quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sentimentos Mistos

O ano de 2011 chega ao fim com um misto de esperança e preocupação. Esperança de que novos ventos soprem para a economia do país e do mundo; de que os países asiáticos encontrem a paz, apesar do ataque das tropas da Turquia contra civis no Iraque nesta quinta-feira, 29/12, quando morreram 35 pessoas. A situação gerou protesto em Istambul e em outros países árabes, aumentando ainda mais a tensão em toda aquela região. 
Se olharmos para todos que estão em guerra e também para as calamidades naturais nas diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil, onde o Estado de Minas Gerais vem sendo castigado pelas chuvas torrenciais neste último mês do ano, observamos que a preocupação é um sentimento persistente nesta época de expectativa por parte da sociedade mundial.
Preocupação ainda porque os conflitos políticos e religosos continuam a pipocar mundo afora, assim como cresce a tensão entre as duas Coréias. 
Mas é preciso admitir que a proximidade com a virada do ano traz um clima de esperança que quer suplantar as situações preocupantes que permeiam nossa realidade. Afinal é o modo como encaramos os acontecimentos  que dá o tom do momento, e como estamos num período de expectativa e esperança num futuro próximo melhor, é possível afirmar que nossas atitudes e os pequenos gestos podem fazer a diferença.
Assim, se queremos paz, solidariedade e mudança, devemos começar por nós, em nossas relações cotidianas e deste modo podemos acreditar que 2012 trará dias melhores em todos os aspectos pessoais e coletivo.

Feliz Ano Novo a todos.

Regina Maria da Luz Vieira (Regiluz)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Uma singela mensagem

O Deus menino nasce mais uma vez simples - em meio ao estardalhaço e a superficialidade comercial- quieto, de mansinho, na madrugada se aconchega nos braços de uma também menina, sua mãe. Demonstrando a sua chegada uma estrela apenas fulgindo no céu. Quantos a observarão? O que eu desejo a cada um de vocês é exatamente que olhem para a estrela e permitam que nos seus corações entre a luz esperançosa que o menino nos traz.

Luz de alegria. De uma alegria diferente. Alegria que independe da nossa condição, de mágoas, distâncias, da saudade de alguém que nos faltará na ceia, das barreiras que ao longo da vida vamos impondo aos outros e a nós mesmos. A estrela continuará lá em cima esperando de nós somente um olhar atento, de criança, que aceite o convite que o menino amigo recém-nascido nos faz.

Luz de sabedoria, paz, amor e, sobretudo, a luz que aquece e faz com que nos movimentemos para que tudo isso não passe somente de um desejo, mas através das nossas atitudes seja realidade nos nossos relacionamentos e em todo o meio onde estivermos. Que essa não seja somente uma “noite feliz”, mas o início de um ano em que façamos crescer dentro de nós o menino e irmanado a Ele o nosso coração.

Um Feliz Natal a todos!
Um abraço sincero e grato,
Thamires Maciel

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tempo de Esperança


Eis que chega um novo tempo: de esperança, de alegria e confiança num futuro melhor, ou pelo menos, em um novo período mais promissor, menos violento e menos egoísta.
Aproxima-se o Natal e com ele cresce a Esperança na gratuidade da vida, do amor e da paz. As pessoas se tornam um pouco menos egocêntricas e conseguem olhar para os lados.
Assim, pelo menos uma vez ao ano elas enxergam os que sofrem e, sobretudo, aqueles que pouco ou nada têm, porém, muitas vezes são aqueles que mais nos ensinam a solidariedade, o amor fraterno sem esperar algo em troca.
Esta semana estava no ônibus, em uma região mais afastada da cidade, e vi pela janella um gesto que não só me comoveu, mas atraiu-me: um "mendigo" dividia com outro o pedaço de pão que havia pego próximo à entrada de um estabelecimento comercial, o segundo, por sua vez, repartiu seu pedaço com outras três crianças famintas.
Entendi porque Jesu disse: "Felizes os pobres porque o Reino de Deus vos pertence"(cf Lc): esses seres humanos são desapegados e  são capazes de enxergar o outro que vive nas mesmas condições, são capazes de dividir até mesmo o que não possuem.
O gesto desses mendigos ajudou-me a renovar o sentimento de fé na vida humana e recordar que o Natal mais do que gestos externos de alegria deve começar no coração de cada um, no meu por primeiro, e como criança evangélica estar atenta à necessidade do irmão que passa ao meu lado.
É com este sentimento que desejo a todos e a cada um em particular um Feliz e Santo Natal capaz de renovar o interior de cada um de nós.

