domingo, 27 de dezembro de 2015

Como a Fênix

Mais um ano está terminando. Foram 12 meses de alegrias, tristezas, luzes e sombras, notícias positivas ou não, tragédias no Brasil e em muitos outros países. Cresceram as vozes que exigem mudanças internas e externas. Aumenta a necessidade de interiorizarmos a consciência de que somos parte de um grande Universo, o qual está em constante evolução.

Cabe ao ser humano acompanhar esta mudança e amadurecer internamente, a fim de que possa externar este crescimento de modo positivo e acolher aqueles que precisam de ajuda neste sentido.

Enfim, 2015 está em seus estertores, mas continuam as guerras, os ódios e as lutas fratricidas. As catástrofes naturais (incêndios, enchentes, tufões) deixam seu rastro de destruição e perplexidade junto aos atingidos. Mais uma vez, porém, o ser humano é capaz de demostrar sua capacidade de estender a mão como vem ocorrendo em diversos pontos do planeta. 

Além disto, quando esta dor é quase insuportável e causada não tanto pela ação da natureza, mas pela mão do homem, como aconteceu nos diversos ataques terroristas, as pessoas unem-se para suportar a dor e expressarem seu pesar e incredulidade. Afinal, tal barbárie não parece ação de um ser humano.

Mesmo quando todo o cenário apresentado é desfavorável e de pouquíssima esperança há sempre uma força motriz capaz de fazer com que desanimados se animem e intolerantes sejam mais tolerantes, aceitando o diferente; fazendo com que aqueles que choram de tristeza, alegria ou dor possam sorrir,  pelo menos por um minuto, ao raiar de um Novo Ano. Como a fênix que renasce e abre suas asas para alçar um voo mais alto em direção ao infinito.

Um clima de ansiedade e de esperança começa a encher o ar, aguardando a chegada de 2016. No entanto, a mudança de número em nada alterará o cenário se cada pessoa internamente não fizer sua própria mudança e não for capaz de como uma fênix renascer das cinzas, confiando na possibilidade de fazer tudo diferente e realmente de um novo modo.

Desejo e espero que todos sejamos como uma pequena fênix e acreditemos na possibilidade de renascer das cinzas de 2015 para um alvorecer de esperança e concretização em 2016.

Regina Maria da Luz Vieira (Regiluzvieira)

domingo, 6 de dezembro de 2015

O que importa de fato

É O “COMO” QUE IMPORTA

Há dias em que as coisas — humanamente falando — vão bem, e há dias em que vão menos bem. Repete-se, então, a doce experiência de que, na vida presente que nos é dada, não importa se tudo corre bem ou não; importa como se vive esta vida, porque naquele “como” está a caridade, que por si só dá valor a tudo.
Com efeito, ama a Deus quem observa a sua Palavra.
Nós, durante o dia, devemos lembrar-nos de que não levaremos ao Paraíso nem as alegrias, nem as dores. Também dar o próprio corpo às chamas, sem a caridade, de nada vale .
Nem valem as obras de apostolado. Também o conhecer a linguagem dos anjos, sem a caridade, de nada vale. Nem as obras de misericórdia. Distribuir tudo aos pobres, sem a caridade, não tem valor.
Ao Paraíso levaremos o como tivermos vivido tudo isto: isto é, se tivermos vivido segundo a palavra de Deus, pela qual podemos exprimir a nossa caridade.
Por isso, levantemo-nos cada dia felizes: quer haja tempestade, quer brilhe o sol; e recordemo-nos de que, do nosso dia, valerá o quanto tivermos “assimilados” da palavra de Deus. Deste modo, Cristo naquele dia viverá em nós e Ele dará valor às obras que tivermos feito, através do nosso empenho direto ou com o subsídio da oração e do sofrimento. Essas obras, no final nos seguirão .
Em suma, poderemos apreciar como a palavra de Deus, a Verdade, nos torna livres..., livres das circunstâncias, livres deste corpo de morte, livres das provas do espírito, livres do mundo, que — insidiando-nos — quer roubar a beleza e a plenitude do reino de Deus em nós.

Chiara Lubich