quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Fim de Ano

E chegamos ao fim de 2020, um ano difícil para todos e de grandes desafios. Houve medo, perplexidade, pânico. a "Terra Parou" diante de um vírus desconhecido e que devastou a população mundial começando pelos mais frágeis e também a população vulnerável: os idosos, moradores de rua. Desalento completo pareceu o fim do mundo. De fato o fim do mundo como conhecido até então: sem solidariedade, sem fraternidade, sem atenção pelo outro. Um mundo em que graçava a individualidade e se sobrepunha o pode poder econômico à Vida.

Inicialmente teve-se até a impressão de que sim: o mundo globalizado se unia. Regras sanitárias mundiais foram estabelecidas e respeitadas durante certo período. Pesquisas científicas pelo mundo buscavam a cura e o tratamento contra a doença devastadora. Descobriu-se o RNA do vírus e criou-se vacinas que, rapidamente, entraram em fases de teste experimentais. Porém, o ser humano  não introjetou de fato as mudanças e a necessidade do distanciamento social, além de um cansaço geral da virtualidade no mundo real. Assim, mesmo  com a Covid-19 continuando a assolar os países nos vários continentes, o fim do ano trouxe à realidade o pior das pessoas o egoísmo e a falta de empatia tanto em nível pessoal quanto coletivo. Aglomerações de centenas e até milhares de pessoas, em várias partes do Brasil comprovam o desrespeito pela vida em nossa sociedade já ferida de morte pela Covid-19. O negacionismo domina muitas mentes como se verifica na quantidade de festas privadas, clandestinas reunindo convidados sem máscaras e sem qualquer preocupação  com o distanciamento social ou a higienização das mãos e isso de norte a sul do país, tornando-se notícias em todas as redes sociais e nos meios de comunicação. 

Estados e Prefeituras, de modo geral - com raras exceções - suspenderam festas e queimas de fogo, tendo em vista a possível aglomeração e convenhamos é o mínimo de respeito público que se pode esperar de autoridades ciosas de seus deveres e compromissos com a população. Além disso, os hospitais estão superlotados com pacientes de Covid-19 e seria no mínimo um grande desrespeito a queima de fogos de artificio num país com mais de 198 mil mortos e milhares de doentes. Não há o que se comemorar. Mas isso parece  ser indiferente para jovens e adultos que levam o vírus para dentro das respectivas família, correndo o risco de dizimarem os parentes mais próximos não só pela doença, mas pelo risco iminente do colapso hospitalar, que já sobrecarregado não terá condições de prestar atendimento necessário aos mais enfermos. Por enquanto está vencendo a falta de empatia, a falta de respeito e de bom senso ou amor pela Vida.

Foto Google
 A Pandemia não acabou, tem inclusive uma nova cepa do vírus que já chegou ao Brasil e se espalha sem controle. Embora existam vacinas, estas ainda não chegaram ao Brasil, ou melhor, sequer foram autorizadas pelas autoridades competentes. Sim, 2020 chega ao fim e podemos ter um triste início de 2021. Como a esperança é a ultima que morre, quem sabe, poderemos ver volta da solidariedade, do respeito e da fraternidade pela Vida. O futuro, que já é quase presente, dirá!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)



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