terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Tranquilidade

 

Sol, luz, ar puro, temperatura agradável, brisa suave. Céu azul quase sem nuvens, pássaros que cantam aqui e acolá, em uma manhã acolhedora. Paredes verdes e brancas formam um conjunto harmônico com o gramado que circunda o espaço físico. Este é constituído por uma casa de formação, uma escola e uma capela. Ambiente que une céu, terra, natureza e homem; um espaço convidativo para interação e introspecção dentro do ritmo de trabalho cotidiano. Tudo lembra Vida!

Pessoas comuns, mas com diferentes atividades num universo profissional que envolve uma postura pró-ativa, de modo singular. Funcionários que, com seus diferentes uniformes, executam tarefas braçais e intelectuais que se completam. É um espaço de cor e luz dentro de um mundo corporativo, cujo trabalho intenso, mas sem frenesi convida à fraternidade ou, pelo menos, a uma convivência menos competitiva e muito produtiva! E por isso, tem a capacidade de transmitir uma visão de mundo mais positiva em pleno século XXI. 

Foto: autora


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Sons noturnos

 

Fonte: RegiluzVieira
Sirenes: polícia, bombeiros e ambulância, sons que se distinguem na noite escura, em meio a um apagão na região da Paulista e diversos bairros da cidade. Apenas o brilho do luar, meio encoberta pelas nuvens, em conjunto com os faróis dos carros são fachos de luz para iluminar a escuridão na noite silenciosa em função do horário restrito para o funcionamento noturno de bares e restaurantes.

Carros e caminhões singram o asfalto com seus faróis que iluminam o caminho a percorrer como navios em alto mar. Enquanto isso as luzes dos diversos prédios permanecem apagadas como vidas que se despedem da Vida, pois já não há o que esperar numa cidade e em um país onde lágrimas, sangue e terra se misturam na dor daqueles cujas vidas foram e continuam sendo ceifadas pela Covid-19. É uma noite escura também na alma; não somente no mundo externo.

Vozes grotescas, possíveis sussurros, próximos e distantes; mas impossíveis de se distinguir a quem pertence. Silhuetas que perambulam como chamas bruxuleantes que queimam como velas no ar quente que se espalha e permeia os inúmeros arranha-céus na região central da cidade paulistana. Além disso, pesadas cortinas demonstram que a hora já vai alta, confirmando a necessidade de recolhimento aos braços de morfeu, mas o sono restaurador não chega.



Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)