sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Necessidade de mudança

Estamos chegando ao fim de mais um ano e este foi muito turbulento em todos os aspectos: tanto pessoal como coletivo. Um ano em que ocorreram muitas perdas, sobretudo, de pessoas muito próximas e cujas vidas marcaram a nossa. A balança pesa mais negativamente, mas não se pode deixar de lado o esforço para alterá-la.
Nada é permanente e para quem acredita que Deus existe e é Amor, inclusive as perdas podem se transformar em ganhos. Só depende da maneira de encará-las, pois servem como desapego, crescimento e amadurecimento.

A vida se renova e tem seu ciclo: nascimento, crescimento, amadurecimento e morte. É um ciclo, mas a morte também é um novo começo, pois implica para quem continua neste mundo, buscar uma nova maneira de conviver com a falta de quem se foi, sendo solidário com todos ao redor, mesmo quando isto parece quase inútil; em geral não é!
Porém, 2016 trouxe alguns poucos ganhos: coletivamente, as pessoas aprenderam a se solidarizar mais com aqueles que estão em estado permanente de penúria em função de guerras fratricidas, catástrofes naturais e dificuldades financeiras ou econômicas geradas por ganância, falta de ética na administração dos bens públicos etc.
Todas estas questões levaram também à desumanização por meio de atitudes de selvageria e inércia como aquela que pôde ser presenciada pela TV contra um indivíduo que ousou exercer sua humanidade, defendendo o mais fraco.
Situação como esta de selvageria faz com que a Esperança que costuma estar no ar nesta época do ano quase desapareça. Ao mesmo tempo, gera o desejo de um um mundo melhor: mais fraterno, igual e solidário para todos.
Um mundo em que o homofobismo e o preconceito não tenham vez, um mundo em que não se caluniem sequer no pensamento o mais próximo, fazendo deduções a respeito daquilo que não se pôde comprovar. Julgamentos e calúnias que geram danos quase irreversíveis sobre aquele que as recebe.
Diante disso, façamos com que o novo Ano que se aproxima seja diferente e isso só acontecerá se houver uma disposição e uma mudança interna capaz de alterar o modo de pensar e agir tanto individual quanto coletivamente. Só desta forma é possível desejar um Feliz 2017, fazendo renascer a Esperança.

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Esperança e Luz

"De Esperança em Esperança" este era o lema do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo; sim, porque a esperança é o que nos sustenta até o último instante. Porém, como mantê-la diante de tantas situações chocantes e desconcertantes? Diante de um mundo cada vez mais violento, egoísta, sem ética em muito aspectos, o que e como fazer para manter esta Esperança? Quando se vê o noticiário que mostra guerras intermináveis em nome de um regime ou de uma religião,pessoas que matam em nome do amor, da paixão que dizem sentir pelo outro, é possível manter esta Esperança?
Sim, é possível, mas com muito esforço e acreditando que existe um Deus da Vida que se fez criança, pobre, indefeso, morto na cruz para resgatar esta humanidade tão desumanizada. Todos os anos chega o Natal, a Esperança de um novo ano melhor. É esta Esperança que impulsiona todos a seguir adiante e se dispôr a realizar o bem para o semelhante e, de modo particular, aos mais necessitados.
Entretanto, esta Esperança movida pela "Luz do Mundo", o Cristo-menino que veio trazer a Boa Nova. Mas este Cristo místico se torna presente na pessoa de cada ser humano e necessita dos braços, mãos, mente e corpo de homens concretos para transformar a Humanidade de hoje e construir pontes que possam se transformar em redes gerando caminhos de paz, justiça e amor.
Então, que neste Natal possamos ser aqueles que geram paz, amor, justiça, concretizando a Esperança junto aos que sofrem por não terem nada, nem mesmo esta Esperança diante da Vida. Seja este um Natal muito mais interior do que exterior, gerando mudanças capazes de iluminar a vida de cada um e de todos que estão à nossa volta. E isto requer muitas vezes uma guinada de direção para transformar o próprio eu, a fim de que a Luz da Esperança brilhe no mundo exterior.


Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)




sábado, 10 de dezembro de 2016

MEDITAÇÃO DIÁRIA



O amor é sofredor, é benigno;
o amor não é invejoso;
o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três;
mas o maior destes é o amor.

(Escola Gurdjieff São Paulo)