quinta-feira, 15 de maio de 2025

Cumplicidade

 

Pensar, ler, escrever parecem atividades solitárias e são até certo ponto. No entanto, pensamentos, leituras e textos escritos podem ser ações compartilhadas, gerando intensas trocas que enriquecem autores e ouvintes, causando empatia e cumplicidade comunicativa num círculo produtivo que se espalha como as ondas formadas por uma pequena pedra lançada num lago silencioso, calmo e profundo.

Foto Google imagens gratuitas

Há um ditado muito popular: “palavras, o vento leva-as”, ou seja, se perdem. Entretanto, existem aquelas que permanecem porque precedidas de atos concretos. Afinal, ações dizem mais do que palavras. Isso é o que nos demonstra a atitude do caminhoneiro Dee Chhoy na África do Sul, que parou ao ver o desespero de uma mulher com uma criança cadeirante na beira da estrada, na cidade de Adelaide.

O caminhoneiro ouviu a história da mulher que tentava em vão, há duas horas, obter um táxi para levar o filho ao hospital onde tinha consulta agendada. Naquele país há uma lei que favorece os taxistas para este tipo de atividade. Porém, a empresa prestadora de serviços esclareceu que, mudanças recentes estão gerando dificuldades para a execução do trabalho. Tanto o assunto quanto a atitude do caminhoneiro tornaram-se notícias no portal Só Notícia Boa. Conforme o link: https://www.sonoticiaboa.com.br/2025/05/14/caminhoneiro-gentil-ajuda-mae-cadeirante-rejeitada-taxis-chorava-pista.

A ação deste caminhoneiro deixa claro a necessidade de que o ser humano, seja de fato humano no sentido amplo do termo. É importante que ações solidárias saiam do âmbito privado, se estendendo a quem esteja vivenciando situações de infortúnio momentâneo ou constante. Deste modo, a Vida ganha novas cores, fazendo renascer a esperança, apesar de tantas situações adversas e sem sentido neste século XXI que, mesmo globalizado, está sempre noticiando ações intolerantes e posturas de individualidade como regra, dificultando a cumplicidade tão normal para as espécies, incluindo o ser humano.

Regina da Luz Vieira (RegiLuzVieira)

quarta-feira, 19 de março de 2025

Vida em Harmonia

Foto Sidney Mayer

Mar, sol, calor, leve brisa e o céu azul sem nuvens inundam a visão, a   mente e o coração, deixando na alma a sensação de liberdade, de uma presença   divina constante e capaz de integrar a vida humana como parte visível do Infinito que circunda tudo e todos. A paz dentro e fora torna-se palpável e não apenas sutil ou pensamento etério; talvez porque o barulho de motores, de vozes humanas, som de animais, inclusive pássaros, cessaram por alguns instantes colaborando na construção de uma atmosfera mágica.

Os ruídos desapareceram como por encanto, cedendo lugar aos pensamentos reflexivos, introspectivos, colocando-nos em contato com o mundo interior, cujos sentimentos não vêm como cascatas, mas permitem a completa imersão de modo espontâneo. Um mergulho ao mais escondido recanto interno, onde se descortinam pensamentos de gratidão, alegria, amor ágape e desejos de absorver a Vida em doses homeopáticas, saboreando o fluir desta mesma Vida que se extravasa de modo exuberante nas cores do ambiente ao seu redor.

 Diante do verde das montanhas, bem como de árvores cujos troncos se erguem imponentes, as folhas no ponto mais alto das palmeiras balançam ao vento; esta imponência demonstra que as intempéries não impedem o seu frutificar. Plantadas ao redor de planícies cobertas por paralelepípedos em forma de losangos – cujas frestas permitem a absorção da água e dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento – estas árvores demonstram a interligação entre o mundo vegetal e o próprio homem convivendo de modo pacífico e produtivo, em uma harmonia que encanta olhos, coração e mente.

Regina da Luz Vieira (RegiLuzVieira)       





sábado, 1 de março de 2025

Março traz sol, calor, folia, fantasia e música

Chegamos ao terceiro mês do ano que começa com a maior folia do país.  De norte a sul blocos, escolas de samba e foliões independentes ocupam ruas e avenidas para pular, gritar, enfim externar uma alegria que nem sempre trazem no coração. Mas são três dias para fingir que esqueceu sofrimento, dores e preocupações. Afinal, brincar é necessário para retomar a vida cotodiana na Quarta-Feira de Cinzas.

Mas é preciso cautela, pois a exaustão pelo esforço do pula-pula no verão avassalador que domina esse país-continente pode causar problemas sérios à saúde dos foliões. Vale a pena lembrar que a hidratação (muito água, sucos, alimentação saudável e algumas horas de sono) também fazem parte da folia, evitando lotar as emergências dos hospitais e Upas país a fora. Continuemos a diversão sem perdemos a noção do respeito pelo próprio limite corporal; assim, poderá haver outros carnavais e momentos festivos.

Viver inclui comemorar, festejar com o outro ou com os outros, assim como sair da rotina e partilhar a alegria coletiva, nesta época do ano no Brasil, ao som de trios elétricos potentes e intérpretes de músicas carnavalescas nas avenidas e sambódromos.

Foto Google

O som muitas vezes ensurdecedor contagia não só quem brinca, mas também aqueles que se sentem obrigados a ouvir sem querer e os que se debruçam em janelas de prédios, hotéis ou pousadas, se deleitando com a visão de um mar humano ou uma grande massa colorida a se espremer nas inúmeras ruas interditadas para carros particulares e transportes públicos. Porém, abertas a todos que se dispuserem a participar da folia invasiva nas grandes e pequenas cidades, nas capitais e no interior do país.

Regina da Luz Vieira (RegiLuzVieira)