sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Fim de ano

 Cresce e se renova a esperança...

Foto Arquivo Google



Este foi um ano difícil” se repetiu em diversos momentos de 2021 que chega aos seus estertores. De fato, foi um tempo insólito com a pandemia de Covid que não deu muita trégua, embora a vacinação no país tenha reduzido a mortandade, ainda que se propague a contaminação. E isto no mundo, em função de uma nova variante: a Ômicron da qual pouco ou quase nada se sabe, além de que é muito contagiosa.

Para completar as catástrofes naturais não deram trégua: terremoto, maremoto, chuvas inclementes deixam atrás de si um rastro de destruição e desolação. Isto para não falar do desemprego, da fome e da extrema pobreza em diversos continentes. Mas o ser humano traz em si o cerne de esperar contra toda esperança e recomeçar das cinzas como a Fênix e acreditando num Recomeço com experiências positivas. Esta resiliência ocorre porque a solidariedade cresce em momentos difíceis como o que todos enfrentamos em maior ou menor grau.

Mas 2021 trouxe também a esperança de mudança de cenário, se houver vontade política e cooperação de todos os cidadãos: afinal contra todos que ainda jogam contra a vacinação avançou, o Sistema Único de Saúde mostrou a que veio e se manteve de pé. São pequenas gotas de confiança e positividade num oceano de intempéries, em que  a Morte se opõe a Vida, mas não a vence.

Recomeçar nos diz o escritor Carlos Drummond de Andrade, dando “uma nova oportunidade a si mesmo. Renovar as esperanças na vida e o mais importante: acreditar em você mesmo”.  Mas não basta apenas acreditar em si; é preciso confiar que Aquele Menino-Deus que nasceu numa manjedoura em Belém continua vivo, ao nosso lado para nos levar à outra margem, quando a tempestade ou o mar revolto tentam nos derrubar.

O Menino-Deus feito Homem está e sempre estará conosco para  atravessarmos em segurança os inúmeros obstáculos que geram um mar de certezas ao longo do percurso. E por isso, é possível aguardar a luminosidade que retorna com o sol, trazendo também a bonança depois da tempestade. Assim, cada ser humano consegue vislumbrar e desejar um Novo Ano com tempos melhores para si e para o outro. Nesta sempre presente esperança é possível desejar: Feliz 2022! 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


sábado, 25 de dezembro de 2021

Silêncio de Natal



Foto da autora

Ruas quase desertas, comércio fechado, igrejas e casas iluminadas com as cores e enfeites de Natal. Um grande silêncio pairou no ar na noite de 25 de dezembro. Tudo parou, mas ao contrário daquele período trágico em que se anunciou uma grande pandemia assolando os continentes, neste ano de 2021, a noite silenciosa trouxe a esperança, reunindo famílias e amigos em pequenos grupos. Uma noite que chegou com o anúncio da Boa Nova trazida por um menino-Deus, o qual veio para alegrar os corações entristecidos, resgatar os fracos e oprimidos, fazendo brilhar a luz de uma Estrela Maior presente entre todos os homens.

O mesmo silêncio da noite se fez presente ao longo do dia de Natal, mas nos corações e mentes daqueles que tinham casa para morar e a solidariedade de tantos abnegados para com os menos favorecidos e desamparados demonstrava que este era um silêncio esperançoso. Afinal, o Deus Todo Poderoso nasceu e fez ecoar em todos os cantos da Terra um canto alegre capaz de aquecer os corações despedaçados pelas perdas causadas por doenças e flagelos naturais provocados por enchentes e desabamentos em diversas partes do Mundo.

A Vida ressurge num ser tão frágil e pequenino, que é ao mesmo tempo 100% humano e 100% divino, capaz de renovar a Esperança trazida ainda que de modo embrionário no interior de cada coração. Este pequeno ser tem em si a capacidade de reconduzir o ser humano à sua essência infinita, desejosa de um Mundo mais justo, equitativo, fraterno e solidário. Um Mundo Novo em que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas a convivência saudável, amorosa e grata entre todos que se reconhecem filhos de um mesmo Pai, irmãos entre si ou apenas seres humanos iguais entre si com poder para construir ou destruir conforma as próprias escolhas, pois todos são livres e têm condições para se reinventar. Basta querer!