Regina Maria da Luz Vieira (Regiluz)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sentimentos transformados em palavras

Mais uma vez recorro ao meu autor predileto para postar um mensagem cujas palavras traduzem sentimentos, pensamentos, desejos e sonhos concretos...            
Regiluzvieira        

DESEJOS 

Desejo a vocês... Fruto do mato.
Cheiro de jardim.
Namoro no portão.
Domingo sem chuva. Segunda sem mau humor.Sábado com meu amor. Filme do Carlitos.Chope com amigos. Crônica de Rubem Braga. Viver sem inimigos.
Filme antigo na TV.Ter uma pessoa especial e que ele goste de você.Música de Tom com letra de Chico.Frangi caipiri em pensão do interior.
Ouvir uma palavra amável. Ter uma surpresa agradável. Ver a Banda passar. Noite de lua cheia. Rever uma velha amizade.
Ter fé em Deus. Não ter que ouvir a palavra não. Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança. Ouvir canto de passarinho. Sarar de resfriado. Escrever um poema de Amor que nunca será rasgado.
Formar um par ideal. Tomar banho de cachoeira. Pegar um bronzeado legal. Aprender um nova canção. Esperar alguém na estação.
Queijo com goiabada. Pôr-do-Sol na roça.
Uma festa. Um violão. Uma seresta.
Recordar um amor antigo. Ter um ombro sempre amigo. Bater palmas de alegria.
Uma tarde amena. Calçar um velho chinelo. Sentar numa velha poltrona. Tocar violão para alguém. Ouvir a chuva no telhado. Vinho branco. Bolero de Ravel. E muito carinho meu.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um momento de reflexão


(...) Neste Dia de Finados, em que recordamos os nossos falecidos, não deixa de ser para nós, os vivos, um chamado, um convite, um apelo... para revisarmos a nossa própria vida. Eles já viveram os seus dias entre nós e já se encontram em Deus. Que nossas lágrimas de saudade sejam de gratidão a Deus pelo dom da vida de cada um deles, um muito obrigado por terem existido e terem feito parte da nossa família, da nossa vida, da nossa história.
Apesar de tudo, inclusive de nossa fé na ressurreição dos mortos, paira no ar certa tristeza: isso é normal, verdadeiro e humanamente compreensível.

Neste Dia de Finados, afirmamos que cremos na bondade infinita de Deus. Peçamos hoje por todos os nossos falecidos, para que Deus lhes conceda a vida eterna. E para nós, pedimos a fé de que necessitamos para seguir o caminho que leva à vida eterna com e em Deus. Amém!

Pe. Antônio Lúcio, ssp
(em um folheto da Paulus Livrarias)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Dia D, de Drummond

Hoje, se meu poeta favorito estivesse vivo, completaria 109 anos e uma justa homenagem do Brasil e de Portugal: instituíram em seu calendários culturais a data de 31de outubro como o Dia D, de Drummond, o qual inclui as mais variadas formas de homenagem ao poeta brasileiro mais querido.
Uma sugestão dada oficialmente: ler algum poema de Carlos Drummond de Andrade para alguma pessoa querida neste dia.

Regiluzvieira


    Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
 
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
Página principal do site MEMÓRIA VIVA

