domingo, 11 de maio de 2014
Além da mente pensante
A sabedoria não é um produto do
pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples ato de
dar total atenção a alguém ou a alguma coisa.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Quando
os japoneses restauram um objeto quebrado, valorizam as fraturas preenchendo-as
com ouro. Eles acreditam que quando algo sofreu uma ferida e tem uma história
se torna mais belo. Esta técnica é chamada "Kintsugi."
Ouro
ao invés de cola. Metal precioso ao invés de substância adesiva.
E
nisto está toda a diferença: ocultar a integridade perdida ou exaltar a
história da recomposição?
Quem
vive no Ocidente tem dificuldade de fazer as pazes com as rachaduras.
"Quebra,
fratura, ferida" são vistos como o efeito mecanicista de uma culpa, porque
o pensamento digital nos adestrou a percorrer sempre e somente um dos lados das
bifurcações: ou algo está intacto ou está quebrado. E se está quebrado é culpa
de alguém. O pensamento analógico – arcaico, mítico, simbólico, ao invés,
rejeita as dicotomias e nos reporta a coexistência dos opostos, que deixam de
sê-lo no fluir contínuo e osmótico da vida.
A
vida é ao mesmo tempo integridade e ruptura, porque é recomposição constante e
eterna. Tornar belas e preciosas as pessoas que sofreram… esta técnica se chama
“amor”.
A
dor faz parte da vida. Às vezes é uma grande parte, outras não, mas em ambos os
casos, é uma parte de um grande quebra cabeças, da música profunda, do grande
jogo. A dor faz duas coisas: te ensina, te diz que estás vivo. Depois passa e
te deixa transformado. E te deixa mais sábio, às vezes. Em alguns casos, te
deixa mais forte. Em todo caso, a dor deixa uma marca, e tudo aquilo que de
importante pode acontecer na tua vida implicará em dor, de um modo ou de outro.
Os japoneses que
inventaram o Kintsugi e compreenderam-no, mais de seis séculos atrás, recordam
este fato sublinhando-o com ouro.
Sabedoria Oriental - Costume Japonês
Quando
os japoneses restauram um objeto quebrado, valorizam as fraturas preenchendo-as
com ouro. Eles acreditam que quando algo sofreu uma ferida e tem uma história
se torna mais belo. Esta técnica é chamada "Kintsugi."
Ouro
ao invés de cola. Metal precioso ao invés de substância adesiva. E
nisto está toda a diferença: ocultar a integridade perdida ou exaltar a
história da recomposição?
Quem
vive no Ocidente tem dificuldade de fazer as pazes com as rachaduras.
"Quebra,
fratura, ferida" são vistos como o efeito mecanicista de uma culpa, porque
o pensamento digital nos adestrou a percorrer sempre e somente um dos lados das
bifurcações: ou algo está intacto ou está quebrado. E se está quebrado é culpa
de alguém. O pensamento analógico – arcaico, mítico, simbólico, ao invés,
rejeita as dicotomias e nos reporta a coexistência dos opostos, que deixam de
sê-lo no fluir contínuo e osmótico da vida.
A
vida é ao mesmo tempo integridade e ruptura, porque é recomposição constante e
eterna. Tornar belas e preciosas as pessoas que sofreram… esta técnica se chama
“amor”.
A
dor faz parte da vida. Às vezes é uma grande parte, outras não, mas em ambos os
casos, é uma parte de um grande quebra cabeças, da música profunda, do grande
jogo. A dor faz duas coisas: te ensina, te diz que estás vivo. Depois passa e
te deixa transformado. E te deixa mais sábio, às vezes. Em alguns casos, te
deixa mais forte. Em todo caso, a dor deixa uma marca, e tudo aquilo que de
importante pode acontecer na tua vida implicará em dor, de um modo ou de outro.
Os japoneses que
inventaram o Kintsugi e compreenderam-no, mais de seis séculos atrás, recordam
este fato sublinhando-o com ouro.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Moda – algo variado, não previsível
Nascida no nordeste
brasileiro, Ivânia Vieira fez curso de modelista em Florença, Itália, a fim de
aprimorar seu dom natural para a área de moda. Para ela, a moda é algo variado,
às vezes não previsível, pois depende da pessoa, seu jeito de ser, que está
presente em sua maneira de vestir. Por isso, também, é possível afirmar que a
moda é feita de imagem seja ela positiva ou negativa, especialmente, no que se
refere ao vestuário.