Deste modo, o silêncio nas ruas quase desertas – onde até mesmo os carros silenciaram – ecoa no interior de cada casa, onde estão famílias e amigos que festejam o Natal, mas sobretudo, entre aqueles que sabem celebrar o nascimento do personagem central: Jesus Menino! É Ele quem carrega em si e distribui nos corações de cada pessoa a certeza de dias melhores não só para quem acredita, mas para todos os homens e mulheres de Boa Vontade em seus vários campos de ação. Só assim é possível dizer e verdadeiramente desejar: Feliz Natal!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Faz de Conta e a Utopia Possível


Vive-se no país do “Faz de Conta” e isto significa: faz de conta que a pandemia acabou, faz de conta que a epidemia de mais um vírus – influenza – não atingiu Estados em diferentes regiões do país e transborda em hospitais e UPAS lotadas pelo país afora. E que a mudança climática não contribui para eventos anormais nesta época do ano tanto no hemisfério norte quanto no hemisfério sul.

Faz de conta que não há fome, nem corrupção, nem sem teto ou que mais de 14 milhões de pessoas não estão sem trabalho e não aguardam pelo chamado “Auxílio Brasil”. Faz de conta que a inflação não corroeu o salário daqueles que ainda o têm e que a educação formal, o saneamento básico, a energia e todas as condições para que um ser humano viva dignamente, chegaram aos milhões de pessoas nos locais mais longínquos deste país continental.

Enfim, um grande Faz de Conta no qual a saga do herói (cada um dos brasileiros que se esforça para viver dignamente) nunca tem fim. Ou melhor, só finda quando a morte chega e, muitas vezes, de modo trágico ou por balas perdidas com rumo certo. Seria cômico, se não fosse trágico, já diz um velho ditado.

Tem-se a impressão de que a pandemia de Covid não conseguiu penetrar para transformar, de fato, a Cultura de Morte em Cultura de Vida, a fim de permitir que a solidariedade, a fraternidade de todos despertasse, não apenas o melhor de cada um, mas construísse um modo de viver no qual a esperança não fosse apenas uma grande utopia.

Foto Google

A utopia possível, no entanto, só ocorrerá, quando se educar o cidadão, desde a mais tenra idade, para a cooperação e a solidariedade, tendo em vista a fraternidade universal, um dos princípios esquecidos da Revolução Francesa, e que implica ética, respeito, honra, tolerância, perdão, afeto, ternura e amor (no sentido mais profundo destes vocábulos). Concretizar toda esta formação só será possível se a mudança começar por cada pessoa que mantiver acesa a chama da esperança de que um dia o Faz de Conta será substituído pelo Final Feliz. 

Isso implica em não perde a vontade, o desejo, a força para denunciar, lutar e acreditar que é possível vencer. Manter a confiança, a solidariedade e “arregaçar as mangas”, considerando que o outro tem direito a viver em condições dignas com moradia, trabalho, água potável, saneamento básico, alimento para si e para a família, condições de sustentabilidade nos vários aspectos da vida neste planeta chamado Terra, nos vários continentes e, neste país chamado Brasil. É um futuro distante, mas não impossível, basta que todos sem exceção – seja pessoa física, seja pessoa jurídica – estejam dispostos a trabalhar em prol do bem comum.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Tempestade

Foto Google


Trovões rimbombam ao longe; seus sons ecoam cada vez mais perto; raios riscam o céu; o vento sopra com cheiro de maresia. Anunciam, ou melhor, preanunciam a tempestade noturna após um dia ensolarado e acalorado. 

Uma noite da alma após um dia de tormentos que sequer permitiram aos olhos ver o sol brilhante, o céu azul; às vezes, encoberto por nuvens brancas esparsas.

O dia não virou noite, mas as nuvens brancas e leves tornaram-se cinzentas e pesadas como os sentimentos, tormentos que invadiram a alma e transbordaram no corpo, num choro invisível, invadindo a mente e embotando a visão.  

Assim como a notícia triste e dura tomou o lugar da esperança segura e pura, o brilho da luz natural cedeu ao escuro da noite, também natural. Uma noite de luar sem estrelas, mas que espreita o fio de luz que brilha longe, tão longe quanto o pensamento que voa e o olhar que vagueia e não pousa!

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


terça-feira, 16 de novembro de 2021

Seguir em frente

 Uma vez que se colocou os pés no caminho, como se pode recuar dele para algo inferior? Se você se mantém firme, quedas não importam, levante-se de novo e continue em frente.

