Buscar luz nas sombras é quase uma tarefa insana no cotidiano de nuvens escuras que encobrem a humanidade desde o fim de 2019. Nuvens espessas que se ampliaram em 2020 e, no caso do Brasil, transformaram-se em tempestade devastadora neste 1º semestre de 2021, quando se pensa na ceifa de mais de 500 mil vidas gerada pelo vírus da Covid-19.
Ainda assim é possível ver a
luz entre as sombras e nuvens escuras, pesadas, pois os grandes ou pequenos
atos de solidariedade, ética, amor se espalham em várias direções e de diversos
modos. Um exemplo: garis de Ancara (Turquia) constituíram uma biblioteca
comunitária trilíngue com livros acadêmicos, didáticos, paradidáticos, literários, recolhidos do lixo. Mas não é
preciso ir tão longe.
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Pequenas e grandes ações que
incluem gestos éticos e solidários se fazem presente e transformam não apenas a
vida do beneficiado como também de quem proporcionou tais ações, respingando no
mundo atual cada vez mais necessitado de quem faz o bem sem olhar a quem. E,
muitas vezes, este bem é oferecer um sorriso, ainda que se esteja de máscara,
pois o sorriso ilumina a face, como uma janela para alma.
Dar bom dia ao varredor de rua; auxiliar um idoso ou um deficiente visual a atravessar a rua, comprar um litro de leite para um catador de papelão. Enfim coisas mínimas, mas que nestes tempos sombrios aquecem o coração e o dia de tantos que se sentem desesperançados, quase descrentes de que o presente pode ser melhor do que parece.
Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)