segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É possível manter a Esperança

Chegamos ao fim do primeiro mês deste ano. Penso que algumas expectativas se frustraram e, até mesmo a esperança quase vai por terra, quando nos lembramos da quantidade de vidas ceifadas na Região Serrana do Estado do Rio ainda nos primeiros dias de janeiro. Uma tragédia anunciada, pois anualmente algum município naquela área é atingido por enchentes, desabamentos de casa, deslizamentos de barreiras e estradas interditadas.
Mas a esperança voltou a reinar no momento em que milhares de brasileiros deixaram aflorar a solidariedade em prol das vítimas desta catástrofe. Mesmo neste último dia do mês ainda há muita mobilização tanto por parte de pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo as campanhas lançadas pelos internautas nas diversas redes sociais. O espírito solidário de outros países surpreendeu e contribuiu para a certeza de que é possível manter a esperança de um amanhã melhor para o mundo.
Diversos governos, por meio das mais diferentes instituições, se dispuseram a colaborar financeiramente, assim como fizeram com relação ao Haiti – país que um ano após a tragédia de um terremoto enfrenta uma epidemia de cólera e luta para se reerguer – e nesse momento vive a ameaça do retorno de um ditador que diz querer colaborar para reconstruir a nação. Isso, após anos de espoliação de um povo que lutou por sua independência em todos os aspectos. Assim, o último dia de janeiro no Haiti ainda é de expectativa quanto ao desenrolar dos acontecimentos civis e políticos.
Com relação ao Brasil  existe também um impasse na esfera política-social no tocante a uma obra federal cuja polêmica já perdura há mais de 35 anos: a construção da Usina Belo Monte, às margens do Rio Xingu, no Estado do Pará. Isto porque o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença de instalação parcial para a referida usina antes do cumprimento das condicionantes socioambientais. Sem falar que a obra tem  pareceres contrários de diversas organizações e instituições, além de deixar a população dividida.


Diante dessa situação,  só nos resta torcer e manter a esperança para que o bom senso prevaleça em benefício daqueles cujas vozes nem sempre são ouvidas: os ribeirinhos e a população indígena, esta quase sempre aviltada nos seus direitos mais elementares e que estão previstos na Constituição Brasileira de 1988.

Regina da Luz Vieira (Regiluz)



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um panorama de esperança e confiança

Estamos nos primeiros dias de 2011, que começou com a posse dos novos governantes em nível federal e estadual. O que podemos esperar? No mínimo que ao longo dos próximos anos se execute, pelo menos, a tão falada reforma tributária. Afinal, entra governo, sai governo todos acenam para essa necessidade, a fim de que haja maior igualdade e equidade sócia, porém, a vontade política para realizá-la vai esmaecendo ao passar do tempo e, quando terminam os mandados, a reforma tributária fica para o próximo governo.
Sabemos que sem o empenho do Congresso Nacional nada se concretiza, a não ser que se governe por decretos e medidas provisórias. A julgar pelo discurso da nova presidente do Brasil esses não são instrumentos que ela tanto aprecie, já que exaltou a liberdade democrática como ponto central no cerne da vida política. Então, esperemos que haja de fato desejo verossímil na realização da famigerada reforma cantada em verso e prosa, mas apenas como ideia.
Dois fatos atraíram minha atenção logo após a posse da nova presidente: a escolha de Aloísio Mercadante para o Ministério da Ciência e Tecnologia e de Ana Hollanda para o Ministério da Cultura. São dois pesos e que muito poderão contribuir para que o país cresça tanto interna como externamente no que se relaciona com o universo da pesquisa e da cultura, dando um novo impulso e fomento para essas áreas que sinalizam o grau de desenvolvimento conquistado em termos humano e científico. Aguardemos com paciência e confiança o desenrolar dos acontecimentos nos próximos meses.
Regina da Luz Vieira (Regiluz)