sábado, 7 de novembro de 2015

O simbolismo cultural sobre a morte

O simbolismo cultural na palavra morte ou no discurso sobre a morte

Por que ter medo da morte?
Enquanto somos, a morte não existe,  e quando ela passa a existir,
nós deixamos de ser. (Epicuro)
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
(Álvares de Azevedo) 
                 

A raiz da palavra Morte

Originalmente do Latim MORS; MORTIFICARE: “causar a morte”; 

“morte; raiz de FACERE, “fazer”.

A raiz mor-, “morrer” é Indo-europeu da qual descendem as demais palavras:


FÚNEBRE – palavra que vem do Latim funus, “morte, enterro”.

Funéreo - sinônimo de fúnebre. 

O processo de significação das coisas –  A relação com a morte e o Velório no Brasil

A fim de descaracterizar  o peso da palavra morte e o sentido de sofrimento, em geral, na área da medicina esta representação está na palavra cadáver. Entretanto, a imagem ou sua representação ainda se refere ao ser humano.
Outro aspecto a ser considerado dentro do universo simbólico é a questão do Velório.
Em nosso país  há um tempo específico para este ritual: 24h.Porém, autoridades ou pessoas públicas  têm velóriocs com duração de 48h. Além disso, o clima tropical  favorece a decomposição do corpo, o que dificulta um tempo maior neste ritual.
Outra característica ritual e religiosa no país é a celebração de missas nos seguintes períodos: 7º dia, 30º dia e um ano. Ou mensalmente conforme a vivência religiosa da família do morto.



  Sintetizando


  A morte é celebrada como memória cultural de um ovo; memória como  lembrança. Cada civilização constrói seu signo-símbolo. Mas sempre é um ritual fúnebre e, embora público (pois muitos comparecem) é considerado privado, pois restrito a familiares, parentes e amigos do defunto. 

   Outro aspecto a ser considerado é o desaparecimento físico da pessoas.
     Entretanto, diversas culturas ocidentais e orientais consideram que descanso e vida eterna se interligam. É sempre uma perda.  
     Flores, velas, roupas e outros objetos cultuam a memória do morto, ou melhor sua vida na terra.  


Regina Maria da Luz Vieira (Regiluzvieira)

 





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