Se você é firme em direção ao objetivo não pode haver nenhum fracasso definitivo no caminho para o Divino. 
E se há algo dentro de você que lhe impulsiona, e certamente há, as vacilações ou quedas ou falta de fé, não são diferenças decisivas. É importante que se continue até que a luta tenha passado e haja o caminho reto, aberto e sem espinhos à sua frente.

Fiti Google

(Fonte: Reflexões Diárias)



sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Ensinar e Aprender

Ensinar e aprender requer disposição  externa e interna, principalmente nos dias de hoje:

Ser professor é gratificante, mas também desgastante.

Ser aluno implica disposição, vontade de aprender e abertura para o novo.

Todos são professores e todos também são alunos na dinâmica da Vida.

Ditar normas e regras não é difícil. No entanto, conhecê-las, exercitá-las e  e executá-las com maestria, exige treinamento, desprendimento e disposição para de fato conhecer o que está em execução.

Portanto, professor e aluno precisam estar em sintonia para que o fluxo  do ensinar e aprender seja como um rio caudaloso, mas cuja água  é extremamente mansa e convida ao mergulho sem receio.

Este mergulho pode ser profundo e transformar tudo ao redor e na superfície. Acima de tudo, este mergulho modifica o interior daquele que ensina e daquele que aprende.

Ensinar e aprender são dois verbos interconectados que contribuem para a formação global do ser humano em diversas etapas da vida.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


Fonte: WhatSapp





terça-feira, 21 de setembro de 2021

Árvores: Signo real de esperança e vida

Hoje é Dia da Árvore, mas no Brasil elas estão sendo cortadas e as florestas derrubadas. É triste que, em pleno século XXI, haja práticas destruidoras da natureza, do desleixo com o meio ambiente, ao invés de uma busca de preservá-la.
Ainda bem que existem vozes gritando "Preservar é preciso". Ecoa no ar a questão: qual legado será deixado para as próximas gerações?
Refletir sobre esta questão será certamente um grande contributo para políticas públicas eficazes  no tocante a práticas futuras conscientes no que se refere a ecologia e ao meio ambiente como um todo.
Plantar uma árvore é um pequeno grande gesto, capaz de trazer esperança e comunicar por meio de um signo real - a árvore - que mesmo com grandes incêndios a natureza grita e luta por se restaurar.
Este setembro, infelizmente, tem trazido notícias de queimadas criminosas que atingem nossos parques e extensas áreas seja no Cerrado, seja na cidade. Plantar árvores torna-se quase utópico diante do rastro de destruição que estas queimadas provocam de norte a sul do país.
foto: RegiLuzVieira
Mas a natureza é sábia e teimosa, pois mesmo em meio a tantos desastres árvores que se mantêm de pé produze flores de diversas matizes colorindo até o asfalto, recordado assim que a Vida vence a morte e onde há vida também existe esperança.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Tapete de Flores

 Eis que flores de todos os tipos inundam a paisagem inclusive em ambientes insólitos. Os ipês amarelos estão carregados por estas pequeninas belezas naturais dando um colorido alegre, um visual de leveza ao mundo carregado de dor, tristeza e morte. O ar está mais leve, a vida ganhou novos matizes. Há uma transformação natural que permite sonhar com uma vida nova, repleta de sementes que sem alarde germinam, crescem e inundam o ar.
Foto Google

Pisando em um verdadeiro tapete de flores percebi que entramos no mês da primavera! Mesmo com tantos desencontros, notícias chocantes e sofrimentos que se espraiam, a natureza mostra demonstra a esperança viva, alegre e colorida. O beijo do sol nãos ipês amarelos indica que tudo pode melhorar. É a vida que floresce e ainda que entre nuvens recorda que o astro rei brilha e traz o novo com roupagem colorida.
Crer no amanhã e possível porque este começa hoje, com cada um que pôde abrir os olhos para mais um dia na Terra e enxergar a presença indelével, a qual acompanha o ciclo da Vida e tudo transforma, recicla, modifica, renova, dando ao ser humano a possibilidade de se deleitar diante das mudanças naturais ao redor. Basta apenas ter olhos para ver o milagre invisível que se torna visível a quem reconhece que “o essencial é invisível aos olhos” como diz Antoine de Saint- Exupéry em O pequeno príncipe.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Refugiados

 

Depois de viver com a visão prejudicada durante grande parte dos seus seis anos, Aziaya recorda o momento exato em que o mundo voltou a fazer parte de seu campo de visão.