Dignidade e Solidariedade

Ao ler a coluna do Gilberto Dimenstein no domingo no jornal folha de São Paulo fiquei estarrecida e concordo plenamente com ele, pois creio que os comentários jocosos sobre a doença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva demonstram não apenas falta de respeito, mas sobretudo, a inexistência de solidariedade para com o sofrimento de um ser humano que tentou acertar em muitos aspectos, ainda que tenha decepcionado por não combater a corrupção.
 O câncer em si já é uma doença difícil de ser aceita por todo o estigma que carrega, incluindo a perspectiva de sobrevida para o enfermo e a própria dor dos familiares, bem como daqueles que convivem mais proximamente com o doente. Diante disso penso que o mínimo a ser feito é solidarizar-se com quem vivencia esse momento tão difícil.
Tolerância e humildade deveriam constar como conceitos na vida de cada um de nós. A primeira para que saibamos aceitar as limitações do outro e isso não significa concordar com atitudes errôneas e inadequadas, mas sim termos consciência de que todos nós como criaturas somos limitados. Isto implica também na humildade em acolher cada pessoa como ela é, e se possível, contribuir para o seu crescimento como ser humano; implica em ver o outro como alguém potencialmente capaz e digno der ser considerado conforme a regra de ouro que diz: “não façais ao outro o que não quereis que seja feito a você”. 
Na medida em que assimilamos essa regra ou esse ensinamento, teremos condições de  superar as frustrações e decepções provocadas pelos nossos semelhantes e, ao mesmo tempo, nos colocarmos no lugar de quem sofre, e elevar o pensamento para desejar que o outro tenha condições interna e externa de enfrentar um momento de dor tão profunda como é a descoberta de estar com uma doença quase incurável como o câncer.
Regiluzvieira

sábado, 10 de setembro de 2011

Dor, esperança e memória

Dor e esperanças são sentimentos presentes na memória de todos que vivenciaram pessoalmente ou pela TV o 11 de setembro de 2001. Muito se fala, se escreve e se revive as imagens daquele dia em que o mundo parou para ver o ataque às torres gêmeas norte-americanas. De fato, como diz o slogan ouvido diversas vezes numa emissora de TV em nosso país: "o mundo nunca mais será o mesmo".
Mas é importante relembrar também o depoimento de um dos sobreviventes destacando que, mesmo em meio ao caos, as pessoas que desciam as escadas das torres gêmeas procuravam ajudar-se e isso foi impressionante numa cidade em que o corre-corre torna todos anônimos e individualistas.
Portanto, de fato o mundo nunca mais será o mesmo pq, além do vazio deixado pela destruição das torres que constituíam o marco zero há ainda a lembrança da solidariedade que emerge nas horas de tragédias.    .
Um outro ponto: 10 anos depois a inaguração do memorial às vítimas desse ataque cria uma outra paisagem, transformando um local inicialmente comercial, turístico e depois desolador num lugar sagrado, de reverência aos mortos e de respeito à natureza com árvores e cascatas circundando as placas de bronze que ali foram colocadas com os nomes dos três mil mortos.

Regina da Luz Vieira (Regiluz)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre a Vírgula

Muito legal a campanha dos 100 anos da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

Vírgula pode ser uma pausa... ou não:

Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro:
23,4.
2,34.

Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar:
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo:
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011



Para Sempre (Drummond)
  • Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
  • Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga
  • quando sopra o vento e chuva desaba,veludo escondido na pele enrugada,
  • água pura, ar puro, puro pensamento.
  • Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. 
  • Mãe, na sua graça, é eternidade.
  • Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia?
  • Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
  • Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho
  • e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.

sábado, 13 de agosto de 2011

Ausência, Perdas

"Não podemos perder uma pessoa amada se não amarmos (...) A ausência, ela nos faz lembrar, pode se tornar 'gigantesca e múltipla'. A perda pode conviver conosco durante toda a nossa vida."

(Judith Viorst - Perdas Necessárias).



domingo, 26 de junho de 2011

Ser grato - Uma lição a ser aprendida

Ser grato pelo ar que respiramos com facilidade; ser grato por termos uma visão que nos permite enxegar o sol, a chuva, o dia nublado, as pessoas, as flores.

Ser grato por aspiraro perfume exalado pelas flores, pelas árvores, pela terra em dia de chuva.

Ser grato por mais um dia e uma noite, enfim essas e tantas outras pequenas coisas, as quais só damos o devido valor quando por alguma fatalidade somos impedidos de vivenciá-las.

Ser grato inclusive por aquelas pessoas que cruzam o nosso dia a dia e nos fazem perceber nossas limitações e o quanto somos nada, sobretudo, num leito de  hospital quando em trudo e por tudo se necessita de cuidados específicos, tendo inclusive de confiar na capacidade e competência dos que ali atuam, ainda que nem sempre sejam tão competentes.

Por tudo isso, ser grato não é apenas uma postura, mas uma atitude interna diante da vida em suas mais variadas experiências. Essa tem sido a lição que venho aprendendo nos últimos meses...


Regina da Luz Vieira (Regiluz)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma verdade

"O destino une e separa as pessoas
mas nenhuma força é tão grande
para fazer esquecer pessoas
que por algum motivo
um dia nos fizeram felizes."

