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Foto Sidney Mayer |
Mar, sol, calor, leve brisa e o céu azul sem nuvens inundam a visão, a mente e o coração, deixando na alma a sensação de liberdade, de uma presença divina constante e capaz de integrar a vida humana como parte visível do Infinito que circunda tudo e todos. A paz dentro e fora torna-se palpável e não apenas sutil ou pensamento etério; talvez porque o barulho de motores, de vozes humanas, som de animais, inclusive pássaros, cessaram por alguns instantes colaborando na construção de uma atmosfera mágica.
Os ruídos desapareceram como
por encanto, cedendo lugar aos pensamentos reflexivos, introspectivos,
colocando-nos em contato com o mundo interior, cujos sentimentos não vêm como
cascatas, mas permitem a completa imersão de modo espontâneo. Um mergulho ao
mais escondido recanto interno, onde se descortinam pensamentos de gratidão,
alegria, amor ágape e desejos de absorver a Vida em doses homeopáticas, saboreando
o fluir desta mesma Vida que se extravasa de modo exuberante nas cores do
ambiente ao seu redor.
Diante do verde das montanhas, bem como de árvores cujos troncos se erguem imponentes, as folhas no ponto mais alto das palmeiras balançam ao vento; esta imponência demonstra que as intempéries não impedem o seu frutificar. Plantadas ao redor de planícies cobertas por paralelepípedos em forma de losangos – cujas frestas permitem a absorção da água e dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento – estas árvores demonstram a interligação entre o mundo vegetal e o próprio homem convivendo de modo pacífico e produtivo, em uma harmonia que encanta olhos, coração e mente.
Regina da Luz Vieira (RegiLuzVieira)