Chegam
em silêncio, com passos curtos, firmes e decididos ; uns novos, outros nem
tanto. Mulheres e homens de todas as idades e com as mais diferentes
vestimentas, desde roupas religiosas a sais, bermudas e calças compridas. Porém,
ninguém de terno e gravata ou tailleur (pronuncia-se talhêr). Semblantes
tranquilos, marcantes e marcados.
Religiosas (freiras) com seus cabelos brancos
com passos curtos e apertados buscam empertigarem-se; ajeitam roupas e cabelos
esvoaçados pela brisa que sopra ao longo da manhã e que faz também balançar as
folhas das árvores e mexem as águas do lago que circunda o jardim interno da
ampla casa, num desenho concêntrico, deixando extasiado quem observa.
Um espetáculo digno da Criação e contemplado pelas
criaturas num olhar que reúne misto de admiração e prazer. Parece um cântico da
natureza num espaço incrustrado às margens de uma rodovia bastante movimentada.
Porém, a distância de um quilômetro entre o portão principal e a construção
impede que haja qualquer ruído, exceto gralhas e passarinhos ao redor ou ainda
o barulho da água da fonte. Tudo forma um cenário harmonioso, permitindo que se
descanse enquanto se trabalha, reza ou passeia pelo ambiente repousante
tanto para o corpo como para a mente, dando ainda uma sensação de liberdade e
vigor.
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