Essas palavras carregam uma verdade imensa e que tanto podem traduzir alegria como tristeza, esperança e felicidade. Seja como for tais palavras nos ajudam a entender o quanto a vida é constituídda de momentos que devem ser experienciados de modo intenso e, assim, nos sentirmos sempre completos, com a certeza de que fizemos e demos o melhor de nós em cada situação.
Regina da Luz Vieira (Regiluz)

sábado, 30 de abril de 2011

As pequenas coisas fazem diferença

O dia a dia se constitui de pequenas coisas alegres, tristes, preocupantes, e que às vezes parecem absurdas, sem sentido. Porém, o modo como as encaramos é que dão o tom do momento e ao fim de mais uma jornada é possível sempre afirmar: ainda resta esperança!
O mundo, os lugares, as pessoas podem melhorar e, no caso do sistema de saúde no país também. No setor público isso se faz necessário em todos os aspectos; na parte privada faz-se necessário humanizar e preparar melhor aqueles que atuarão diretamente com os pacientes e os seus acompanhantes.
É urgente levar as instituições hospitalares a perceberem que não basta bons alojamentos (ninguém está ali para passar uma temporada de veraneio) é mais importante treinar todos que trabalham nesses locais para agirem de forma mais humanizante. Não basta só eficiência porque ninguém é robô ou máquina.
Atitudes condizentes com um espaço hospitalar onde o barulho em excesso, assim como o falatório e as risadas podem ser mais contidos, colaborando para um ambiente tranquilo e que de fato contribua para recuperar o paciente, oferecendo o mínimo de alívio também para quem o acompanha.
Mas o ser humano sempre pode modificar-se para melhor e como as instituições hospitalares constituem-se de pessoas é possível afirmar: as pequenas coisas, incluindo atitudes, sempre podem fazer a diferença positivamente.

Regina Maria da Luz Vieira (Regiluz) 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma notícia diferente

Finalmente, um parlamentar assume uma postura de dignidade e adota medidas coerentes com as próprias convicções. Confesso que este fato lavou-me a alma, pois o referido deputado abriu mão de regalias, assumindo uma postura mais austera.
Isso lhe gerou inimigos, mas também contribuiu para divulgar uma imagem na mídia capaz de demonstrar que novos ventos  chegam ao parlamento e indicam mudanças positivas  na vida política nacional.
Diante dessa notícia, começo a acreditar que ainda há esperança para a classe política, pelo menos para as novas gerações, já que o político nebcuiinado tem apenas 38 anos.
Essa é uma notícia diferente, positiva e quem desejar inteirar-se do assunto basta acessar o link
http://noticias.uol.com.br/politica/2011/04/15/deputado-do-pdt-que-rejeitou-beneficios-cria-inimigos-na-camara.jhtm


 
Regina da Luz Vieira (Regiluz)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma lição de sabedoria e confiança

Eis que neste mês quase findo mais uma tragédia se abate sobre o mundo: a destruição da parte norte da nação japonesa. Mas também nos chega uma lição de sabedoria e de confiança por meio da serenidade desse povo oriental que, mesmo sofrendo e sofrido, mantém a capacidade de acreditar na reconstrução e retomada da vida individual e coletiva.
Manter a serenidade em meio a uma tragédia sem proporções requer uma grande confiança não apenas em si, mas sobretudo, na existência de um Deus que tudo pode. E, portanto, nos dá condições para superar as adversidades, nos alertando ainda para a necessidade de uma mudança de rota se quisermos deixar alguma herança positiva para o futuro da humanidade.
Diante do terremoto, do tsunami e da ameaça nuclear que se abateu sobre o povo japonês cabem algumas perguntas: O que estamos esperando para rever nosso modo de pensar e agir no planeta Terra? Ainda nos consideramos semideuses, cuja vontade de dominar e submeter a natureza ofusca a nossa capacidade de perceber os próprios limites? Ou temos condições gerais para entender e desenvolver uma convivência de harmonia e troca com o Mundo e, de modo especial, com a natureza?
Se olharmos para o Japão de hoje, de agora, talvez nos seja possível acreditar que o ser humano ainda confia e mantém a esperança não só em Deus, mas em si mesmo, no esforço que pode fazer para construir um mundo novo, cujos valores superam o egoísmo e a ganância do ter para ser. Neste caso, o verbo a se conjugar inclui como pessoa central somos e não mais sou ou tenho. Afinal, essa é a lição que ainda estamos aprendendo e que pode se tornar a herança do futuro...
 Regina da Luz Vieira (Regiluz)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Solidão não é...

