Corre, corre, corre;
celular toca, e-mails se acumulam, mensagens de Whatsapp que não param de
chegar. Estações de ônibus e metrôs lotados, trânsito congestionado, poluição
ambiental e sonora; marcas da modernidade. Desmatamento, catástrofes naturais
como consequência do desrespeito à natureza e do descaso de política públicas
que beneficiem o coletivo desamparado. Estes são outros sinais desta Vida chamada
Moderna.
No meio desta roda viva o mundo
foi paralisado por um vírus vindo da China numa cruel sagacidade, envolvendo
todos e dizimando muitos que se atrevem a manter hábitos comuns. E agora José,
o que fazer para conter o vírus e suas cepas que teimam em se replicar não
obstante o avanço científico? É este o século XXI, no qual a Vida Moderna já avançou
quase duas décadas.
https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/sustentabilidade |
Junte-se a esta “novidade”
insólita e avassaladora as catástrofes naturais recorrentes. Como gerar ações
efetivas que freiem mortes e sofrimento sem sentido? Como exterminar a quase
eterna discriminação social que neste
país descamba para a violência? Em geral, atinge, em forma de balas perdidas ou
agressões gratuitas, a população negra e pobre.
Vida Moderna na qual o
mundo se transforma numa aldeia global, mas há sinais de barbárie iminente como
foice balançando, pronta para decepar a cabeça presa à guilhotina. Há de fato
há uma Vida Moderna ou meros avanços em todos os campos do conhecimento?
Em meio aos festejos do
centenário da Semana de Arte Moderna os Meios de Comunicação, digitais ou não,
noticiam a morte do jornalista, cineasta e escritor Arnaldo Jabor, aos 81 anos, enlutando ainda
mais uma semana trágica pela morte de centenas de soterrados no temporal de
Petrópolis (RJ). Uma tragédia anunciada e repetida há décadas.
Há rastros de vidas ceifadas, destruindo sonhos e esperanças mundo afora. O Brasil não foi poupado e as catástrofes se sucedem de norte a sul com vítimas fatais e muitas perdas. Ainda que ofuscada a luz surge nos gestos concretos de solidariedade individual e coletiva; solidariedade esta que caracteriza o ser humano e floresce em períodos trágicos, fazendo crer que a Vida Moderna é mais do que só a máxima da individualidade neste mundo digital globalizado.
Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)