequenos focos de esperança, mesmo em períodos tão sombrios como este em que estamos inseridos. A gratidão pe como um ponto de luz capaz de iluminar todos que a descobrem dentro de si e a espalham como esperança cotidiana.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Aniversário de Fundação

 Não poderia deixar este aniversária da Economia de Comunhão (EdC) no momento em que o mundo enfrenta uma crise abissal de valores nos mais variados aspectos e uma dificuldade cada vez maior na Economia Mundial com pobres transformando-se em miseráveis diante de uma guerra insana e em meio a pandemia sem fim causada pelo SarsCov 2 e que traz em seus rastro outros vírus desconhecidos além da Covid que chegou em 2019. Deste modo, a mensagem abaixo assinada pelos representantes da Economia Mundial de Comunhão vem mostrar que é possível cre no amanhã.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

Segue o texto da EdC internacional:

Querida comunidade EdC do mundo!

Com muita gratidão e alegria por toda a história escrita em conjunto e muito conscientes dos grandes desafios que enfrentamos, queremos celebrar e agradecer pela escolha e pela vida de cada um de vocês que torna a profecia de 1991 ainda possível e realizável hoje : "não vos deis paz enquanto houver um pobre entre nós". Estas são as palavras da nosso fundadora a um grupo de jovens, um dia após a fundação da EdC no Brasil. "Entre nós": significa que faz parte de nós. Somos uma comunidade, uma grande, diversificada e bela comunidade global que vive para esta grande causa histórica.

Estamos todos de coração com a África que celebra o 31º aniversário da EdC em Nairobi. Muitos de nós não teremos a oportunidade este ano de compartilhar um grande e delicioso bolo juntos, mas temos um presente que queremos dar a cada um de vocês, com profunda gratidão pelo que são e fazem em todos os cantos do mundo: nosso primeiro Boletim OPLA, do Observatório Internacional da Pobreza Léo Andriga, que busca oferecer um primeiro e muito curto passeio pela vida da EDC no mundo.

Desejamos a você um ótimo e lindo passeio. Deixe-nos saber o que você encontrou!

Foto: Google - EdC -WordPress
 Com gratidão e carinho,


Isaias, Anouk, Koen, Gloria, John, Sole, German, Maja, Maria Helena e Vibel

 

                  

sábado, 23 de abril de 2022

Livro: Um passeio pelo mundo

 Dia Mundial do Livro: as livrarias físicas e virtuais, editoras e outros meios de comercialização fazem suas promoções visando atrair o consumidor. Mas só é realmente atraído aqueles que são consumidores habituais da leitura, se assim podemos dizer.. Quantos livros são comprados e nem sempre abertos; livros são presentes eternos. No entanto, até onde são de fato valorizados? Quem lê muito, viaja pelo mundo nas várias historias contadas nas páginas impressas.

Há livros de todos os gêneros e para todos os gostos, desde os chamados clássicos, cujos autores muitas vezes se eternizaram depois da morte aos mais efêmeros feitos não para ler e sim para colorir como terapia ou distração. Existem os livros de poesia, romance, crônicas, contos; histórias reais e histórias ficcionais. Tem-se ainda os livros didáticos e paradidáticos, livros infantis, infanto-juvenis, livros que se destinam aos jovens e aos adultos exclusivamente. Enfim,  um leque de escolhas e possibilidades!

 Assim como não se mede um perfume pelo tamanho do frasco também não é possível medir o conteúdo de um livro pela quantidade de páginas ou por sua encadernação. Ler é uma opção e o gosto do leitor não é absoluto. Estas opções abrem o leque para o escritor que se identifica com este ou aquele gênero. Vivêssemos nós mil anos e ainda não daríamos conta de ler todos os tipos de livros que circulam no mundo! Não basta ler, é importante saborear a leitura. 