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
       Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
       Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...    Isto é um princípio da natureza.
       Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
       Solidão é muito mais do que isto.
       Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.... 


        Francisco Buarque de Holanda 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É possível manter a Esperança

Chegamos ao fim do primeiro mês deste ano. Penso que algumas expectativas se frustraram e, até mesmo a esperança quase vai por terra, quando nos lembramos da quantidade de vidas ceifadas na Região Serrana do Estado do Rio ainda nos primeiros dias de janeiro. Uma tragédia anunciada, pois anualmente algum município naquela área é atingido por enchentes, desabamentos de casa, deslizamentos de barreiras e estradas interditadas.
Mas a esperança voltou a reinar no momento em que milhares de brasileiros deixaram aflorar a solidariedade em prol das vítimas desta catástrofe. Mesmo neste último dia do mês ainda há muita mobilização tanto por parte de pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo as campanhas lançadas pelos internautas nas diversas redes sociais. O espírito solidário de outros países surpreendeu e contribuiu para a certeza de que é possível manter a esperança de um amanhã melhor para o mundo.
Diversos governos, por meio das mais diferentes instituições, se dispuseram a colaborar financeiramente, assim como fizeram com relação ao Haiti – país que um ano após a tragédia de um terremoto enfrenta uma epidemia de cólera e luta para se reerguer – e nesse momento vive a ameaça do retorno de um ditador que diz querer colaborar para reconstruir a nação. Isso, após anos de espoliação de um povo que lutou por sua independência em todos os aspectos. Assim, o último dia de janeiro no Haiti ainda é de expectativa quanto ao desenrolar dos acontecimentos civis e políticos.
Com relação ao Brasil  existe também um impasse na esfera política-social no tocante a uma obra federal cuja polêmica já perdura há mais de 35 anos: a construção da Usina Belo Monte, às margens do Rio Xingu, no Estado do Pará. Isto porque o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença de instalação parcial para a referida usina antes do cumprimento das condicionantes socioambientais. Sem falar que a obra tem  pareceres contrários de diversas organizações e instituições, além de deixar a população dividida.


Diante dessa situação,  só nos resta torcer e manter a esperança para que o bom senso prevaleça em benefício daqueles cujas vozes nem sempre são ouvidas: os ribeirinhos e a população indígena, esta quase sempre aviltada nos seus direitos mais elementares e que estão previstos na Constituição Brasileira de 1988.

Regina da Luz Vieira (Regiluz)



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um panorama de esperança e confiança

Estamos nos primeiros dias de 2011, que começou com a posse dos novos governantes em nível federal e estadual. O que podemos esperar? No mínimo que ao longo dos próximos anos se execute, pelo menos, a tão falada reforma tributária. Afinal, entra governo, sai governo todos acenam para essa necessidade, a fim de que haja maior igualdade e equidade sócia, porém, a vontade política para realizá-la vai esmaecendo ao passar do tempo e, quando terminam os mandados, a reforma tributária fica para o próximo governo.
Sabemos que sem o empenho do Congresso Nacional nada se concretiza, a não ser que se governe por decretos e medidas provisórias. A julgar pelo discurso da nova presidente do Brasil esses não são instrumentos que ela tanto aprecie, já que exaltou a liberdade democrática como ponto central no cerne da vida política. Então, esperemos que haja de fato desejo verossímil na realização da famigerada reforma cantada em verso e prosa, mas apenas como ideia.
Dois fatos atraíram minha atenção logo após a posse da nova presidente: a escolha de Aloísio Mercadante para o Ministério da Ciência e Tecnologia e de Ana Hollanda para o Ministério da Cultura. São dois pesos e que muito poderão contribuir para que o país cresça tanto interna como externamente no que se relaciona com o universo da pesquisa e da cultura, dando um novo impulso e fomento para essas áreas que sinalizam o grau de desenvolvimento conquistado em termos humano e científico. Aguardemos com paciência e confiança o desenrolar dos acontecimentos nos próximos meses.
Regina da Luz Vieira (Regiluz)