sexta-feira, 12 de abril de 2019

Catástrofe e Investimentos

Sofrer, chorar, se entristecer,se enlutar por tragédias anunciadas. Sentimento de impotência é o que predomina diante do que aconteceu em todo o Estado do Rio de Janeiro na última segunda-feira, dia 8/4, quando uma tempestade sem proporção trouxe caos e morte ao Estado.
Foram 10 mortos, alguns levados pela enxurrada e outros soterrados debaixo de escombros de encostas que desabaram sobre carros e casas que desmoronaram sob a força da água.
Até quando notícias como estas continuarão a ocorrer sem que se mude um milímetro do descaso? É uma dor silenciosa perceber que a falta de investimentos para infraestrutura e meio ambiente tem como consequência dor e morte coletiva em função de catástrofes naturais.
Para completar o caos instalado em toda a cidade do RJ e na Região Metropolitana, a semana se encerra com o desabamento de prédios ilícitos numa região da zona sul carioca e que mais uma vez faz com que os noticiários exibam pessoas em desespero e vidas perdidas ou pelo menos desmanteladas porque não têm sequer onde viver..
Investimentos preventivos precisam ser feitos, incluindo limpezas de bueiros, rios e encostas. Mas a verba pública deixa de ser aplicada para o bem comum e vai enriquecer administradores sem escrúpulos. Fica o lema: Vamos prevenir, mas quando? Já porque outras chuvas virão e tem décadas que estas situações se repetem tanto de forma isolada como em regiões coletivas. 
Céu cinza: tempestade anunciada
Foto da autora
Se existem saldos positivo, estes são a solidariedade de anônimos e a exposição  do descaso das inúmeras autoridades que se perpetuam na política nacional. Junte-se a isto o déficit habitacional que atinge a população em geral, mas que se faz acentuada junto aos setores de baixa renda. Como disse uma vítima anônima: "Só Deus para nos ajudar e boa vontade dos vizinhos e amigos". A Constituição garante moradia digna para todos, mas isso implica prevalecer o bem comum em detrimento da usurpação ilegal de verbas públicas....

Regina Maria da Luz Vieira (RegiluzVieira)

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