“A primeira coisa que vi for o vestido branco brilhante de hospital que estava usando”, lembrou.

O rosto do garotinho camaronês se ilumina com um sorriso deslumbrante enquanto cumprimenta os visitantes que vieram vê-lo em sua casa, no assentamento de refugiados Ikyogen, no sudeste da Nigéria.

“Estou feliz de poder enxergar”, diz Azaiya, e acrescenta: “E de ir à escola”.

Sua visão nem sempre foi brilhante. Quando ele fugiu de Camarões, há três anos, mal conseguia distinguir a luz da escuridão. Vivendo com catarata, que o deixou com deficiência visual, sua meia-irmã, Onal, de 39 anos, teve que levá-lo através das florestas em busca de segurança.

“Eu estou feliz de poder enxergar e ir para a escola”

No local que o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, construiu para receber as famílias que fugiam do conflito entre as forças secessionistas no noroeste e sudeste dos Camarões e os militares, Azaiya não podia caminhar sozinho.

Caminhos irregulares, canais abertos na estação chuvosa, lareiras e postes entre abrigos, tudo isso representava riscos adicionais para ele. As viagens ao banheiro exigiam que alguém o levasse pela mão e ir à escola era um sonho distante.

A ajuda veio quando os trabalhadores do ACNUR relataram suas dificuldades ao parceiro de saúde FHI 360. Os médicos diagnosticaram prontamente cataratas congênitas, uma opacidade das lentes presente desde o nascimento.

“Sem acompanhamento, ele piorou com o tempo à medida em que sua visão se deteriorava progressivamente”, explica Ernest Ochang, Oficial Assistente de Saúde Pública do ACNUR baseado na cidade de Ogoja. Azaiya precisava de cirurgia ocular, algo que o ACNUR e o FHI 360 tornaram possível em junho de 2020.

O deslocamento forçado é particularmente difícil para pessoas com deficiência. Deslocados como Azaiaya correm maior risco de violência, exploração, abuso e podem enfrentar dificuldades no acesso aos serviços básicos, além de serem frequentemente excluídos da educação e do mercado de trabalho.


Fonte: Google

Porém, quando Azaiya retornou ao assentamento usando  seus novos óculos, seu mundo se abriu. Apesar de ter sua visão classificada como “baixa”, ele não precisa mais de outras pessoas para se locomover e, mais importante ainda, ele já pode ir para a escola.

Se sentando na primeira fileira de carteiras, Azaiya começou a ler e escrever. Mesmo que sua visão ainda esteja um pouco ruim, seu progresso é visível para os funcionários.

“Ele está tentando ler do quadro negro e está fazendo pouco progresso, mas progresso mesmo assim”, explica Akule Lucy Angbiandoo, sua professora na escola primária local.

No pátio da escola, ele brinca como qualquer outro aluno. As melhorias na vida de Azaiya também ajudaram sua meia-irmã Onal que, após a morte de seu irmão no conflito em Camarões, se tornou a principal provedora da família.

Ela cultiva mandioca, arroz e milho. Mas como Azaiya precisa de menos ajuda, ela também tem tempo para continuar com seu antigo ofício de alfaiate. O ACNUR a apoiou para fazer um curso de design de moda e, graças ao apoio financeiro da Save the Children, onde ela trabalhou como voluntária, agora Onal tem uma nova máquina de costura. Ela faz roupas para crianças e espera abrir uma loja na praça principal do assentamento.

"Ele está fazendo pouco progresso, mas é um progresso mesmo assim”

Cerca de 100 pessoas são portadoras de alguma deficiência no assentamento Ikyogen. O ACNUR procura ajudá-las, garantindo que sejam incluídas nos processos de tomada de decisão e tenham acesso a apoio psicossocial, se necessário.

Onal ainda tem momentos de tristeza quando lembra de seu irmão falecido. Mas, quando Azaiya chega ao seu abrigo, seu espírito se reergue. Logo, meninos e meninas dos outros abrigos o cercam – todos querem ouvir sua história.

Ele gosta da atenção e olha para seus amigos com um sorriso. Inspirado pelo cirurgião que mudou sua vida, ele quer se tornar médico e, um dia, trabalhar em um hospital.

