Bondade, amorosidade, compaixão, esperança, confiança, tenacidade, cuidado, delicadeza, resiliência, segurança. Todos estes sentimentos e virtudes descrevem não apenas as mulheres, mas também os homens e as pessoas de boa vontade que se unem em prol de fazer o bem, no esforço coletivo para construir um mundo melhor. Nestes três primeiros meses do ano tragédias naturais ceifaram milhares de vida, deixando muitos desabrigados, órfãos e sem tetos numa espiral que tragou sonhos, desejos, vontade. Entretanto, estas tragédias e mortes inesperadas não abafaram a resiliência ou a esperança da humanidade em dias melhores.
Mas a esperança, a resiliência, o
cuidado requerem ações em vários segmentos. Quem esqueceu aquela bebê símbolo,
Aya, de que a vida sobrevive mesmo entre escombros? Pois bem, após ser cuidada
no hospital Cihan, em
Janderis, ela teve alta e muitos queriam adotá-la. No entanto, por meio de
agências de notícia foi descoberta pelo
tio de seu pai, Salah al-Badran, também sobrevivente do terremoto da
Síria; a família tem cinco filhos e ela será a sexta, embora sejam 11 pessoas
vivendo num abrigo, pois ele também perdeu a casa no terremoto. O nome da
menina, Aya significa, em árabe, sinal de Deus, e para seus familiares ela é a
memória viva de seus pais e irmãos soterrados na Síria. Esta é uma das ações regidas
pela esperança, numa tragédia natural que devastou mais de 11mil 700 vidas na
Síria e na Turquia.
Foi a empatia e a gentileza que
aproximaram duas crianças coreanas numa cidade americana. Eles compartilham o
lanche levado por um deles. Uma das mães ligou para a outra agradecendo a
comida compartilhada. O lanche compartilhado despertou o desejo do filho em
conhecer nos supermercados os produtos utilizados na comida coreana. A criança disse
que o lanche, “a comida era gotosa”. Esta ação compartilhada por amizade e
empatia entre crianças colegas de escola ensinam que conviver em harmonia é
possível.
Foto da autora |
Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)