Foto Google

Este ano aqui em São Paulo se realizará a 26ª Bienal Internacional do Livro no Expor Center Norte, no período de 2a 10 de julho. Evento sempre muito concorrido, trazendo novidades do mundo literário para todos os gostos. São tantos stands que os menos familiarizados se perdem no labirinto de corredores formado pelas diversas editoras. A última bienal ocorreu de modo hibrido, em meio a pandemia, reunindo em tono de 600 mil pessoas, que encontraram num único espaço as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país.

O público pôde conviver com autores já consagrados e novos, em tarde e noites de autógrafos que deixam marcas indeléveis na alma de quem sonha um dia ser autor e lançar sua obra em um evento como a Bienal. Marcas que também impregnam o coração do escritor, pois ali está o resultado de suor, lagrimas, perseverança, num conjunto de resiliência que dão novo sentido à própria vida. A Bienal do Livro é um espaço capaz de celebrar as mudanças geradas em quem lê seja porque gosta, seja porque tem necessidade de fazê-lo; é sempre um espaço de conhecimento, realizações de sonhos, possibilidade para descobrir novos e futuros amigos e com uma extensa programação cultural para todas as idades. Vale a pena conferir. 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


quinta-feira, 7 de abril de 2022

Jornalista

Apurar, investigar, apresentar e escrever reportagens em meios de comunicação de grande ou pequenos porte e também no mundo digital. Cabe a este profissional do mundo da Comunicação apresentar a noticia nos mais diversos veículos. Esta  profissão, cuja data foi instituída em 7 de abril de 1931, marca o assassinato, no anterior, do médico e jornalista João Batista Líbero Badaró, proprietário de um jornal que se opunha ao Imperio.

Sem uma rotinaa pré-estabelecida, pois os fatos ocorrem a todo momento o jornalista vivenciou ao longo das últimas décadas mudanças radicais na vida profissional; o bloco de notas que lhe era característico, foi substituído por tablets e smartphones que agilizaram o registro dos fatos ao vivo e de modo instantâneo. Diante disso o jornalista hoje já não é o único responsável pela notícia. Porém, cabe a ele buscar olhos de águia para descobrir e aprofundar fatos veiculados no momento em que acontecem. 

O jornalista da era digital enfrenta as fakenews - que em tese nem deveria ser classificadas como news já que não notícias reais, verdadeiras enquanto fatos. A lyta para vencer o tempo ainda está presente e hoje de modo premente. E isso implica manter a coragem para exercer a profissão com honra e orgulho, fazendo a diferença na vida cotidiana para si e para aqueles que usufruem das notícias divulgaadas nos meios massivos, nas redes sociais e nos veículos digitais. Parabéns jornalista pelo nosso dia!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira


Foto Google




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domingo, 13 de março de 2022

Perplexidade

 

Foto Google

O mundo está perplexo, pois em meio a uma pandemia e em pleno século XXI – marcado por inúmeras conquistas tecnológicas – o homem volta à época da barbárie e deflagra uma guerra, obrigando centenas de milhares de pessoas a se tornarem refugiadas de um momento para outro. Uma guerra que obriga homens entre 18 e 60 anos a permanecerem no país para defenderem0no de seus invasores!

Parece surreal. Em 24h os ucranianos e outros que estavam naquele país viram-se entrincheirados e ameaçados por bombardeio sem par e tanques de guerra russos. Situação inimaginável após a 2ª Grande Guerra Mundial. Isto para não falar em centenas de crianças assustadas, feridas e idosos que sequer sabem para onde ir. Todos tentam alcançar as fronteiras a fim de deixar para trás a poeira de prédios destruídos por bombardeios que geram chamas que podem ser vistas a milhares de quilômetros de seu epicentro.

A imagem deste horror e perplexidade pode ser sintetizada no bebê aos prantos e que batia sem parar no capacete do soldado que estava com ele no colo; o soldado por sua vez abaixou a cabeça para apanhar mais diante da insensatez e absurdo desta situação. Escombros por todos os lados, pessoas arrastando crianças e malas para atravessar fronteiras e manterem a integridade e manterem-se longe dos bombardeios.