Assim, os
especialistas em moda ditam a tendência para cada época, fazendo com que a moda
seja uma maneira das pessoas se relacionarem entre si e inclusive identificarem
geograficamente a procedência ou a origem. Assim, vestir jeans, em especial, a
calça jeans, torna-se uso comum. Trata-se de uma peça de vestuário muito
prática, com durabilidade prolongada maior etc.; seu uso, porém, é ditado pela
moda presente nos diversos tipos e modelos; do mesmo modo usar outro tipo de
indumentária está diretamente relacionada com a moda, tornando-a coletiva e industrializada.
Enquanto a
passarela dá a imagem, a originalidade dos estilos que se revelam na criação
dos estilistas, os meios de comunicação, por sua vez, transformam a moda ou a
tendência de determinado estilo, em uso coletivo, contribuindo significativamente
para uma massificação ou uma cópia com variações daquilo que está em alta, por
exemplo, nos Estados Unidos.
A tendência para a
moda parte de quem estuda o assunto, ou seja, os especialistas no ramo. Isso é
feito com base nas cores, tecidos e estações climáticas, além de inserir
aspectos de tendências anteriores, por exemplo, aquilo que foi moda nos anos 60
(século XX), mas com toques de modernidade. Demonstra assim que a moda é parte
da história desde os tempos mais remotos; porém, se renova continuamente,
buscando sempre algo diferente, uma imagem nova.
Um exemplo de
cultura regional dentro da moda: as rendas do Nordeste e, talvez por isso, não
sejam tão valorizadas no tocante a parcerias comerciais. No entanto, como
trabalho, como beleza original são muito valorizadas e podem ser definidas como
instrumento de comunicação, já que ao atrair a atenção do receptor é um sinal
positivo de comunicação. A moda também pode ser instrumento negativo de
comunicação já que pode gerar mal-estar nos receptores.Para Ivânia, a moda
em geral está relacionada com o gosto corrente, enquanto o estilo é pessoal e
se relaciona à personalidade de cada um. Desse modo, é o estilo quem torna a
moda mais rica, mais variada, gerando modificações de cores, tecidos e
acessórios.
Regina Maria da Luz Vieira (Regiluz)
domingo, 6 de abril de 2014
Pensando na Moda
Como estar na moda respeitando os próprios valores, a própria identidade sem cair no gosto e no hábito massivo que se impõem no mundo atual? É possível mostrar e fazer moda como uma expressão da personalidade de quem produz e de quem a consome?
A moda é feita de imagem, seja ela positiva ou negativa, especialmente no que se refere ao vestuário, é algo que varia, podendo ser previsível ou não, conforme a cultura de época em que está inserida, pois é um reflexo dessa cultura, do momento social em que se encontra. Por isso, numa mesma cidade encontramos pessoas vestindo as mais variadas peças e acessórios, seguindo um estilo próprio ou coletivo.
Você já observou que mesmo desejando estar na moda, as pessoas se vestem de forma que possam ser individualizadas dentro da sociedade? Se observarmos o vaivém nas ruas de qualquer cidade, veremos que, de modo geral, as pessoas querem ter uma identidade própria com relação à indumentária, mas também pretendem estar na moda podendo utilizá-la como forma de comunicação com o outro e expressão da própria identidade. No entanto, a moda não existe vazia, dissociada da cultura, das várias subjetividades presentes nos mais diversos grupos, no conjunto das relações sociais.
Desse modo, subir os descer do salto, vestir jeans, usar as cores rosa, branco, verde, azul, amarelo ou ainda combinar todas elas, depende da tendência ou das tendências presentes, sobretudo nas ruas, inclusive antes dessas tendências chegarem às passarelas. Trata-se de uma questão de estilo. Esse é o meio encontrado pelos diversos grupos culturais hoje para terem uma identidade própria, principalmente, no que se refere à indumentária.
Tal atitude deixa claro que, embora pertença a um determinado grupo, o ser humano é único e expressa sua individualidade nas diversas escolhas feitas.
