quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Liberdade: sentimentos, cheiros, imagens

 

Li-ber-da-de: quatro sílabas formando uma palavra capaz de evocar os mais variados sentimentos, emoções, cheiros e imagens. Liberdade evoca cheiro de vento, flores do campo, mar, chuva e brisa suave. Traz à memória imagens de pássaros voando, campos floridos, casas com janelas azuis e brancas rodeadas por um jardim com gramas verdes, molhadas pela chuva; semblantes alegres, crianças saltitantes, jovens sorrindo, de mãos dadas e namorando na relva ao longo do parque.

Liberdade remete para imagens de prédios e sacadas coloridas, barcos singrando o mar com velas ao vento, brilho do sol, noite de luar, balões coloridos, árvores que se movem por pequenas rajadas de brisa suave. Pessoas que vão e vem com destinos definidos nas ruas da cidade ou passeiam na areia molhada à beira mar, céu azul e sem nuvens num dia de primavera. Estudantes que riem e tagarelam ao final do turno escolar.

Foto da autora

Mas liberdade também evoca sentimentos como amor, alegria, saudade, esperança, confiança em si, vontade de viver e voar como pássaros cruzando o céu em diferentes direções. E conceitos diversos: liberdade civil, liberdade de expressão, liberdade política, liberdade econômica e financeira, liberdade individual, liberdade de ir e vir. A palavra liberdade vem do latim Libertas e significa a condição de quem é livre. Em grego, eleutheria” refere-se à liberdade de movimento. Em alemão, a palavra “freiheit” significava pescoço livre e dá origem à palavra “freedom” em inglês, relaciona-se à ausência das correntes que aprisionavam os escravos.

Para muitos a liberdade é um sonho capaz de levar à morte  ou à redenção, gerando heróis e anti-heróis; basta vermos a História passada e presente. Um exemplo brasileiro: “liberta que será tamen”, um sonho político que gerou traidor e traído, ambos Joaquim, defendendo sistemas diferentes de governo.

Liberdade: dom precioso dado pelo Criador às suas criaturas, em especial, aos seres humanos que com ela construíram artefatos que facilitam o seu cotidiano. Os povos originários utilizaram a liberdade para sobreviverem, aprendendo a caçar, pescar, cultivar a terra aproveitando de modo sábio aquilo que a natureza lhes oferecia e ainda oferece. Com a mesma liberdade aprenderam a fiar e tecer as próprias vestimentas. Liberdade para sonhar e lutar, a fim de se manterem livres. O ser humano ainda hoje sonha com um mundo novo, sem limite, sem interferência para usufruir da liberdade ou do direito de ser livre, sem obstáculos.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)