“Me chame de Dr. Asuquo!” diz, referindo-se ao nome do médico que conduziu sua cirurgia. Todo mundo explode em gargalhadas, surpreso com a natureza precoce do rapaz – e com o seu sorriso deslumbrante.

 Informações adicionais de Lucy Agiende em Ogoja, Nigéria

Fonte: Acnur


quarta-feira, 7 de julho de 2021

SUS Forte e Vacina para Todos

 

Conheça a campanha pelo fortalecimento do SUS e pela Vacinação para todos promovida pelo Movimento dos Focolares em suas várias ramificações como Humanidade Nova, Movimento Político pela Unidade (MPPU). Há ainda a adesão de grupos como o ReUnir e várias instituições dentre as quais a Associação Paulista de Medicina, OAB e outras entidades civis. A campanha tem como principal objetivo informar e formar sobre a importância e necessidade da vacina como a possibilidade real que tempos a fim de reduzir concretamente a disseminação da Covid-19 no país.

Autora: Rosana Ferreira
Com relação ao SUS (Sistema Único de Saúde) o objetivo é fortalecer este serviço que surgiu e ganhou força após a Constituição de 1988 – quando se estabeleceu que a Saúde era dever do Estado e direito de todos – e neste período de pandemia mostrou-se indispensável, contribuindo para o atendimento do grande contingente de doentes em nível nacional, sobretudo junto aos mais vulneráveis e em regiões remotas do país.

Um SUS forte e melhor equipado torna-se indispensável para o período pós-pandemia diante da grande quantidade de pessoas que necessitam de acompanhamento para se recuperarem das sequelas pós-Covid. Então, junte-se a nós nesta campanha!

Regina Maria da Luz Vieira







quarta-feira, 23 de junho de 2021

Buscar Luz nas sombras

Buscar luz nas sombras é quase uma tarefa insana no cotidiano de nuvens escuras que encobrem a humanidade desde o fim de 2019. Nuvens espessas que se ampliaram em 2020 e, no caso do Brasil, transformaram-se em tempestade devastadora neste 1º semestre de 2021, quando se pensa na ceifa de mais de 500 mil vidas gerada pelo vírus da Covid-19.


Ainda assim é possível ver a luz entre as sombras e nuvens escuras, pesadas, pois os grandes ou pequenos atos de solidariedade, ética, amor se espalham em várias direções e de diversos modos. Um exemplo: garis de Ancara (Turquia) constituíram uma biblioteca comunitária trilíngue com livros acadêmicos, didáticos, paradidáticos,  literários, recolhidos do lixo. Mas não é preciso ir tão longe.

Foto: Google
Mas não é necessário ir tão longe para se encontrar pequenos fachos de luz.  Lembram-se da estudante-professora de 12 anos, no interior do Maranhão. que fez uma pequena escola de alfabetização com material reciclável, incluindo livros e cadernos? Além disso, neste período pandêmico que se arrasta pelo país há grupos e pequenas organizações de ajuda humanitária se proliferando dentro e fora dos grandes centros urbanos. Em comunidades, vilarejos, favelas; no entanto, “há mais barulho de uma árvore que cai do que uma floresta que cresce”.

Pequenas e grandes ações que incluem gestos éticos e solidários se fazem presente e transformam não apenas a vida do beneficiado como também de quem proporcionou tais ações, respingando no mundo atual cada vez mais necessitado de quem faz o bem sem olhar a quem. E, muitas vezes, este bem é oferecer um sorriso, ainda que se esteja de máscara, pois o sorriso ilumina a face, como uma janela para alma. 

Dar bom dia ao varredor de rua; auxiliar um idoso ou um deficiente visual a atravessar a rua, comprar um litro de leite para um catador de papelão. Enfim coisas mínimas, mas que nestes tempos sombrios aquecem o coração e o dia  de tantos que se sentem desesperançados, quase descrentes de que o presente pode ser melhor do que parece.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

terça-feira, 1 de junho de 2021

Reflexo

 

Seguir em frente no mundo atual é quase uma utopia, pois as inúmeras notícias e os vários fatos quase paralisam o ser humano ou os tornam descrentes de que vale a pena continuar. Mas como diz a mensagem publicitária na TV sobre os Médicos Sem Fronteiras "só o ser humano é capaz de salvar outro ser humano". Portanto, a semente do bem, da vida, da compaixão está em cada um de nós. 