Em meio ao caos há imagens de resistência por meio de músicas e orações entoadas por quem se viu abrigado nas estações de metrô
e há ainda uma corrente de solidariedade que se mobilizou para retirar do país aqueles que não eram ucranianos e que por inércia do país de origem foram deixados à própria sorte... Mas um ser humano é resiliente e, mesmo quando dominado pela perplexidade busca encontrar saída e estender a mão solidária nas situações caóticas.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Vida Moderna

 

Corre, corre, corre; celular toca, e-mails se acumulam, mensagens de Whatsapp que não param de chegar. Estações de ônibus e metrôs lotados, trânsito congestionado, poluição ambiental e sonora; marcas da modernidade. Desmatamento, catástrofes naturais como consequência do desrespeito à natureza e do descaso de política públicas que beneficiem o coletivo desamparado. Estes são outros sinais desta Vida chamada Moderna.

No meio desta roda viva o mundo foi paralisado por um vírus vindo da China numa cruel sagacidade, envolvendo todos e dizimando muitos que se atrevem a manter hábitos comuns. E agora José, o que fazer para conter o vírus e suas cepas que teimam em se replicar não obstante o avanço científico? É este o século XXI, no qual a Vida Moderna já avançou quase duas décadas.

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Junte-se a esta “novidade” insólita e avassaladora as catástrofes naturais recorrentes. Como gerar ações efetivas que freiem mortes e sofrimento sem sentido? Como exterminar a quase eterna discriminação social  que neste país descamba para a violência? Em geral, atinge, em forma de balas perdidas ou agressões gratuitas, a população negra e pobre.

Vida Moderna na qual o mundo se transforma numa aldeia global, mas há sinais de barbárie iminente como foice balançando, pronta para decepar a cabeça presa à guilhotina. Há de fato há uma Vida Moderna ou meros avanços em todos os campos do conhecimento?

Em meio aos festejos do centenário da Semana de Arte Moderna os Meios de Comunicação, digitais ou não, noticiam a morte do jornalista, cineasta e escritor Arnaldo Jabor, aos 81 anos, enlutando ainda mais uma semana trágica pela morte de centenas de soterrados no temporal de Petrópolis (RJ). Uma tragédia anunciada e repetida há décadas.

Há rastros de vidas ceifadas, destruindo sonhos e esperanças mundo afora. O Brasil não foi poupado e as catástrofes se sucedem de norte a sul com vítimas fatais e muitas perdas. Ainda que ofuscada a luz surge nos gestos concretos de solidariedade individual e coletiva; solidariedade esta que caracteriza o ser humano e floresce em períodos trágicos, fazendo crer que a Vida Moderna é mais do que só a máxima da individualidade neste mundo  digital globalizado.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Centenário

Semana de Arte Moderna 

Estamos na Semana de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e hoje, dia 13 de fevereiro, houve a abertura oficial na época, no Teatro Municipal em São Paulo. Foi um período de Liberdade Criativa, de repúdio e mesmo revolta dos artistas contra os padrões rígidos que dominavam todas as esferas do mundo da Arte que excluía os não seguidores do parnasianismo, incluindo a Arte Popular.

Aquela Semana de 22 – como ficou mais conhecida – trouxe um legado que se estende e abarca também o século KKI, o Modernismo. Na ocasião, os artistas populares ocuparam as dependências e o hall do teatro municipal, retratando a natureza, o seu entorno, as pessoas em formas assimétricas, assim como ideias em prosa e verso sem a rigidez até então estabelecida.

Foi um período de muita crítica ácida ao mundo burguês que dominava a sociedade e não aceitou as mudanças. Mas a liberdade criativa permitiu a inovação e a revelação de obras primas no mundo das Artes, incluindo aqui o mundo dos escritores. Enfim, tudo sofreu uma revolução em seu processo criativo e produtivo liderado pelo grupo dos cinco: as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral (que estava na França e só voltou ao Brasil em junho daquele ano) e pelos escritores Menotti Del Picchia, os irmãos Oswald de Andrade e Mário de Andrade.