Isso ocorre, por exemplo, quando o indivíduo se permite combinar vestimentas de uma maneira que ninguém jamais ousaria. Tudo está diretamente relacionado à tendência que se segue ou que se deseja seguir; o que determina ou define essa tendência é o que já existe numa cultura.
Isso torna necessário uma compreensão antropológica e cultural do ser humano, e também da maneira de utilizar a moda como forma de comunicar-se sem se deixar escravizar por nichos de mercado, porém, respeitando, ao mesmo tempo, a identidade e integridade do indivíduo.
A maneira como as pessoas se vestem hoje ou decoram suas casas, reflete uma identidade e está relacionada com os diversos estilos de vida e uma valorização, cada vez maior, desse estilo como expressão da individualidade. As pessoas ao se identificarem com certo estilo tendem a torná-lo parte de sua vida no conjunto, conforme explica a antropóloga e professora do mestrado em Moda, Cultura e Arte no SENAC-SP e no Departamento de Antropologia da PUC-SP, Elizabeth Murilho da Silva.
Assim, a moda é oferta de mercado, porém, o estilo é uma questão de escolha, uma expressão contextual da personalidade humana e exprime de maneira paralela, tanto a necessidade de uma época, quanto a compreensão cultural dessa época.
Eis porque é possível não ser escravo da moda, ainda que adquirindo roupas prontas, por serem mais práticas, em função de sua comercialização nas mais diferentes lojas e magazines. A moda, portanto, expressa tendências, mas não impede que o indivíduo utilize algum adorno que o torne distinto do outro.
Regina Maria da Luz Vieira (Regiluz)
sexta-feira, 21 de março de 2014
Novamente Drummond
O texto abaixo demonstra quão forte e poderosa pode ser a mente e os desejos que ela encerra. Diante disso imagino que se todo ser humano desejasse o bem de todos, mais ainda, lutasse pelo bem coletivo, tal coisa pode tornar-se concreta e se espalhar nos mais diversos recônditos transformando a Terra num mundo melhor para todos. Mas deixemos de divagação e vejamos o que diz Carlos Drummond de Andrade sobre a vida, a felicidade e o melhor...
Regina Maria da Luz Vieira
"A cada dia que vivo, mais me
convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças
que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do
sofrimento, perdemos também a felicidade".
.....
"Mas se desejarmos fortemente o
melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor... O melhor vai se instalar em
nossa vida. Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha
altura."
Carlos Drummond de Andrade
Iniciativas geradoras de mudanças
Desastres, calamidades climáticas, ondas de protestos, revoltas, crimes,
enfim os mais variados tipos de violência, dor e sofrimento continuam a pipocar
nos noticiários e enchem o ar, a mente , os pulmões e o coração de amargura e desesperança.
Nas grandes metrópoles e mesmo nas cidades menores toda hora ouvem-se sirenes
seja de ambulância, bombeiros ou polícia e quase nunca um som de paz.
Nos países devastados pelas guerras políticas os sons mais alto são
sempre de bombas explodindo e pessoas gritando em meio ao sangue e a fumaça.
Diante de um quadro tão caótico surgem as perguntas: Onde estão os fatos
positivos? A lâmpada que brilha no escuro?
Penso que devemos encontrar não só respostas, mas meios que contribuam
para reverter ou ao menos reduzir esta situação. E creio que muito vem sendo
feito, ainda que como iniciativas individuais e privadas, de modo voluntário
nas diversas áreas da sociedade. Dentre os exemplos estão os Médicos Sem
Fronteiras, Projeto Fome Zero e ainda o Projeto Reciclar.
Este último premiado, através do seu idealizador, o empresário Alfredo José Assumpção, que é o primeiro
brasileiro a receber o prêmio Eleanor H. Raynolds, dividindo-o com os colegas
do Reciclar e líderes de ONGs, que trabalham para construir um Brasil mais
justo e solidário. Fundado em 1995, proporciona aos jovens oportunidades de
educação e aprendizagem profissional. Um dos pioneiros na produção de papel
reciclado, contrata jovens que experimentarão seu primeiro emprego.
Regina Maria da Luz Vieira
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