Cabe a ao homem ressignificar aquilo que não vai bem na própria vida e ajudar outros a fazerem o mesmo. Quase nunca com palavras e sim com ações porque os atos são mais eloquentes, reais e concretos do que qualquer palavra junto aquele que mais necessita de mãos estendidas em sua própria direção.

O texto abaixo convoca cada um a esforçar-se ao máximo para ajudar a si mesmo. Aquele que é capaz de qualquer esforço para superar-se também possui a capacidade de contribuir para auxiliar outros a também se superarem e auxiliar os mais vulneráveis a enfrentarem e superarem as próprias dificuldades, criando um ciclo de bem-estar que renova a vida, o mundo, cada ambiente, fazendo prevalecer assim o Bem maior.  

Regina Maria da Luz Vieira(RegiLuzVieira)



Seguir em frente

Uma vez que se colocou os pés no caminho, como se pode recuar dele para algo inferior? Se você se mantém firme, quedas não importam, levante-se de novo e continue em frente.

Se você é firme em direção ao objetivo não pode haver nenhum fracasso definitivo no caminho para o Divino. 
E se há algo dentro de você que lhe impulsiona, e certamente há, as vacilações ou quedas ou falta de fé, não são diferenças decisivas. É importante que se continue até que a luta tenha passado e haja o caminho reto, aberto e sem espinhos à sua frente.

(Fonte: Reflexões Diárias)

 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Acreditar e ver mudanças

Hoje alcançamos a triste recorde de 400mil mortos pela Covid-19, incluindo o comediante Paulo Gustavo, após 50 dias em um leito hospitalar. E isto comprova três aspectos da vida: 1-Deus colhe as melhores flores e os melhores frutos; 2 – A vida humana é finita das mais variadas formas; 3- Tudo passa seja bom ou ruim. Este número poderia ser mais baixo se o poder público e também cada cidadão individualmente ou coletivamente ousasse agir de modo mais efetivo radicalmente num período maior de tempo. 
Ainda que vivamos um momento de dor, perdas em cima de perdas, sofrimento em função também do distanciamento daqueles que nos são caros, é possível acreditar que será possível ver mudanças positivas. Há pouco mais de um ano não se via qualquer facho de luz no fim do túnel, mas no quinto mês de um movo ano, já é possível vislumbrar não necessariamente uma cura, mas um modo de “barrar” o contágio e a infecção viral por meio de vacinas que mesmo a conta gotas no país se expande para pontos remotos no país. 
Foto: Google
É possível acreditar e ver mudanças, ainda que talvez sejam apenas temporárias – só o tempo poderá mostrar – porque já existem países com maior proximidade entre seus cidadãos; já está em discussão formas de acelerar troca de informações sobre a produção de vacinas ou mesmo a possível quebra de patentes no que se refere a produção das vacinas, tendo em vista agilizar a produção para todo o planeta em meio a pandemias. Além do fato de que há em diferentes países, regiões, cidades, bairros grupos e ONGs pequenas ou grandes que se unem em rede a fim de atender os mais atingidos pelo vírus da Covid-19 e suas cepas. É um caminho e um facho de luz no fim do túnel, o qual é tão longo que não se pode, de fato, enxergar a saída; mas oferece a possibilidade - através do oxigênio transportado pelo ar - perceber o bruxulear da luz deste pequeno facho. 

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Sonho que se concretiza

Buscava uma notícia positiva para estes primeiros quinze dias de abril e deparei-me com a informação sobre a Escola da Esperança, em Coelho Neto, no interior do Maranhão, conduzida por uma menina de 12 anos cujo sonho é tornar-se advogada e ajudar outros daquela região a obterem Justiça. A pequena cidade ganhará uma escola nos moldes estabelecidos pelo Ministério da Educação e que está presente nas inúmeras cidades do país.  


Valeu o empenho da professora mirim Érica para alfabetizar as demais crianças da região. Após a postagem do vídeo contando a história desta escola que nasceu do sonho e ação concreta desta pequena brasileira ganhar repercussão autoridades locais foi até a Escola da Esperança já com a proposta da construção de uma escola de tijolos, juntamente com uma casa para a família da pequena professora-estudante. As obras já começaram e esperemos que seja finalizada em curto espaço de tempo, pois em tempo de pandemia onde só se tem o minuto presente. Mas como diz um dito popular: "antes tarde do que nunca".

