Pensar, ler, escrever
parecem atividades solitárias e são até certo ponto. No entanto, pensamentos,
leituras e textos escritos podem ser ações compartilhadas, gerando intensas
trocas que enriquecem autores e ouvintes, causando empatia e cumplicidade
comunicativa num círculo produtivo que se espalha como as ondas formadas por
uma pequena pedra lançada num lago silencioso, calmo e profundo.
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Há um ditado muito popular:
“palavras, o vento leva-as”, ou seja, se perdem. Entretanto, existem aquelas
que permanecem porque precedidas de atos concretos. Afinal, ações dizem mais do
que palavras. Isso é o que nos demonstra a atitude do caminhoneiro Dee Chhoy na
África do Sul, que parou ao ver o desespero de uma mulher com uma criança
cadeirante na beira da estrada, na cidade de Adelaide.
O caminhoneiro ouviu a
história da mulher que tentava em vão, há duas horas, obter um táxi para levar
o filho ao hospital onde tinha consulta agendada. Naquele país há uma lei que
favorece os taxistas para este tipo de atividade. Porém, a empresa prestadora
de serviços esclareceu que, mudanças recentes estão gerando dificuldades para a
execução do trabalho. Tanto o assunto quanto a atitude do caminhoneiro
tornaram-se notícias no portal Só Notícia Boa. Conforme o link: https://www.sonoticiaboa.com.br/2025/05/14/caminhoneiro-gentil-ajuda-mae-cadeirante-rejeitada-taxis-chorava-pista.
A ação deste caminhoneiro deixa
claro a necessidade de que o ser humano, seja de fato humano no sentido amplo
do termo. É importante que ações solidárias saiam do âmbito privado, se
estendendo a quem esteja vivenciando situações de infortúnio momentâneo ou
constante. Deste modo, a Vida ganha novas cores, fazendo renascer a esperança,
apesar de tantas situações adversas e sem sentido neste século XXI que, mesmo
globalizado, está sempre noticiando ações intolerantes e posturas de
individualidade como regra, dificultando a cumplicidade tão normal para as
espécies, incluindo o ser humano.
Regina da Luz
Vieira (RegiLuzVieira)