segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Chuvas de verão

Chover e uma bênção, pois diminui a poluição do ar, irriga a terra para o plantio nas regiões rurais. Porém, quando se transforma áreas portuárias e marítimas em locais aterrados com pedras, cimento e asfalto, com pouca ou nenhuma arborização constrói-se um prato cheio p/ desastres naturais.

Alie-se a isso bueiros entupidos, galerias sem constante manutenção, rios assoreados, transformando-se em valões, eis a receita para catástrofes naturais decorrentes das chuvas de verão.

A cidade de São Gonçalo (RJ) tem bairros nascidos deste modo; o rio Bomba que corta a cidade foi aterrado, em grande parte, mas em algumas áreas é um valão e um vilão a céu aberto. Esse valão transborda com as fortes tempestades, espalhando suas águas sujas que invadem ruas, quintais residenciais, casas comerciais.

Deste modo as ruas transformam-se em mar, dificultando ou impedindo o tráfego de carros, ônibus e caminhões. Afinal, estes não são barcos; então, seus motores paralisam, quando, num momento insano, motoristas quase camicases tentam vencer a correnteza, sem sucesso.

Foto Google

Há soluções? Algumas, talvez como paliativos: limpeza de bueiros e galerias, arborização de bairros mais afetados, tornar o solo menos impermeável, substituindo parte do asfalto por grandes pedras, o que permitiria à terra absorver  boa parte da água pluvial. Construir piscinas subterrâneas é outra possível medida, favorecendo a vazão das enxurradas.

No entanto, é necessária vontade política para criar, aprovar e colocar em prática projetos os quais empregariam verba pública, mas também lisura no processo de execução e até colaboração empresarial privada, beneficiando todos os envolvidos inclusive o elo mais atingido: a população! Quiçá a realidade atual se modifique positivamente e esta seja meta a ser alcançada por governantes e governados. 

Regina da Luz Vieira (RegiLuzVieira) 





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