Foto: Google

Érica é a personificação deste trecho da música do Geraldo Vandré: "Esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", embora a pequena protagonista sequer sonhava nascer quando letra e música foram compostas, ainda no período mais cruciante da ditadura no país. Assim como naquele país a canção chamava para uma  atitude pró-ativa, a postura desta menina além de orgulho, esperança e confiança em tempos melhores, gerou uma comoção nacional culminando numa resposta efetiva por parte das autoridades competentes. A esperança está no ar para os moradores de Coelho Neto....Vale a pena acessar estes links. 


https://www.youtube.com/watch?v=CAnq2emMSyo

https://www.youtube.com/watch?v=CVbuZqqbXdk

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

segunda-feira, 8 de março de 2021

A Escola da Esperança

Neste período pandêmico cada vez mais acirrado no país a saúde e a sobrevivência tornaram-se bens preciosos; o ar que se respira está doente e ficar sem ele gera morte., a exemplo da catástrofe em Manaus. Porém, algo não pode ser perdido ou deixado de lado: a Esperança. Diante da doença e da morte há o desespero da dor; porém, esta também precisa ser enfrentada para que o ser humano não perca a lucidez e o sentido da Vida. É isto que faz ressurgir a esperança ou a luz no fim de um túnel muito escuro e longo....

No entanto, a vida ganha maior significado quando se vislumbra o horizonte e se é capaz de perceber a necessidade do outro. E neste sentido, também se estende a mão para ajudar esse outro. É isso que fez uma menina de 12 anos tornar-se professora no interior do Maranhão e ensinar aquilo que já sabia as demais crianças que nada sabiam.

Ela foi capaz de dar sentido a situação de extrema penúria e criar uma sala de aula a partir de materiais  reciclados como ferro, madeira e tecidos de TNT coloridos, recolhidos pelos adultos para alfabetizar tantos outros pequenos que não sabiam ler ou escrever. É comovente e questionador verificar que em pleno século XXI uma criança constrói  a sala de aula a partir do lixão para democratizar o saber, que é um Direito constituído internacionalmente. 


Com a força de vontade e o sonho de ter um diploma de advogada no futuro para fazer Justiça aqueles que nada têm e muitas vezes precisam recorrer ao Judiciário, a pequena Érica decidiu  pedir livros, cadernos, lápis, borracha para oferecer à Escola da Esperança e, assim alfabetizar as demais crianças da região. As inúmeras dificuldades enfrentadas pela família não diminuem a esperança desta menina que, quando se sente muito triste por vivenciar situações tão desumanas de sobrevivência, se refugia nos livros e encontra forças para seguir adiante. Busca assim transformar...

É inspiradora a ação desta pequena professora, mas também é questionadora: Que país é este no qual uma criança precisa recorrer ao lixão para ensinar outras crianças a ler e escrever? Que país é este no  qual a escola tornou-se não apenas brincadeira de crianças, mas uma pequena sala de aula real, quase escura, com pouca ventilação, no interior do Maranhão? Até quando se vivenciará esta realidade? São questões não para terminar a Esperança, mas fazê-la florescer de um modo novo, ressignificando o presente para edificar um futuro mais positivo para aqueles que são o futuro da Humanidade neste Brasil tão desigual em tantos aspectos.

Foto: Google

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Tranquilidade

 

Sol, luz, ar puro, temperatura agradável, brisa suave. Céu azul quase sem nuvens, pássaros que cantam aqui e acolá, em uma manhã acolhedora. Paredes verdes e brancas formam um conjunto harmônico com o gramado que circunda o espaço físico. Este é constituído por uma casa de formação, uma escola e uma capela. Ambiente que une céu, terra, natureza e homem; um espaço convidativo para interação e introspecção dentro do ritmo de trabalho cotidiano. Tudo lembra Vida!

Pessoas comuns, mas com diferentes atividades num universo profissional que envolve uma postura pró-ativa, de modo singular. Funcionários que, com seus diferentes uniformes, executam tarefas braçais e intelectuais que se completam. É um espaço de cor e luz dentro de um mundo corporativo, cujo trabalho intenso, mas sem frenesi convida à fraternidade ou, pelo menos, a uma convivência menos competitiva e muito produtiva! E por isso, tem a capacidade de transmitir uma visão de mundo mais positiva em pleno século XXI. 

