Semana de Arte Moderna
Estamos
na Semana de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e
hoje, dia 13 de fevereiro, houve a abertura oficial na época, no Teatro Municipal
em São Paulo. Foi um período de Liberdade Criativa, de repúdio e mesmo revolta
dos artistas contra os padrões rígidos que dominavam todas as esferas do mundo
da Arte que excluía os não seguidores do parnasianismo, incluindo a Arte
Popular.
Aquela
Semana de 22 – como ficou mais conhecida – trouxe um legado que se estende e abarca
também o século KKI, o Modernismo. Na ocasião, os artistas populares ocuparam
as dependências e o hall do teatro municipal, retratando a natureza, o seu
entorno, as pessoas em formas assimétricas, assim como ideias em prosa e verso sem
a rigidez até então estabelecida.
Foi um período de muita crítica ácida ao mundo burguês que dominava a sociedade e não aceitou as mudanças. Mas a liberdade criativa permitiu a inovação e a revelação de obras primas no mundo das Artes, incluindo aqui o mundo dos escritores. Enfim, tudo sofreu uma revolução em seu processo criativo e produtivo liderado pelo grupo dos cinco: as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral (que estava na França e só voltou ao Brasil em junho daquele ano) e pelos escritores Menotti Del Picchia, os irmãos Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
Deste modo a Semana de Arte Moderna revelou um Brasil que ainda hoje é desconhecido de muitos tanto em sua diversidade humana quanto na natureza. Basta lembrar o mundo do folclore presente no país de norte a sul e tão pouco conhecido. Assim, em tempos como os atuais em que se exacerbam as diferenças, radicalizando-as em ódio e violência, celebrar, exaltar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, é trazer uma lufada de esperança, alegria, luz e cores à nossa tão desgastada e devastada sociedade. Neste sentido, deixa entrever que a criatividade traz mais benefícios do que intolerância de qualquer tipo.
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