terça-feira, 24 de março de 2020


No momento atual de globalização, se pode dizer que a “Terra Parou” e, as pessoas, de algum modo, entenderam que ninguém é uma ilha, mas tudo e todos estão interligados. Porém, isso só foi possível porque uma pandemia mundial, que está gerando pânico, dor, sofrimento e muitas mortes, obrigou todos os países a se intercomunicarem e assim, minimizar a individualidade galopante seja de países e pessoas. 
E, neste sentido, a Igreja é sinal de esperança e confiança, embora não haja no momento contato presencial, ou melhor, há um isolamento social que levou inclusive ao fechamento de templos de todos os credos religiosos, incluindo a Igreja católica. No entanto, há forte mobilização dos pastores (padres, bispos, católicos e cristãos) para manter acesa a Esperança e alimentar a fé.

Foto: Google
A situação nova e inimaginável está sendo minimizada em decorrência dos meios de comunicação, incluindo internet e as novas tecnologias (redes sociais) tornam a Igreja presente junto aos que mais sofrem pelo isolamento social imposto, impedindo a presença real quer de pastores, quer de fiéis. Nunca foi tão válido como agora o ditado que diz: "só se percebe o quanto algo é importante quando se perde"; assim se expressou uma jovem que rezava em frente as portas de uma igreja que estava fechada, por decorrência desta pandemia.
Neste quadro de pandemia, o mundo globalizado busca virtualmente uma proximidade, a fim de gerar uma coletividade quase sempre desvalorizada. Esta busca de contato com pessoas reais comprova que o Ser Humano não foi gerado para estar só e sim em coletividade, seja na família, seja no trabalho, seja no convívio de lazer. 
O mundo desperta, ainda que por meio de uma dura realidade, para a urgente e impositiva necessidade de mudança de hábitos em todos os aspectos quer em nível  micro quanto no macro. Isso implica abrir mão de bem-estar individual para que prevaleça o bem-estar coletivo. 
Jovens e adultos, por meio de serviços voluntários, se dispondo a auxiliar desconhecidos, numa cidade como São Paulo seria algo impensável até poucos dias. E a ajuda inclui a aquisição de mantimentos ou medicamentos deixados em portarias de prédios e telefonemas para aqueles que pouco se conhecem mas que precisam se manter isolados. Enfim, situações inusitadas que obrigaram a criar novos hábitos e se adaptar aos tempos de uma pandemia gigante.
Regina Maria da Luz Vieira (RegiLuzVieira)


domingo, 1 de março de 2020

Superação

O sol, a brisa, a nuvem branca, o céu azul, o silêncio, enfim, tudo fala de um Criador e remete às criaturas. Assim, a nuvem carregada, a chuva, o mar manso ou bravo, cujas ondas se arrebentam nos rochedos indicam vida sempre pulsante, força natural que impulsiona tudo e todos. Mas o que é a Vida, senão um momento breve, furtivo e simples!!!
Viver é muito mais do que pensar, é sentir, é relacionar-se consigo mesmo, com o outro, com o mundo que nos envolve com alegrias e dores tanto nossas quanto do outro. Não para sucumbir a tristeza, mas para em comunhão superar as próprias fraquezas e colaborar para que também o outro supere as dele.
Hoje, diante de tantas tragédias e violência o mundo começa a dar-se conta de que tudo e todos estão interligados. E se a percepção não acontece diante de tantos fatos positivos, esta ocorrerá em situações perigosas como a atual, em que uma epidemia assola o mundo. O chamado Covid -19, que assola países ricos e já chegou ao chamado "Terceiro Mundo", num alto risco de pandemia, mas também existe a esperança de ações conjuntas.
Enfim, como aparece na publicidade dos Médicos Sem Fronteiras - "podemos ser egoístas e de certo modo insensíveis, mas só o homem pode ajudar outro homem" e esta epidemia do Século XXI demonstra a interligação ou interconexão entre tudo e todos de modo límpido e simples. 
Foto; Autora
O ser humano tem condições de se renovar como a Fênix, ave que renasce das próprias cinzas, e construir uma realidade diferente da atual. Há recursos e meios modernos; a medicina e a tecnologia avançam a passos largos, mas ainda falta a força de vontade humana, por meio de políticas econômicas e sociais suprapartidárias que efetivamente contribuam para as necessárias ações de resgate da humanidade no seu conjunto. E deste modo levar a humanidade a escolher a Vida, ou seja, realizar atitudes de vida e não de morte. Isto é, no mínimo, dizer Sim à Criação e restituir a Esperança de superar situações que geram dor, sofrimento e discriminação no cotidiano pessoal e coletivo, em seus diversos aspectos.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)