Foto: autora


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Sons noturnos

 

Fonte: RegiluzVieira
Sirenes: polícia, bombeiros e ambulância, sons que se distinguem na noite escura, em meio a um apagão na região da Paulista e diversos bairros da cidade. Apenas o brilho do luar, meio encoberta pelas nuvens, em conjunto com os faróis dos carros são fachos de luz para iluminar a escuridão na noite silenciosa em função do horário restrito para o funcionamento noturno de bares e restaurantes.

Carros e caminhões singram o asfalto com seus faróis que iluminam o caminho a percorrer como navios em alto mar. Enquanto isso as luzes dos diversos prédios permanecem apagadas como vidas que se despedem da Vida, pois já não há o que esperar numa cidade e em um país onde lágrimas, sangue e terra se misturam na dor daqueles cujas vidas foram e continuam sendo ceifadas pela Covid-19. É uma noite escura também na alma; não somente no mundo externo.

Vozes grotescas, possíveis sussurros, próximos e distantes; mas impossíveis de se distinguir a quem pertence. Silhuetas que perambulam como chamas bruxuleantes que queimam como velas no ar quente que se espalha e permeia os inúmeros arranha-céus na região central da cidade paulistana. Além disso, pesadas cortinas demonstram que a hora já vai alta, confirmando a necessidade de recolhimento aos braços de morfeu, mas o sono restaurador não chega.



Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Festa e Vitória

 

A cidade de São Paulo completará 467 anos no próximo dia 25 de janeiro, mas quem começa a fazer a festa são os profissionais da saúde que, ao longo de quase um ano se esforçam para manter a vida dos pacientes com Covid-19. A autorização, por parte da Anvisa, para o uso emergencial da CoronaVac produzida pelo Instituto Butantã foi motivo de festa e comemoração, pois trouxe esperança aos milhões de brasileiros que estão com suas vidas em suspenção. 

Em meio a aridez brota a vida 

É bem verdade que as seis milhões de doses distribuídas em solo nacional são insuficientes para atender até mesmo os profissionais da saúde. Porém, a luz no fim de um longo túnel foi acesa e seu brilho, ainda fraco faz renascer a esperança para todos que estão na linha de frente no combate ao vírus mais desconhecido no mundo, capaz de gerar numa pandemia que superou a famosa “gripe espanhola” e tantas outras ameaças, ceifando milhões de vida ao redor da Terra.

Regina Maria da Lu\zVieira (RegiLuzVieira)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Possibilidades

Ser águia e poder levantar voo bem alto, sobrevoar as situações do cotidiano e buscar novos rumos, vislumbrar novas possibilidades. Sim, estamos no início de um novo ano, mas a despeito da esperança as situações ainda são antigas e problemáticas. No entanto, é sempre possível encontrar saídas, libertar-se de medos e preconceitos para que a visão ultrapasse o micro e alcance o horizonte além-mar. 
Foto: Google

Há esperança concreta no ar sobre um novo tempo: vacinas pipocam no mundo; os lotes chegaram ao Brasil; porém,  aqui nada há de concreto realmente. Todos aguardam o momento em que seja possível respirar livremente, abraçar, apertar as mãos sem o risco de uma contaminação. Enfim, um novo tempo com gosto real de festa possível, sem risco para si ou para o outro. 
No entanto, há situações que independem de vacina, ou melhor, dependem de resiliência, bom senso, capaz de tornar a vida melhor para todos e não só para alguns. O ser humano, quando caído necessita de alguém que lhe estenda a mão para reerguer-se, mas é preciso que ele aceite a mão estendida e dela não faça uma eterna bengala. 
Acreditar em si mesmo é um passo importante para toda e qualquer transformação. Mesmo em tempo de pandemia, em que o outro é um risco para mim, assim como sou para ele, é importante não perder de vista que, acima de tudo, o outro é um sobrevivente como todos e cada um deste planeta. 
A vida se regenera e se refaz num ciclo eterno, capaz de modificar e dar nova cor a cada acontecimento. Assim, após esta pandemia que já perdura um ano, seremos pessoas diferentes, melhores ou piores? Depende das escolhas a serem feitas por cada um de nós, pensando também no coletivo...

Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)