Deste modo a Semana de Arte Moderna revelou um Brasil que ainda hoje é desconhecido de muitos tanto em sua diversidade humana quanto na natureza. Basta lembrar o mundo do folclore presente no país de norte a sul e tão pouco conhecido. Assim, em tempos como os atuais em que se exacerbam as diferenças, radicalizando-as em ódio e violência, celebrar, exaltar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, é trazer uma lufada de esperança, alegria, luz e cores à nossa tão desgastada e devastada sociedade. Neste sentido, deixa entrever que a criatividade traz mais benefícios do que intolerância de qualquer tipo. 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

https://revistabula.com/wp/wp-content/uploads/2022/01/Semana-de-Arte-Moderna-de-1922.jpg

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

A Comunicação e suas nuances

A arte do diálogo é inerente ao processo comunicativo e a troca democrática de ideias, inclusive, nas mídias sociais pode contribuir para uma sinergia capaz de criar tolerância e confiança na sociedade atual, cuja intolerância e descrença ampliam-se de forma significativa. Não basta saber utilizar as redes sociais e as diversas mídias eletrônicas ou digitais, mas é necessário adequar o simbolismo presente no conteúdo ao contexto em que seu interlocutor está inserido.

É importante perceber se há uma integração entre o suporte escolhido e os respectivos benefícios a serem atingidos. Além disso, é bom recordar que nem sempre as mensagens postadas nas redes sociais, contendo sorrisos radiantes expressam de fato o momento real vivido pelo seu emissor.

Nem sempre é suficiente a comunicação digital e prova disto está no questionamento gerado por jovens entre 13 e 15 anos que não se satisfazem quando estão em companhia de amigos da mesma geração e estes ao invés de partilharem o momento presencial estão conversando via whatsapp. “Ei,  amiga, eu estou aqui”, disse uma adolescente para chamar a atenção da melhor amiga que, mesmo estando ao seu lado, a ignorava.

Foto: Google

Quando isto acontece é hora de se perguntar: onde está o diálogo, a troca de informações, a interação, a comunicação? A comunicação é eficaz e ocorre realmente, quando atinge o objetivo proposto, ou seja, constrói um processo dialógico capaz de gerar reflexão e entendimento entre as partes envolvidas.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

 



quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Fique São na realidade que parece Ficção

        Qual o significado da ficção no mundo real, no qual ficar são é quase uma ficção? Se a ficção nos leva ao mundo dos sonhos, da magia, do brilho e da fluidez com o real; este, o mundo real nos transporta para o desejo, à vontade e a expectativa de manter-se são.

Fique são! É um conselho quase utópico na realidade de um mundo no qual o toque de um ser humano em outro pode desencadear uma doença grave, levando ambos a sucumbirem, quase como num toque de mágica e cujo fim é por vezes inevitável, ainda que não signifique felizes para sempre conforme a ficção.

Ficção e fique são! Sons semelhantes, grafias, sentidos e significados bem diferentes! Porém, os dois vocábulos transportam a reflexões dentro do mundo real ou imaginário, construindo pontes e encurtando distâncias entre o que se pensa, o que se diz e o que se faz!

Na ficção se criam histórias que partem de cenários reais, mas onde a vida se molda à realidade idealizada e na qual ficar são é algo sempre possível, concreto. A saúde é tão inerente como respirar ar puro, saudável. Os contos de ficção quase sempre têm cenários agradáveis; quase nunca envolvem corredores ou paredes hospitalares e, quando isso acontece, o personagem está levando flores para alguém que, às vezes, lá está para trazer à vida outro ser. Ah! Na ficção é sempre concebível que se fique são!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


Foto da autora